sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Os 10 jogadores com mais jogos pela Sanjoanense no Campeonato de Portugal

Dez figuras importantes da história recente da Sanjoanense
Fundado a 25 de fevereiro de 1924, quando São João da Madeira ainda fazia parte do concelho de Oliveira de Azeméis, a Associação Desportiva Sanjoanense participou por quatro vezes na I Divisão, em 1946-47 e entre 1966 e 1969.
 
Ainda assim, o emblema alvinegro é talvez mais conhecido pelo ecletismo especialmente expressivo em modalidades como andebol, basquetebol, atletismo e hóquei em patins, e por uma formação que é um autêntico viveiro de talentos: Rui Correia, Litos, Vermelhinho, Adelino Teixeira, Secretário, João Alves, António Sousa, Antonio Veloso, Cândido Costa, Ricardo Sousa e mais recentemente Xadas, Gil Dias, David Carmo e João Mário são alguns desses exemplos.
 
Presença assídua nas competições nacionais, a Sanjoanense milita presentemente na Liga 3, depois de sete participações consecutivas no Campeonato de Portugal, entre 2014 e 2021, sempre sem conseguir o apuramento para a fase de promoção à II Liga.
 
Vale por isso a pena conferir a lista de dez jogadores com mais jogos pela Sanjoanense no Campeonato de Portugal.
 

10. Godinho (48 jogos)

Godinho
Defesa central/médio defensivo nascido em Oliveira de Azeméis e formado na Oliveirense, jogou na II Liga ao serviço dos unionistas, da Naval e do Santa Clara antes de ingressar na Sanjoanense durante o verão de 2019, quando já tinha 34 anos.
“O meu contrato com a Oliveirense terminou e não houve interesse por parte dos responsáveis do clube em que eu continuasse. Depois surgiu o convite da Sanjoanense, falei com os responsáveis da SAD e conseguiram convencer-me a assinar pelo clube. O projeto era bom e as pessoas demonstraram uma grande vontade em contar comigo, o que foi fundamental para que eu assinasse pela Sanjoanense”, explicou, em entrevista a O Blog do David.
Em duas temporadas em São João da Madeira amealhou 48 jogos (45 a titular) e um golo (ao São João de Ver, em maio de 2021) no Campeonato de Portugal. “Gosto muito do clube, das pessoas ligadas ao clube e dos adeptos. O grupo de trabalho é bom, tem qualidade, é malta humilde e trabalhadora. Sinto-me a desfrutar e a ter prazer em jogar o jogo como há muito não sentia. O meu trabalho é valorizado e isso faz-me sentir muito bem”, afirmou, em abril de 2021.
Após a passagem pela Sanjoanense, decidiu encerrar a carreira.
 
 
 

9. Danilo Almeida (50 jogos)

Danilo Almeida
Médio natural de Viseu que concluiu a formação no Leixões, tem feito praticamente toda a carreira no distrito de Aveiro.
Após uma passagem de ano e meio pelo Sp. Espinho, Danilo Almeida representou a Sanjoanense entre 2015 e 2017, tendo ao longo desse período totalizado 50 partidas (47 a titular) e dois golos no Campeonato de Portugal, contribuindo ainda para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2016-17.
Depois de duas épocas em São João da Madeira, transferiu-se para o Cesarense.
 
 

8. Cauê (52 jogos)

Cauê
Lateral esquerdo brasileiro, entrou no futebol português precisamente pela porta da Sanjoanense no verão de 2016, tendo desde cedo conquistado o estatuto de titular.
Em 2016-17 atuou em 20 partidas (17 a titular) pela formação de São João da Madeira no Campeonato de Portugal e ajudou a equipa a atingir os oitavos de final da Taça de Portugal.
Na época seguinte representou Cesarense, mas em 2018-19 regressou à Sanjoanense para participar em 32 jogos (26 a titular) no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores.
 
 

7. Catarino (54 jogos)

Catarino
Extremo nascido em Pigeiros, concelho de Santa Maria da Feira, e que jogou ao lado de André Gomes, Gonçalo Paciência e Mikel Agu nas camadas jovens do FC Porto, passou pelos seniores de Gondomar e São João de Ver antes de ingressar na Sanjoanense no verão de 2013.
Na primeira época em São João da Madeira sagrou-se campeão distrital da AF Aveiro e alcançou a consequente promoção ao Campeonato de Portugal, patamar em que nas duas épocas que se seguiram amealhou 54 jogos (33 a titular) e cinco golos.
Apesar da muita utilização, em 2016 regressou aos distritais aveirenses para representar o Bustelo.
 
