quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Hoje faz anos o criativo brasileiro que brilhou pelo Beira-Mar no início do milénio. Quem se lembra de Juninho Petrolina?

Juninho Petrolina representou Beira-Mar, Belenenses e Penafiel
Hamilton Timbirá Dias dos Santos Júnior é o seu nome, mas no futebol todos o conhecem por Juninho Petrolina. Médio ofensivo brasileiro bastante criativo, teve um impacto significativo no Beira-Mar no início deste milénio e ainda representou Belenenses e Penafiel em Portugal.
 
Nasceu em Juazeiro, na Bahia, mas despontou num clube do estado de Pernambuco, o Sport Recife, ao qual chegou após ter defrontado ao serviço do 1º de Maio, de… Petrolina. Ao serviço do leão venceu três campeonatos pernambucanos (1996, 1997 e 1999).
 
 
 
Antes de se mudar para o futebol português, representou ainda Atlético Mineiro, Vitória e Santa Cruz. Em 2000, foi o autor de um dos golos do dérbi diante do Bahia, clube que apoiava na infância e do qual os pais eram adeptos, que deu o título baiano ao Vitória. “Antes de todos os jogos, eu ligava para a minha mãe para pedir bênção. Nesta época, ela dizia: 'Deus o abençoe, jogue bem, só não faça gol no meu Bahia, meu filho’”, contou ao portal UOL em setembro de 2020.
 
 
 
No verão de 2001 ingressou no Beira-Mar e assim que chegou a Aveiro apontou… ao título nacional. “Eu só ouvia falar em Portugal, mas a cultura, costume, essas coisas, eu não sabia. Não tinha aquele entendimento como eu tenho hoje pela internet. Fui para Portugal e a minha primeira entrevista tinha de ser lá no clube [Beira-Mar]. Teve a primeira pergunta para mim, que foi qual era o meu pensamento. Eu disse: 'Vim para Portugal para ser campeão português'. Quando eu disse um negócio desse, todo mundo sorriu. Fui para um clube de mediano para pequeno, o Beira-Mar nunca tinha ficado em décimo lugar no campeonato português. Aí, disseram: 'Ah, você pensa grande', e eu disse para o repórter: 'Em todos os clubes por onde eu passei no Brasil fui campeão. Vim para Portugal para ser campeão'. Rapaz, acharam aquilo um afronte, uma autoconfiança e até mesmo que eu me achava. Não fui campeão português, mas nesse mesmo ano eu fui o melhor médio-direito da competição e fiquei entre os três melhores jogadores de Portugal”, recordou o antigo centrocampista, que em três anos de aurinegro apontou 12 golos em 79 jogos, ajudando a estabelecer os aveirenses na I Liga.
 
 
 
A aventura no Beira-Mar, porém, acabou mal. Assediado pelo Belenenses, não se apresentou na pré-época, em julho de 2004, com o intuito de forçar a saída, que veio mesmo a concretizar-se. Ainda assim, as memórias de Aveiro são francamente positivas. “Em Portugal foi sucesso. Foi um aprendizado muito bom. A partir de Portugal eu conheci o mundo. Viajei muito, fui em muitos países, aprendi a ter uma qualidade de vida diferente. O clube que cheguei, não era um clube grande. Era um clube pequeno e nós colocamos a ser grande na época. Fiquei três anos no Beira-Mar. O time disputava sempre para não cair. Com a minha chegada e a de outros jogadores, o Beira-Mar passou a disputar do meio para cima da tabela. Foi uma época boa. Os torcedores fanáticos, um clube que cresceu, tem um estádio maravilhoso, uma cidade linda, boa para se morar. Portugal para mim, foi onde eu realmente me senti muito bem em minha carreira”, contou ao Globoesporte em setembro de 2016.
 
 
 
Ao serviço dos azuis do Restelo, assinou dois golos e sete assistências ao longo da temporada 2004-05.
 
Após um curto regresso ao Brasil para representar o Náutico, voltou a Portugal para jogar pelo Penafiel no primeiro semestre de 2006, tendo atuado em 14 encontros, mas não conseguiu impedir a despromoção à II Liga.
 
Entretanto aventurou-se nos campeonatos de Hong Kong e Azerbaijão, mas foi no Brasil que passou a maior parte dos últimos anos de carreira, tendo pendurado as botas em 2014, aos 39 anos.
 
Pouco após terminar o seu percurso como futebolista foi detido pelo não pagamento da pensão de alimentos à ex-mulher. “Eu tive um divórcio que eu nunca entendi. Entrei com a revisão de alimentos que só foi julgada dez anos depois. Os anos se passam e o atleta de futebol passa de um clube para o outro, quando ele está muito bem, o salário aumenta, quando ele não está bem, o salário cai, e quando ele vai ficando mais velho, aí é que o salário baixa mesmo. Então, não tinha mais condições de pagar o valor que era exigido”, justificou.
 
Entretanto, tem feito cursos na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com o intuito de se tornar treinador ou de montar uma escola de futebol.
 






 
  

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