sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Craques, o “novo Messi” e até um central. Os 10 últimos a vestir a camisola 7 do FC Porto antes de William Gomes

Camisola 7 do FC Porto teve dez donos desde 1995-96
Desde que em meados da década de 1990 o FC Porto se associou à tendência de atribuir um número fixo a cada jogador do plantel, em vez de fazer atuar os titulares de 1 a 11, que dez futebolistas vestiram a camisola 7 dos dragões.
 
É um número normalmente destinado a extremos virtuosos, mas no caso dos azuis e brancos já foi envergado por extremos, sim, mas também por um médio ofensivo, um lateral direito e até um… defesa central.
 
Sabia aqui quem foram os 10 últimos futebolistas a envergar a camisola 7 do FC Porto antes de William Gomes (ex-São Paulo), reforço portista neste mercado de inverno.
 

Secretário (1995-96 e de 1998-99 a 2003-04)

Secretário
Carlos Secretário foi extremo no início da carreira, mas em 1995-96 foi adaptado com sucesso à posição de lateral direito, que habitualmente não tem a honra de ter um dono que vista a camisola 7.
As coisas correram tão bem ao sanjoanense que, no final dessa época, marcada pela conquista do segundo título nacional consecutivo e pela presença no Euro 1996, assinou pelo Real Madrid.
Haveria de voltar às Antas em 1997-98, mas como o 7 já estava ocupado (já lá vamos…), utilizou o número 30, tendo voltando a envergar o 7 entre 1998-99 e 2003-04, período no qual venceu três campeonatos (1998-99, 2002-03 e 2003-04), duas Supertaças (1998 e 1999), três Taças de Portugal (1999-00, 2000-01 e 2002-03) e uma Taça UEFA (2002-03). Pelo meio foi convocado para o Euro 2000.
 
 
 

Sérgio Conceição (1996-97 e 1997-98)

Conceição
Quando Secretário se mudou para o Real Madrid, o 7 ficou disponível para Sérgio Conceição, um extremo aguerrido que havia estado emprestado a Penafiel, Leça e Felgueiras, mas que honrou o mítico número.
Nas duas épocas em que envergou o 7 amealhou 77 jogos e dez golos de dragão ao peito, tendo vencido dois campeonatos (1996-97 e 1997-98), uma Taça de Portugal (1997-98) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (1996).
Valorizado tal como Secretário, transferiu-se para a Lazio no verão de 1998.
Na segunda metade de 2003-04 voltou ao FC Porto, mas usou o número 14, pois o 7 estava com Secretário, invertendo-se assim os papéis de 1997-98.
 
 
 

Pepe (2004-05)

Pepe
É verdade, o primeiro número que Pepe utilizou no FC Porto foi o 7, em 2004-05, numa altura em que essa camisola ficou vaga após a saída de Secretário e também de outro candidato natural a envergá-la, Sérgio Conceição.
Nessa temporada, que não foi propriamente de afirmação, disputou 22 jogos e marcou um golo. Foi considerado vencedor da Taça Intercontinental, mas não saiu do banco.
Depois passou a usar números menos desconectados com a posição de defesa central, como o 14 (2005-06), o 3 (2006-07 e de 2019-20 a 2023-24) e o 33 (2018-19). Com esses dorsais, nomeadamente o 3, afirmou-se verdadeiramente no Dragão.
 
 
 

Ricardo Quaresma (2005-06 a 2007-08, 2013-14 e 2014-15)

Quaresma
Ricardo Quaresma entrou no FC Porto no âmbito da transferência de Deco para o Barcelona e começou por herdar o 10 do luso-brasileiro, em 2004-05, antes de envergar a camisola 7, sucedendo a outro luso-brasileiro, Pepe.
Foi com o dorsal 7 que o mustang viveu os seus melhores momentos no Dragão, com dribles, golos e assistências espetaculares, alguns com recurso à sua mítica trivela, ajudando o FC Porto a vencer três campeonatos consecutivos (2005-06, 2006-07 e 2007-08), uma Supertaça (2006) e uma Taça de Portugal (2005-06). Paralelamente, foi convocado para o Europeu de sub-21 em 2006 e para o Euro 2008.
Tal como Secretário e Conceição, também deu um salto na carreira depois de brilhar com o 7 estampado na camisola azul e branca, ao transferir-se para o Inter de Milão no verão de 2008.
Haveria de voltar à Invicta entre 2013 e 2015, mas nesta segunda passagem pelo clube não conquistou troféus.
 
