Hoje faz anos o gigante austríaco que ajudou o FC Porto a ser campeão em 2011-12. Quem se lembra de Janko?
Janko apontou cinco golos em 12 jogos pelo FC Porto
Filho de uma medalhada de bronze
nos Jogos Olímpicos do México (1968) no lançamento do dardo, Marc Janko tornou-se
num atleta profissional como a mãe, Eva, mas na modalidade de futebol, tirando proveito
dos seus quase dois metros de altura (1,96 m) para se tornar num finalizador
com alguma categoria.
Não era um prodígio em termos
técnicos, até era algo tosco e desengonçado, mas apresentou golos em quase
todos os clubes que representou. Chegou a ser o melhor marcador das ligas
europeias em 2008-09, quando apontou 39 golos em 31 jogos no campeonato austríaco
pelo Salzburgo, mas só se tornou verdadeiramente conhecido para os adeptos
portugueses quando representou o FC
Porto na segunda metade de 2011-12. No final de janeiro de 2012, numa
altura em que Vítor Pereira só tinha à disposição o perdulário Kléber e o
pesado Walter
para a frente de ataque e recorria várias vezes a Hulk como falso ponta de
lança, os dragões
foram ao mercado contratar o avançado austríaco aos neerlandeses do Twente por
três milhões de euros. Janko entrou diretamente no onze
inicial e deu resposta imediata, ao marcar um golo em cada um dos três
primeiros jogos, todos eles vencidos pelos azuis
e brancos: ao Vitória
de Setúbal em casa para a Taça
da Liga (2-0), à União
de Leiria em casa para o campeonato (4-0) e novamente ao Vitória
de Setúbal no Bonfim
para a I
Liga (3-1).
Entretanto começou a abrandar, o
que atirou para o banco nos derradeiros jogos da temporada, mas ainda apontou
mais dois golos em triunfos relevantes para as contas do título nacional: ao Nacional
na Choupana (2-0) e ao Beira-Mar
no Dragão
(3-0). Um contributo importante, até porque até à sua chegada os portistas
ocupavam o segundo lugar do campeonato, a cinco pontos do líder Benfica.
Janko ainda chegou a fazer a
pré-época na temporada seguinte, mas face à contratação do colombiano Jackson
Martínez, que rapidamente conquistou um lugar no onze, foi transferido para os
turcos do Trabzonspor por 2,4 milhões de euros. A carreira do austríaco, porém,
não se esgotou a esse meio ano no futebol português. Despontou no Admira Wacker
em 2004-05 e demorou a conquistar o seu espaço no Salzburgo entre 2005 e 2010,
mas conquistou três campeonatos da Áustria (2006-07, 2008-09 e 2009-10), sagrou-se
melhor marcador da liga em 2008-09 e estreou-se pela seleção
do seu país em 2006, despedindo-se do clube com 83 golos em 126 jogos.
No verão de 2010 transferiu-se
para o Twente e herdou a camisola 21 do compatriota Marko
Arnautovic, voltando a apresentar números interessantes: 35 remates
certeiros em 69 partidas ao longo de um ano e meio. A nível coletivo, venceu
uma taça (2010-11) e uma supertaça (2011) dos Países Baixos.
Após a experiência em Portugal
viveu dois anos não muito produtivos no Trabzonspor, de onde saiu para o Sydney
FC, da Austrália, no verão de 2014. Com impacto imediato no futebol
australiano, sagrou-se melhor marcador da A-League em 2014-15, com 16 golos em
22 jogos.
Na época seguinte regressou à
Europa para ser bem-sucedido no Basileia
ao longo de dois anos, sagrando-se bicampeão suíço (2015-16 e 2016-17) e
vencedor de uma taça helvética (2016-17). A veia goleadora permitiu-lhe ainda
ser convocado para representar a seleção
da Áustria no Euro 2016,
o único grande torneio que disputou na carreira.
Na reta final do seu percurso
futebolístico representou ainda os checos do Sparta
Praga e do FC Lugano antes de pendurar as botas em 2019, aos 36 anos.
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