terça-feira, 7 de janeiro de 2025

A moeda de troca na ida de Moutinho para o Dragão. Quem se lembra de Nuno André Coelho?

Nuno André Coelho representou FC Porto, Sporting e Sp. Braga
Defesa central natural de Paço de Sousa, concelho de Penafiel, acabou por ter uma carreira um pouco aquém do esperado, tendo em conta que as 30 internacionalizações pelas seleções jovens, as passagens por FC Porto, Sporting e Sp. Braga e as chamadas à seleção A que não foram correspondidas por qualquer internacionalização.
 
Um gigante (1,90 m) com formação dividida entre Paredes, Penafiel e FC Porto, jogou pela equipa B portista no último semestre de 2005, mas daí para a frente passou por quatro empréstimos: Maia (II Liga), Standard Liège (I Liga Belga), Portimonense (II Liga) e Estrela da Amadora (I Liga).
 
Após um ano em bom plano na Reboleira foi finalmente integrado no plantel portista então às ordens de Jesualdo Ferreira em 2009-10, mas não foi além de sete jogos disputados, um deles inesquecível pelos piores motivos: foi lançado a titular como trinco numa partida dos oitavos de final da Liga dos Campeões em casa do Arsenal, mas teve de ser retirado de campo após a primeira parte, quando o resultado já estava em 2-0 para os gunners. Nessa época, porém, festejou a conquista da Taça de Portugal.
 
 
No final dessa temporada transferiu-se para o Sporting no âmbito da transferência que levou João Moutinho para o Dragão, tendo os leões ficado com 50% do passe do central. Nuno André Coelho até começou por ser aposta do treinador Paulo Sérgio como titular, tendo atuado de início nas primeiras seis jornadas do campeonato, o que lhe valeu inclusivamente uma chamada à seleção por parte do interino Agostinho Oliveira para os dois primeiros jogos da fase de qualificação para o Euro 2012, mas não só não se tornou internacional A como foi perdendo espaço em Alvalade.
 
“Naquele tempo vivi a troca de treinador e a troca de presidente, foi tudo no mesmo ano. Fui para lá com o Bettencourt e saí de lá com o Godinho [Lopes]. O Sporting estava de rastos nessa altura. Apesar de ir para lá desmotivado, não posso colocar as culpas todas em cima dos outros. Também tenho a minha parte. Mas fiz de tudo para motivar-me e ajudar o Sporting da melhor maneira, só que não dependia só de mim”, recordou em junho de 2019 à Tribuna Expresso.
 
 
No verão de 2011 mudou-se para o Sp. Braga, mas nunca se afirmou propriamente como um titular indiscutível na Pedreira. Em agosto de 2012, após ter começado a época como titular, às ordens de José Peseiro, foi novamente premiado com uma chamada à seleção A, desta feita com Paulo Bento como selecionador, mas não foi utilizado no particular diante do Panamá, falhando uma vez mais o objetivo de se tornar internacional pela principal equipa das quinas. “Não gosto do Paulo Bento por isso. (…) Tive a oportunidade de ser internacional com o Paulo Bento e ele não me deu essa oportunidade. Até hoje não sei porquê. Joguei no Algarve com uma equipa africana, já não me recordo, e ele não me tirou do banco, nem fui aquecer. Fiquei lá o jogo inteiro. Entraram todos menos eu. Até hoje não consigo encontrar uma explicação para isso”, confessou.
 
Também em 2012-13, foi titular na vitória sobre o FC Porto na final que valeu a conquista da Taça da Liga.
 
 
Após três anos no Minho, passou pelos turcos do Balikesirspor e pelos norte-americanos do Sporting Kansas City antes de voltar a Portugal pela porta do Desp. Chaves, mas nem nos flavienses se afirmou como titular.

 
 
Em 2019 pendurou as botas e passou a dedicar-se ao futebol de formação, ao automobilismo e a negócios no ramo imobiliário.



 





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