quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Hoje faz anos o antigo guardião do Benfica que ocupou cargos de topo no Record e n’A Bola. Quem se lembra de Delgado?

Delgado brilhou no Portimonense antes de chegar ao Benfica
Hoje é mais conhecido como jornalista, mas foi, durante meia dúzia de anos, uma espécie de eterno suplente de Manuel Bento no Benfica, já depois de boas épocas nas balizas de Belenenses e Portimonense e de uma chamada à seleção nacional A que não se traduziu em internacionalizações.
 
José Manuel Delgado nasceu em Lisboa, a 30 de outubro de 1957, mas foi nas camadas jovens do Sp. Braga que se iniciou como futebolista. Quando entrou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1974, voltou à capital para concluir a formação no Sporting, clube que o catapultou para a seleção nacional de sub-18.
 
Na transição para sénior, porém, teve de procurar a sorte noutras paragens. Encontrou-a no Montijo, emblema pelo qual fez a estreia na I Divisão a 2 de janeiro de 1977, numa vitória caseira sobre o Belenenses (1-0). Fez mais nove jogos nessa época, tendo sofrido onze golos, não conseguindo impedir a despromoção à II Divisão. Após o fecho do campeonato, representou a seleção nacional de sub-21 no Torneio de Toulon, em França.
 
Seguiram-se quatro anos no Belenenses. O primeiro foi passado na sombra de Rui Paulino e parte do segundo também, mas depois estabeleceu-se como titular e um dos bons guarda-redes do patamar maior do futebol português, ajudando os azuis do Restelo a alcançar um 5.º lugar no campeonato em 1979-80 e a atingir as meias-finais da Taça de Portugal na época seguinte. Paralelamente somou mais duas internacionalizações pelos sub-21 em outubro de 1979 e uma pela seleção B em abril de 1981.
 
 
 
Depois mudou-se para o Portimonense. A única temporada que passou no Algarve foi, talvez, a mais impactante da carreira. Com apenas 15 golos sofridos em 22 jogos, ajudou os alvinegros a conseguir um brilhante 6.º lugar na I Divisão. As suas boas atuações valeram-lhe uma chamada à seleção nacional A, mas não saiu do banco numa derrota ante o Brasil em São Luís do Maranhão (1-3) a 5 de maio de 1982.
 
No verão de 1982 deu o salto para o Benfica, mas na Luz enfrentou a concorrência de um monstro, curiosamente o titular na baliza portuguesa nesse particular diante da canarinha: Manuel Bento. Em seis anos de ligação aos encarnados, teve de se contentar com apenas oito jogos oficiais. Ainda assim, pode gabar-se de ter vencido dois campeonatos (1982-83 e 1983-84) e outras tantas Taças de Portugal (1982-83 e 1984-85) e de ter estado nas fichas do jogo das duas mãos da final da Taça UEFA em 1982-83.
 
Numa altura em que Silvino já havia destronado Bento, Delgado foi emprestado ao Farense em 1986-87. Até começou a época como titular, mas foi relegado para segundo plano após a 10.ª jornada.
 
 
 
Em 1988-89 despediu-se dos relvados na baliza do Sp. Espinho, numa temporada em que foi maioritariamente suplente de outro Silvino, Morais, e na qual os tigres da Costa Verde não conseguiram impedir a despromoção à II Divisão.
 
 
Após pendurar as luvas dedicou-se ao jornalismo, tendo desempenhado funções de chefia em vários órgãos de comunicação social. Foi editor na revista Sábado e no jornal A Capital, diretor do Record e diretor-adjunto de A Bola.
 



 
 




 
 
  

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