Leão Liedson procura fugir ao duriense Mariano |
Na temporada 2004-05 o Penafiel
regressou à I
Liga após mais de uma década de ausência. Com o antigo futebolista e
selecionador nacional António Oliveira na presidência do clube, os durienses
reforçaram a equipa com nomes sonantes como o internacional português Folha, o internacional
jugoslavo Drulovic, o antigo
extremo portista e sportinguista Clayton, o antigo
médio benfiquista Fernando Aguiar, o avançado internacional austríaco Rolf
Landerl e ainda outros jogadores com história no primeiro
escalão como os antigos centrais bracarenses
Artur Jorge e Odair, o lateral esquerdo Mariano (ex-Sp. Espinho, Salgueiros,
Varzim e Marítimo) e o antigo médio boavisteiro
Pedro Santos. Por outro lado, continuava no plantel o avançado brasileiro
Roberto, autor de 20 golos na II
Liga na época anterior. No banco estava Manuel
Fernandes, que juntamente com António Oliveira e Rui Jordão formou o trio
de ataque que levou o Sporting
ao título nacional em 1981-82.
Ainda na pré-época, os penafidelenses
mediram forças com os leões
no jogo de apresentação, com a vitória a sorrir aos verde
e brancos então orientados por José
Peseiro, graças a um golo do improvável Miguel
Garcia.
Já a doer, os dois conjuntos
defrontaram-se no Municipal 25 de Abril à 8.ª jornada, numa altura em que Luís
Castro já tinha rendido Manuel
Fernandes como treinador do Penafiel,
que somava sete pontos à entrada para essa jornada. Já o Sporting,
que somava onze, vinha de duas vitórias consecutivas (ante Estoril
e Belenenses)
depois de um arranque em falso que incluiu duas derrotas seguidas (diante de Vitória
de Setúbal e Marítimo) e uma sequência de dois empates (na visita ao Rio
Ave e na receção à União
de Leiria).
No entanto, a face que o leão
mostrou na deslocação ao norte do país foi a que tinha exibido nas duas rondas
anteriores, tendo vencido por um claro 3-0, com três golos apontados na segunda
parte. Liedson, a meias com o central duriense
Nuno Silva, inauguraram o marcador aos 48 minutos, na sequência de um livre
apontado no lado esquerdo por Rochemback. Custódio marcou o segundo dos leões,
sozinho à boca da baliza após um balão de Rogério (72’). E Liedson sentenciou o
resultado, de cabeça, na resposta a um livre executado na direita por
Rochemback (88’).
“A deslocação a Penafiel
consagrou o regresso do Sporting
ao trilho que os adeptos tanto anseiam, mercê de uma exibição muito agradável,
sobretudo na primeira parte, curiosamente quando não marcou. Apostando num
futebol bastante largo e com muita circulação da bola, os leões
conseguiram dominar por inteiro os 45 minutos iniciais, com particular destaque
para o fulgor de Fábio Rochemback, o elemento que verdadeiramente fez a
diferença, se bem que a equipa tenha correspondido globalmente de forma
satisfatória. O primeiro sinal 'mais' leonino
surgiu logo no minuto inicial e, à meia hora, o Sporting
já convertera sete pontapés de canto, o que ilustra a intensidade ofensiva. Foi
preciso esperar pelo minuto 28 para ver o Penafiel
chegar à área de Ricardo, no único lance de perigo da equipa da casa, com
Roberto a falhar a emenda ao cruzamento de Clayton”,
escreveu o Record.
Na segunda volta, as duas equipas
defrontaram-se em Alvalade
à 24.ª jornada, ronda para a qual o Sporting
partiu a três pontos dos líderes FC
Porto e Benfica,
enquanto o Penafiel
levava um ponto de vantagem sobre a primeira equipa em zona de despromoção.
Esperava-se que, com maior ou
menor dificuldade, os leões
saíssem vencedores, mas acabaram por ser surpreendentemente derrotados, vítimas
de dois golos em contra-ataque já no decorrer da segunda parte. Aos 66 minutos,
Roberto foi lançado em profundidade e combinou com Edgar Marcelino antes de dar
vantagem aos durienses.
E aos 80’, N’Doye aproveitou uma escorregadela de Hugo à entrada do meio-campo leonino
para se isolar e bater Ricardo.
“'Por cada leão
que cair outro se levantará.' A premonitória frase do atual presidente do Penafiel,
antiga glória leonina
no início dos anos 80 e que, por isso, mereceu honras de lápide descerrada no
antigo Alvalade,
teima em caracterizar o Sporting
de José
Peseiro na presente campanha. Ora aos tropeções pela I
Liga, ora bem levantado na Taça
UEFA. Ontem, para fortuna de Oliveira e dos seus, o leão
voltou a dar novo trambolhão no campeonato. O segundo consecutivo na I
Liga, o que acontece pela segunda vez esta época. É o regresso ao pior Sporting
de José
Peseiro, aquele que perdeu de enfiada com Vitória
de Setúbal (0-2 no Bonfim)
e Marítimo (0-1 em Alvalade)
no arranque titubeante no campeonato. Depois do que já se viu fazer este Sporting,
ainda na última quinta-feira nos primeiros 80 minutos do jogo com o
Middlesbrough, custa a acreditar que a equipa leonina
tenha sofrido à 25.ª jornada a sua pior derrota em casa (curioso, o mesmo
sucedeu ao FC
Porto) esta época”, resumiu o Record.
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