Hoje faz anos o treinador que ganhou uma Taça e uma Supertaça pelo Boavista. Quem se lembra de Mário Reis?
Mário Reis teve carreira de mais de duas décadas como treinador
Antigo médio portuense que se destacou
sobretudo ao serviço de Salgueiros
e Rio
Ave nas décadas de 1960, 1970 e 1980, notabilizou-se mais nas funções de
treinador.
Começou como jogador-treinador dos
vila-condenses
durante dois meses em 1979-80, numa época marcada pela descida à II Divisão. Mais
tarde pendurou as botas e passou para adjunto, tendo assumido definitivamente o
comando técnico da equipa em 1984-85, temporada na qual voltou a ser
despromovido. No entanto, redimiu-se na época seguinte com a conquista do
título nacional do segundo escalão. Ainda assim, demorou a
estabelecer-se como treinador de I
Divisão, tendo orientado Desp.
Aves, Gil
Vicente, Lusitânia
Lourosa, novamente Rio
Ave e Felgueiras
nas divisões secundárias antes de voltar ao primeiro
escalão do futebol português pela porta do Salgueiros
em 1992-93. Ficou durante quatro épocas em
Vidal Pinheiro, tornando-se no treinador com mais jogos ao leme do Salgueiros
no patamar
maior do futebol português e conseguindo estabilizar o emblema
de Paranhos entre os grandes.
Depois de uma boa primeira volta no
Vitória
de Setúbal em 1996-97, deixou o Bonfim
em 7.º lugar no campeonato, no final de janeiro de 1997, para assumir o comando
técnico do Boavista,
que na altura ocupava a 14.ª posição, apenas dois lugares e quatro pontos acima
da zona de despromoção. Ao chegar ao Bessa, arregaçou as
mangas e não só guiou os axadrezados
ao 7.º lugar – enquanto o Vitória
de Setúbal baixou até à 12.ª posição – como conquistou a Taça
de Portugal no final dessa época, graças a uma vitória sobre o Benfica
no Jamor (3-2) com golos de Erwin Sánchez (dois) e Nuno Gomes, curiosamente
ambos já comprometidos com as águias
para a temporada seguinte. “O maior orgulho como treinador foi esta taça. É o
expoente máximo para um treinador”, afirmou à RTP
em março de 2011.
A época 1997-98 até começou bem,
com a conquista da Supertaça
Cândido de Oliveira, mas a eliminação precoce na Taça
das Taças e um horrendo 15.º lugar no campeonato conduziram-no à saída do
comando técnico em dezembro de 1997.
Em 2001-02 foi o escolhido pelos leirienses
para suceder a
José Mourinho, mas foi despedido ao fim de quatro derrotas nos cinco
primeiros jogos. Seguiu-se uma experiência não muito bem-sucedida no Gil
Vicente, a sua última na I
Liga, no início da temporada 2003-04. Depois voltou à II
Liga para comandar Marco,
Maia
e Santa
Clara. Em março de 2011, após quatro
temporadas no desemprego, disse adeus ao futebol.
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