 
 

Fernando Belluschi (2009-10 a 2011-12)

Belluschi
Depois da saída de Quaresma para o Inter, o número 7 ficou vago durante uma época, voltando a ter dono em 2009-10, com o médio ofensivo internacional argentino Fernando Belluschi, proveniente do Olympiacos, a enverga-lo durante duas temporadas e meia.
Não era um titular indiscutível, mas foi sempre bastante utilizado por Jesualdo Ferreira, André Villas-Boas e Vítor Pereira, tendo totalizado 113 encontros e nove golos entre agosto de 2009 e janeiro de 2012. Venceu uma Liga Europa (2010-11), dois campeonatos (2010-11 e 2011-12), três Supertaças (2009, 2010 e 2011) e duas Taças de Portugal (2009-10 e 2010-11).
 
 
 

Juan Iturbe (2012-13 e 2013-14)

Iturbe
Extremo com dupla nacionalidade, argentina e paraguaia, chegou ao Dragão no verão de 2011, quando tinha apenas 18 anos. Vinha do Cerro Porteño, mas era apelidado de “novo Messi”.
Em 2011-12 usou o dorsal 27, mas nas duas épocas que se seguiu envergou a camisola 7 do FC Porto, embora se tenha dado pouco por isso, pois em 2012-13 atuou em apenas três jogos pelos dragões antes de ser emprestado ao River Plate e foi utilizado somente num encontro da temporada seguinte antes de ser cedido ao Hellas Verona, deixando o número vago para Ricardo Quaresma em janeiro de 2014.
 
 
 

Silvestre Varela (2015-16 e 2016-17)

Varela
Extremo que chegou ao FC Porto no verão de 2009, começou por utilizar o dorsal 17, entre 2009-10 e 2013-14. Depois foi emprestado aos ingleses do West Bromwich e aos italianos do Parma, tendo voltado a reintegrar o plantel em 2015-16, já com a camisola 7.
Com esse número foi utilizado em 41 jogos em época e meia e apontou três golos, já numa fase descendente da carreira.
Voltaria ao Dragão para representar a equipa B dos portistas entre 2021 e 2023, mas nessa ocasião envergou o 81.
 
 
 

Hernâni (2017-18 e 2018-19)

Hernâni
Extremo recrutado ao Vitória de Guimarães em janeiro de 2015, começou por envergar a camisola 17, até porque a 7 estava nas costas de Ricardo Quaresma.
Entretanto foi emprestado ao Olympiacos e regressou também por empréstimo ao emblema vimaranense, voltando a integrar o plantel portista entre 2017 e 2019, às ordens de Sérgio Conceição e com o dorsal 7. Nesse período somou 42 jogos e cinco golos pelos azuis e brancos, tendo vencido um campeonato (2017-18) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2018).
 
 
 

Luis Díaz (2019-20 a 2021-22)

Luis Díaz
Mais um caso de um jogador que catapultou a carreira após vestir a camisola 7 do FC Porto.
Contratado ao Junior Barranquilla no verão de 2019 por cerca de sete milhões de euros, não foi propriamente um titular indiscutível para Sérgio Conceição nas duas primeiras épocas no Dragão, mas explodiu na primeira metade de 2021-22.
Ao serviço dos azuis e brancos amealhou 125 jogos, 41 golos e 15 assistências, tendo conquistado duas dobradinhas (2019-20 e 2021-22) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2020).
Em janeiro de 2022 transferiu-se para o Liverpool pouco mais de 50 milhões de euros.
 
 
 

Gabriel Veron (2022-23 e 2023-24)

Veron
Extremo brasileiro proveniente do Palmeiras, clube pelo qual havia conquistado a Taça Libertadores por duas vezes, custou pouco mais de 10 milhões de euros aos cofres do FC Porto no verão de 2022, chegando à Invicta rotulado de grande promessa do futebol canarinho.
No entanto, a sua passagem pelo Dragão tem sido uma desilusão. Em 2022-23 atuou em 26 jogos e marcou um golo, contribuindo pouco para as conquistas da Supertaça Cândido de Oliveira, Taça da Liga e Taça de Portugal, e na temporada seguinte disputou um encontro pela equipa B antes de ser emprestado ao Cruzeiro, cedência essa que ainda vigora.
 







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