terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Saiba aqui quais foram os piores campeões portugueses desde que cada vitória vale três pontos

Há campeões com... menos mérito do que é habitual
Na presente temporada os principais candidatos ao título estão a escorregar mais do que habitual, ao ponto de todos já terem mudado de treinador devido aos maus resultados. A esta altura, com onze jornadas por disputar, já se fala que o campeão não será a melhor equipa, mas a menos má.
 
O duo de líderes, Sporting e Benfica, somam 53 pontos após 23 rondas, uma média de cerca de 2,3 pontos por jogo. A manter a tendência, o campeão fechará o campeonato com aproximadamente 78 pontos, um registo abaixo das últimas equipas a vencer o título.
 
Tendo apenas em conta os dados objetivos que são os pontos somados e a média de pontos por jogo, e excluindo desta análise fatores estéticos e/ou de gosto, confira aqui quais foram os cinco piores campeões portugueses desde que cada vitória vale três pontos (1995-96).
 
 

5. Boavista 2000-01 (77 pontos em 34 jornadas)

Os adeptos do Boavista certamente não se importaram, mas a equipa que conquistou o único título da história dos axadrezados, em 2000-01, foi campeã com uma média de pontos por jogo ligeiramente abaixo do habitual para um campeão.
Desde 1995-96 que apenas cinco campeões não foram além de 77 ou menos pontos em 34 jornadas ou que obtiveram uma média igual ou inferior a 2,26 pontos/jogo, e um deles foi essa equipa histórica comandada por Jaime Pacheco, fruto de oito empates e três derrotas.
Esse conjunto boavisteiro, porém, entrou já com o título garantido na última jornada, o que lhe permitiu ser goleado nas Antas pelo rival, vizinho e perseguidor FC Porto (0-4), de Fernando Santos, que fechou o campeonato a um ponto. Apesar dessa derrota pesada, concluiu a I Liga com um saldo positivo de 41 golos entre marcados e sofridos.
 
 
 

4. FC Porto 1997-98 (77 pontos em 34 jornadas)

Em ano de conquista do tetracampeonato, o FC Porto de António Oliveira também não foi além de 77 pontos em 34 jornadas, tendo averbado cinco empates e outras tantas derrotas.
Mas, ao contrário do Sporting de 1999-00, que garantiu o título apenas na última jornada, os dragões asseguraram a conquista do campeonato a quatro jornadas do fim, tendo depois disso perdido dois jogos. Tudo porque o principal perseguidor, o Benfica de Graeme Souness, não foi além de 68 pontos.
Esse FC Porto de 1997-98 teve, ainda assim, outros indicadores não tão positivos, pois sofreu 38 golos em 34 jornadas, uma média (1,12) superior a um golo sofrido por jogo, algo raro num campeão. Em termos ofensivos, faturou por 75 vezes, tendo fechado o campeonato com um saldo positivo de 37 golos.
 
 
 

3. Sporting 1999-00 (77 pontos em 34 jornadas)

Quando quebraram o jejum de 18 anos sem ganhar o campeonato em 1999-00, certamente que os adeptos se leoninos não se importaram de esse Sporting ter somado menos pontos do que é normal num campeão. Mas aconteceu.
Nessa época os leões orientados por Augusto Inácio e liderados em campo por veteranos como Peter Schmeichel ou Alberto Acosta ganharam 23 jogos em 34, tendo empatado oito e perdido três. Ainda assim fizeram mais quatro pontos que o FC Porto de Fernando Santos.
Esse Sporting também não foi além de 57 golos marcados, o que equivale a uma média de 1,68 golos por jogo, e de um saldo positivo de 35 entre golos marcados e sofridos.
 
 
 

2. Sporting 2001-02 (75 pontos em 34 jornadas)

“Só eu sei porque não ficou em casa”, cantavam os adeptos do Sporting, ao ritmo dos 42 golos de Mário Jardel, durante a época 2001-02.
Os muitos remates certeiros do goleador brasileiro disfarçavam, porém, alguma inconsistência de uma equipa que não venceu 12 dos 34 jogos do campeonato, tendo averbado nove empates e três derrotas, sendo que todos os desaires ocorreram na primeira volta.
Ainda assim, os 75 pontos (média de 2,21 pontos/jogo) foram suficientes para fechar o campeonato com mais cinco do que o segundo classificado, o Boavista de Jaime Pacheco. Os leões comandados por Laszlo Bölöni entraram na última jornada já campeões, mas não relaxaram e venceram o Beira-Mar em Alvalade (2-1).
 
 
 

1. Benfica 2004-05 (65 pontos em 34 jornadas)

Foi o título que marcou o fim do “Vietname” do Benfica, um período negro de onze anos sem o estatuto de campeão nacional, dificuldades financeiras e muitos tiros ao lado em termos de presidentes, treinadores e jogadores.
O Benfica de Giovanni Trapattoni conseguiu ser campeão apesar de ter averbado sete derrotas e oito empates ao longo das 34 jornadas do campeonato, de não ter ido além de 51 golos marcados, de 31 sofridos e de um saldo de apenas 20 golos positivos entre marcados e sofridos.
Pela primeira e por enquanto única vez desde que cada vitória vale três pontos, o campeão fez uma média (1,91) inferior a 2 pontos por jogo.
 



 





  

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