quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

O lateral brasileiro que venceu a Libertadores mas não foi campeão pelo FC Porto. Quem se lembra de Rubens Júnior?

Rubens Júnior somou 62 jogos e um golo de dragão ao peito
Não é fácil encontrar um caso como o de Rubens Júnior: esteve seis anos ligado ao FC Porto na era Pinto da Costa, três das quais a integrar o plantel principal, mas nunca foi campeão. Entre 1999 e 2002 atuou em 62 partidas e marcou um golo pelos dragões, venceu duas Taças de Portugal (1999-00 e 2000-01) e outras tantas Supertaças (1999 e 2001), mas títulos nem vê-los.
 
Nunca sobressaiu propriamente perante a concorrência de Esquerdinha, Nélson ou Mário Silva no lado esquerdo da defesa azul e branca, mas foi um jogador útil de plantel, que foi utilizado por 28 vezes na temporada 1999-00 (marcada por várias lesões musculares que o afastaram de mais de 20 jogos) e em 25 só na primeira metade de 2001-02.
 
No Brasil, começou a jogar futebol nas camadas jovens do Taubaté, clube que ainda representou a nível sénior antes de se transferir em 1995 para o Palmeiras, emblema que o cedeu a Bragantino, Guarani e Coritiba antes de o resgatar, já com Luiz Felipe Scolari no comando técnico, para vencer a Libertadores em 1999.
 
Após essa conquista continental mudou-se para um FC Porto vencedor e que procurava o hexacampeonato, mas a passagem de Rubens Júnior pelas Antas coincidiu precisamente com uma curta travessia no deserto dos dragões entre o período do penta e os anos dourados de José Mourinho.
 
Ainda trabalhou às ordens do técnico setubalense durante algumas semanas, mas não seguiu um conselho do treinador e rumou ao Atlético Mineiro por empréstimo: “O único arrependimento que tenho na carreira foi quando estava no FC Porto. Eu tinha propostas para voltar ao Brasil e o Mourinho, que tinha acabado de chegar, disse: 'Não vás embora, conto contigo para a próxima temporada. Não prometo que sejas titular, mas vais ser importante no plantel. Era jovem e precipitei-me. Precisava de paciência para esperar pelo meu momento. Faltou-me maturidade para perceber que deveria ter ficado, esperado e participado nas conquistas do Mourinho. Mas a vida é assim.”
 
 
O canhoto brasileiro continuou ligado ao FC Porto até ao início de 2005, mas não voltou a integrar o plantel principal, tendo ainda estado cedido a Botafogo e Vitória de Guimarães e integrado na equipa B dos portistas antes de voltar ao Coritiba.
 
Na reta final da carreira representou ainda Corinthians e Vasco da Gama.
 
 
Após pendurar as botas tornou-se DJ (nome artístico DJ R Júnior) e coordenador técnico do Taubaté, mas recentemente voltou a Portugal, onde é comentador do Porto Canal.
 
Rubens Júnior voltou à Invicta para vestir a camisola do FC Porto a 25 de julho de 2014, para o jogo de homenagem a Deco.



 
 




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