quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Hoje faria anos o “Eusébio branco” de Guimarães campeão por Benfica e Sporting. Quem se lembra de Pedras?

Pedras foi três vezes internacional A por Portugal
Nasceu em Guimarães e começou a jogar no Vitória local, mas foi ao serviço de Benfica e Sporting que festejou campeonatos nacionais e com a camisola de outro Vitória, o de Setúbal, que se catapultou para a seleção nacional A.
 
José Maria Freitas Pereira veio ao mundo a 29 de outubro de 1941, filho de Maria Amélia de Freitas e Armando Pereira, relojoeiro na cidade-berço de quem herdou a alcunha de Pedras. Rapidamente se destacou em relação aos demais nos jogos de rua, o que tornou inevitável o ingresso dele e do irmão mais velho no principal clube da cidade.
 
Em abril de 1960 tornou-se no primeiro jogador do Vitória de Guimarães a jogar por uma seleção nacional, no caso a de sub-18, tendo participado no Campeonato da Europa da categoria ao lado de, entre outros, António Simões.
 
Em 1960-61 estreou-se na equipa principal dos vimaranenses, lançado por Artur Quaresma, e rapidamente se destacou, com nove golos em 18 jogos na época de estreia, marcada pela obtenção de um honroso quarto lugar na I Divisão; e 20 remates certeiros em 33 encontros na temporada seguinte, na qual a equipa atingiu as meias-finais da Taça de Portugal.
 
Apelidado de “Eusébio Branco” por Alfredo Farinha, jornalista de A Bola, foi contratado pelo bicampeão europeu Benfica no verão de 1962, seguindo de Guimarães para a Luz ao mesmo tempo do defesa Augusto Silva. O Sporting também se mostrou interessado, mas perdeu a corrida.
 
Os quatro anos que Pedras passou de águia ao peito ficaram marcados, porém, pela escassa utilização, muito por culpa de atuar na mesma posição de Eusébio. Nesse período, foi utilizado somente em 31 encontros, tendo apontado 19 golos. Ainda assim, venceu três campeonatos nacionais (1962-63, 1963-64 e 1964-65) e uma Taça de Portugal (1963-64).
 
No verão de 1966 transferiu-se para o Vitória de Setúbal, no âmbito do negócio que levou Jaime Graça do Bonfim para a Luz, conseguindo mostrar a sua melhor versão à beira-Sado. Em 1966-67 fez parte da equipa venceu a Taça de Portugal e na época seguinte ajudou novamente os sadinos a atingir a final da prova rainha, tendo marcado o golo de honra na final perdida para o FC Porto no Jamor (1-2) – no campeonato, os setubalenses concluíram ambas as temporadas na quinta posição.
 
 
Os bons desempenhos ao serviço dos vitorianos, traduzidos estatisticamente em 28 golos em 64 jogos em duas épocas, permitiram-lhe alcançar uma internacional B (em junho de 1967) e três partidas pela seleção nacional A (entre novembro de 1967 e junho de 1968).
 
No verão de 1968 deu o salto para o Sporting. Na primeira época foi titular indiscutível, mas no início da temporada 1969-70 sofreu uma lesão grave e perdeu o lugar em função da entrada de Dinis para a posição de extremo esquerdo e recuo de Fernando Peres para o meio-campo. Em 1971 concluiu três anos de leão ao peito nos quais averbou 61 jogos, 20 golos, um campeonato nacional (1969-70) e uma Taça de Portugal (1970-71).
 
 
Na reta final da carreira, já trintão, representou o Atlético entre 1971 e 1973, despedindo-se da carreira de futebolista com a despromoção à II Divisão.
 
Viria a morrer a 12 de julho de 2017, aos 75 anos. 



 




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