A moeda de troca na ida de Moutinho para o Dragão. Quem se lembra de Nuno André Coelho?
Nuno André Coelho representou FC Porto, Sporting e Sp. Braga
Defesa central natural de Paço de
Sousa, concelho de Penafiel, acabou por ter uma carreira um pouco aquém do
esperado, tendo em conta que as 30 internacionalizações pelas seleções jovens, as
passagens por FC
Porto, Sporting
e Sp.
Braga e as chamadas à seleção
A que não foram correspondidas por qualquer internacionalização.
Um gigante (1,90 m) com formação
dividida entre Paredes,
Penafiel
e FC
Porto, jogou pela equipa B portista
no último semestre de 2005, mas daí para a frente passou por quatro
empréstimos: Maia
(II
Liga), Standard
Liège (I Liga Belga), Portimonense
(II
Liga) e Estrela
da Amadora (I
Liga). Após um ano em bom plano na
Reboleira foi finalmente integrado no plantel portista
então às ordens de Jesualdo Ferreira em 2009-10, mas não foi além de sete jogos
disputados, um deles inesquecível pelos piores motivos: foi lançado a titular
como trinco numa partida dos oitavos de final da Liga
dos Campeões em casa do Arsenal,
mas teve de ser retirado de campo após a primeira parte, quando o resultado já
estava em 2-0 para os gunners.
Nessa época, porém, festejou a conquista da Taça
de Portugal.
No final dessa temporada
transferiu-se para o Sporting
no âmbito da transferência que levou João
Moutinho para o Dragão,
tendo os leões
ficado com 50% do passe do central. Nuno André Coelho até começou por ser
aposta do treinador Paulo
Sérgio como titular, tendo atuado de início nas primeiras seis jornadas do
campeonato, o que lhe valeu inclusivamente uma chamada à seleção
por parte do interino Agostinho Oliveira para os dois primeiros jogos da fase
de qualificação para o Euro
2012, mas não só não se tornou internacional A como foi perdendo espaço em Alvalade. “Naquele tempo vivi a troca de
treinador e a troca de presidente, foi tudo no mesmo ano. Fui para lá com o
Bettencourt e saí de lá com o Godinho [Lopes]. O Sporting
estava de rastos nessa altura. Apesar de ir para lá desmotivado, não posso
colocar as culpas todas em cima dos outros. Também tenho a minha parte. Mas fiz
de tudo para motivar-me e ajudar o Sporting
da melhor maneira, só que não dependia só de mim”, recordou em junho de 2019 à Tribuna
Expresso.
No verão de 2011 mudou-se para o Sp.
Braga, mas nunca se afirmou propriamente como um titular indiscutível na
Pedreira. Em agosto de 2012, após ter começado a época como titular, às ordens
de José
Peseiro, foi novamente premiado com uma chamada à seleção
A, desta feita com Paulo
Bento como selecionador, mas não foi utilizado no particular
diante do Panamá, falhando uma vez mais o objetivo de se tornar
internacional pela principal
equipa das quinas. “Não gosto do Paulo
Bento por isso. (…) Tive a oportunidade de ser internacional com o Paulo
Bento e ele não me deu essa oportunidade. Até hoje não sei porquê. Joguei
no Algarve com uma equipa africana, já não me recordo, e ele não me tirou do
banco, nem fui aquecer. Fiquei lá o jogo inteiro. Entraram todos menos eu. Até
hoje não consigo encontrar uma explicação para isso”, confessou. Também em 2012-13, foi titular na
vitória sobre o FC
Porto na final que valeu a conquista da Taça
da Liga.
Após três anos no Minho, passou
pelos turcos do Balikesirspor e pelos norte-americanos do Sporting Kansas City
antes de voltar a Portugal pela porta do Desp.
Chaves, mas nem nos flavienses
se afirmou como titular.
Em 2019 pendurou as botas e
passou a dedicar-se ao futebol de formação, ao automobilismo e a negócios no ramo imobiliário.
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