quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Hoje faz anos o único gilista na seleção e herói improvável de um dérbi. Quem se lembra de Luís Loureiro?

Luís Loureiro jogou no Sporting e foi internacional A
Num século de existência, o Gil Vicente apenas colocou um jogador na seleção principal de Portugal. Quem? Luís Loureiro, um possante (1,86 m) e combativo médio, dotado de alguma qualidade técnica, que foi seis vezes a jogo de quinas ao peito pela mão de Luiz Felipe Scolari no primeiro semestre de 2003, durante o longo período de preparação para o Euro 2004.
 
Nascido em Sintra a 4 de dezembro de 1976, começou a jogar futebol nas camadas jovens do Mucifalense, da pequena aldeia de Mucifal, situada em pleno Parque Natural de Sintra-Cascais. De lá passou para o Sintrense, clube no qual concluiu a formação e iniciou o percurso como sénior em 1995. Lançado por Daúto Faquirá, competiu na III Divisão durante os primeiros três anos na equipa principal e na II Divisão B na quarta e última época na Portela de Sintra.
 
Em 1999-00 representou o Portimonense, também na II B, e na época seguinte estreou-se nas ligas profissionais ao serviço do Nacional da Madeira, então orientado por José Peseiro e a militar na II Liga.
 
As boas exibições na Choupana, que se traduziram estatisticamente em oito golos em 34 jogos pelos alvinegros, abriram-lhe as portas da I Liga, tendo ingressado no Gil Vicente no verão de 2001.
 
Em Barcelos viveu três anos pautados por grande regularidade a nível exibicional e de campanhas coletivas tranquilas no primeiro escalão. Premiado pelos bons desempenhos, somou uma internacionalização pela seleção nacional B em janeiro de 2002 e seis pelos AA entre fevereiro e junho de 2003, estreando-se precisamente no jogo de estreia de Scolari, uma derrota ante a Itália em Génova (0-1).
 
No verão de 2004 deu o salto para o Sp. Braga, mas acabou por ficar na Pedreira apenas até janeiro de 2005, quando se transferiu para o Dínamo Moscovo. Porém, meio ano depois voltou a Portugal para jogar no Sporting, no âmbito da transferência que levou o defesa nigeriano Joseph Enakarhire para o clube russo.
 
Em Alvalade reencontrou José Peseiro, que não tardou em apostar nele como titular. Logo no seu quarto jogo de leão ao peito, o terceiro como titular, marcou num triunfo caseiro sobre o Benfica, por 2-1, num dérbi para o campeonato disputado a 10 de setembro de 2005.
 
 
Entretanto, perdeu espaço após a chegada de Paulo Bento ao comando técnico, tendo finalizado a temporada com apenas 14 jogos realizados – oito dos quais ainda com Peseiro entre agosto e setembro de 2005.
 
Sem espaço no plantel verde e branco, foi emprestado ao Estrela da Amadora em 2006-07 antes de se mudar para os cipriotas do Anorthosis no verão de 2007. Viria a regressar a Portugal em janeiro de 2008 para representar o Boavista, tendo sido muito utilizado por Jaime Pacheco até ao final da época, marcada pela despromoção administrativa à II Liga na sequência do caso Apito Dourado.
 
Seguiu-se um ano discreto ao serviço do Portimonense na II Liga e outro de hiato na carreira antes de pendurar as botas, no final da época 2010-11, da mesma forma como iniciou o percurso como futebolista sénior: com a camisola do Sintrense na III Divisão Nacional.
 
Depois iniciou a carreira de treinador, em 2011-12, temporada em que lançou o ex-júnior Nélson Semedo na equipa principal do Sintrense. Num percurso recheado de altos e baixos, veio a orientar também Fátima, 1º Dezembro, Lusitanos (França), Casa Pia, Torreense, Real SC e Vitória de Setúbal, com resultados para todos os gostos: subiu os casapianos à II Liga em 2019, guiou os realistas à Liga 3 em 2021 e desceu os sadinos ao Campeonato de Portugal em 2023.










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