O lateral brasileiro que venceu a Libertadores mas não foi campeão pelo FC Porto. Quem se lembra de Rubens Júnior?
Rubens Júnior somou 62 jogos e um golo de dragão ao peito
Não é fácil encontrar um caso
como o de Rubens Júnior: esteve seis anos ligado ao FC
Porto na era Pinto
da Costa, três das quais a integrar o plantel principal, mas nunca foi
campeão. Entre 1999 e 2002 atuou em 62 partidas e marcou um golo pelos dragões,
venceu duas Taças
de Portugal (1999-00 e 2000-01) e outras tantas Supertaças
(1999 e 2001), mas títulos nem vê-los.
Nunca sobressaiu propriamente
perante a concorrência de Esquerdinha,
Nélson
ou Mário Silva no lado esquerdo da defesa azul
e branca, mas foi um jogador útil de plantel, que foi utilizado por 28
vezes na temporada 1999-00 (marcada por várias lesões musculares que o
afastaram de mais de 20 jogos) e em 25 só na primeira metade de 2001-02. No Brasil, começou a jogar
futebol nas camadas jovens do Taubaté, clube que ainda representou a nível
sénior antes de se transferir em 1995 para o Palmeiras,
emblema que o cedeu a Bragantino, Guarani
e Coritiba
antes de o resgatar, já com Luiz
Felipe Scolari no comando técnico, para vencer a Libertadores
em 1999. Após essa conquista continental
mudou-se para um FC
Porto vencedor e que procurava o hexacampeonato, mas a passagem de Rubens
Júnior pelas Antas coincidiu precisamente com uma curta travessia no deserto
dos dragões
entre o período do penta e os anos dourados de José
Mourinho. Ainda trabalhou às ordens do técnico
setubalense durante algumas semanas, mas não seguiu um conselho do
treinador e rumou ao Atlético
Mineiro por empréstimo: “O único arrependimento que tenho na carreira foi
quando estava no FC
Porto. Eu tinha propostas para voltar ao Brasil e o Mourinho,
que tinha acabado de chegar, disse: 'Não vás embora, conto contigo para a
próxima temporada. Não prometo que sejas titular, mas vais ser importante no
plantel. Era jovem e precipitei-me. Precisava de paciência para esperar pelo
meu momento. Faltou-me maturidade para perceber que deveria ter ficado,
esperado e participado nas conquistas do Mourinho.
Mas a vida é assim.”
O canhoto brasileiro continuou
ligado ao FC
Porto até ao início de 2005, mas não voltou a integrar o plantel principal,
tendo ainda estado cedido a Botafogo
e Vitória
de Guimarães e integrado na equipa B dos portistas
antes de voltar ao Coritiba. Na reta final da carreira
representou ainda Corinthians
e Vasco
da Gama.
Após pendurar as botas tornou-se
DJ (nome artístico DJ R Júnior) e coordenador técnico do Taubaté, mas recentemente voltou a Portugal, onde é comentador do Porto Canal. Rubens Júnior voltou à Invicta
para vestir a camisola do FC
Porto a 25 de julho de 2014, para o jogo de homenagem a Deco.
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