Hoje faz anos o defesa chileno que deu boa imagem no Sporting e no Sp. Braga. Quem se lembra de Contreras?
Pablo Contreras representou o Chile em quatro fases finais
Defesa que atuava sobretudo como central,
mas que ao longo da carreira desenrascou várias vezes em ambas as laterais e
até como trinco, foi 67 vezes internacional pelo Chile,
esteve num Mundial
(2010) e em três edições da Copa América (1999, 2007 e 2011) e deu boa
imagem nas duas passagens que teve pelo futebol português, com as camisolas de Sporting
(2002-03) e Sp.
Braga (2007-08).
Nascido a 11 de setembro de 1978
na capital Santiago e formado no Colo-Colo,
teve uma afirmação praticamente imediata na equipa principal, tendo contribuído
para a conquista de dois campeonatos (clausura 1997 e 1998). Com alguma naturalidade,
estreou-se pela seleção
principal do Chile em fevereiro de 1999 e poucos meses depois ajudou la
roja a atingir as meias-finais da Copa América no Paraguai e deu o
salto para o futebol europeu, ao assinar pelo Mónaco. Campeão francês e vencedor do Trophée
des Champions [Supertaça de França] em 2000, jogou também na Taça
UEFA e na Liga
dos Campeões e ajudou o Chile
a ganhar a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney (2000), mas a sua
ascensão foi interrompida quando se descobriu, em janeiro de 2001, que estava a
utilizar um falso passaporte italiano de forma a obter estatuto comunitário na
União Europeia.
Multado em 30 mil euros por um
tribunal de Paris e suspenso por dois anos pela liga
francesa, viu-se forçado a encontrar novo clube. Inicialmente foi
emprestado aos argentinos do Racing
Club de Avellaneda, mas no verão de 2001 transferiu-se para os espanhóis do
Celta
de Vigo, que por sua vez o emprestaram imediatamente ao Osasuna. Após um ano em Pamplona foi
novamente cedido, mas ao Sporting,
que tinha acabado de perder André
Cruz e Phil Babb, esteios da defesa da equipa campeã nacional na época
anterior. Inteligente, aguerrido e com boa relação com bola, Pablo Contreras
foi titularíssimo na única temporada que passou em Alvalade,
2002-03, tendo atuado em 38 jogos em todas as competições (sempre a titular),
apontado três golos e vencido a Supertaça
Cândido de Oliveira às ordens do romeno Laszlo
Bölöni.
Os leões
ainda tentaram contratá-lo em definitivo, mas esbarraram nos proibitivos 15
milhões de euros da cláusula de opção de compra e não conseguiram convencer o Celta
a baixar significativamente esse valor. Entretanto, o defesa chileno
fixou-se finalmente no plantel dos galegos
a partir da época
2003-04, marcada pela primeira e até agora única participação do clube na Liga
dos Campeões e… pela despromoção à II Liga Espanhola. E só após a descida
de divisão é que se tornou num habitual titular no Celta.
Numa altura em que não contava
para o treinador Hristo
Stoichkov, rescindiu contrato e assinou a custo zero pelo Sp.
Braga em janeiro de 2008, indo a tempo de disputar 14 jogos (todos como
titular) sob o comando técnico de Manuel
Machado (inicialmente) e António Caldas (depois) até ao final de uma época
em que os arsenalistas
não conseguiram melhor do que o 7.º lugar na I
Liga.
Em junho de 2008, assinou pelos
gregos do PAOK e rapidamente se tornou capitão de equipa, após a retirada de Sérgio
Conceição. Durante a passagem de três anos e meio pelo emblema de Salónica
reforçou o estatuto na seleção
chilena – após ter estado suspenso devido a um incidente num hotel durante
a Copa América 2007 –, tendo sido promovido a subcapitão pelo selecionador Marcelo
Bielsa. Nessa condição ajudou la
roja a qualificar-se para o Mundial
2010, torneio no qual marcou presença.
Em janeiro de 2012 voltou ao Colo-Colo,
mas meio ano depois regressou à Grécia pela porta grande, para vencer a
dobradinha grega em 2012-13 ao serviço do Olympiacos, numa temporada em que foi
orientado em grande parte por Leonardo
Jardim.
Em setembro de 2013 assinou pelos
australianos do Melbourne Victory, clube no qual encerrou a carreira, aos 35
anos.
Já retirado, voltou a ser notícia
em setembro de 2015 quando sofreu uma paragem cardíaca durante um jogo entre
ex-futebolistas chilenos e bolivianos, na 10.ª edição da Expocruz, na cidade de
Santa Cruz, na Bolívia. Entretanto foi reanimado e transportado para um
hospital, tendo recuperado.
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