 
 

6. Diogo Barbosa (55 jogos)

Diogo Barbosa
Médio defensivo nascido em Lobão, no concelho de Santa Maria da Feira, ingressou nos juvenis da Sanjoanense em 2013-14, tendo feito a estreia na equipa principal duas épocas depois, quando tinha apenas 17 anos e três meses.
Nessa temporada, foi utilizado em sete partidas (sempre como titular) no Campeonato de Portugal.
Valorizado, deu o salto para o Paços de Ferreira, onde cumpriu o segundo ano de júnior, tendo voltado a São João da Madeira em 2017-18, época em que acabou por ser utilizado na Taça de Portugal devido a uma grave lesão no ligamento cruzado anterior de um joelho.
“Talvez a lesão e o facto de estar um ano parado me tenha feito valorizar a oportunidade de poder jogar e fez-me também perceber que não podemos facilitar. Devemos trabalhar sempre no limite porque uma situação pontual pode tirar-nos uma época”, afirmou ao portal Cem Oportunidades.
Na época seguinte esteve emprestado ao Esmoriz, mas entre 2019 e 2021 vestiu a camisola alvinegra por 48 vezes (43 a titular) e apontou sete golos no Campeonato de Portugal, enquanto exercia a profissão de jardineiro.
No verão de 2021 transferiu-se para o São João de Ver.
 
 
 

5. Murilo (56 jogos)

Murilo
Médio defensivo brasileiro que passou pelas camadas jovens do Corinthians, entrou no futebol português precisamente pela porta da Sanjoanense no verão de 2016.
Em duas temporadas em São João da Madeira amealhou 56 encontros (48 a titular) e oito golos no Campeonato de Portugal, tendo ainda contribuído para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2016-17.
No verão de 2018 transferiu-se para o Lusitano Vildemoinhos.
 
 
 

4. Júlio Santos (65 jogos)

Júlio Santos
Médio ofensivo natural de Ermesinde, no concelho de Valongo, e que jogou ao lado de André Gomes, Gonçalo Paciência e Mikel Agu na formação do FC Porto, passou pelos seniores do Gondomar antes de ingressar na Sanjoanense no verão de 2015.
Em quatro temporadas de alvinegro amealhou 65 partidas (39 a titular) e três remates certeiros no Campeonato de Portugal, apesar de ter sido muito fustigado por lesões, tendo contribuído para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal.
Após quase meia década em São João da Madeira, transferiu-se para o Alpendorada, último clube que representou.
 
 
 

3. Rúben Pereira (65 jogos)

Rúben Pereira
Disputou o mesmo número de jogos de Júlio Santos, mas amealhou mais 1917 minutos em campo – 5429 contra 3512.
Defesa central natural de Espinho que jogou ao lado de Jota nas camadas jovens do Benfica, passou ainda pela formação de clubes como Feirense, Boavista e Rio Ave e pelos seniores de Sp. Espinho e Esmoriz antes de ingressar na Sanjoanense no verão de 2018.
Ao longo de três temporadas em São João da Madeira totalizou 65 partidas (60 a titular) no Campeonato de Portugal.
Valorizado pelas boas campanha de alvinegro, deu o salto para o Desp. Chaves, mas tem atuado sobretudo pelo clube-satélite, o Juventude de Pedras Salgadas.
 
 
 

2. Pardal (83 jogos)

Pardal
Lateral/extremo direito nascido em São João da Madeira, começou a jogar futebol na Sanjoanense, clube do qual o avô Sidónio Pardal foi um dos sócios fundadores, quando tinha apenas sete anos. “Um antigo treinador da Sanjoanense chamado Zequinha viu-me a jogar na rua e, como conhecia o meu pai, disse-lhe para eu ir fazer uns treinos lá e foi assim que comecei”, contou ao O Blog do David em maio de 2021.
Em 2011-12 transitou para a equipa principal, algo “excelente, apesar de ter sido uma época pouco feliz a nível desportivo devido a uma lesão” e pela despromoção aos distritais da AF Aveiro. Infelizmente, o avô já não estava vivo para o ver representar os seniores. “Faleceu a meio do meu último ano de júnior, mas tenho a certeza que está orgulhoso do trajeto que tenho vindo a percorrer no clube...”, confessou ao zerozero em setembro de 2016.
Na época seguinte foi ganhar rodagem para o Carregosense, tendo regressado ao emblema alvinegro em 2013-14 para, às ordens de Pepa, saborear a conquista do título distrital. “Essa época foi incrível, conseguimos atingir os objetivos propostos pelo clube, que era recolocar a Sanjoanense onde merece estar, que é nos campeonatos nacionais”, recordou ao O Blog do David, nostálgico.
Seguiram-se três temporadas ao serviço da Sanjoanense no Campeonato de Portugal, patamar em que amealhou 83 partidas (68 a titular) e nove golos entre 2014 e 2017, tendo contribuído para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2016-17.
No verão de 2017 transferiu-se para o Cesarense, uma aventura que antecedeu uma passagem de três anos pelos franceses do Créteil-Lusitanos.
Em 2021-22 voltou ao “clube do coração”, a Sanjoanense, desta feita para competir na Liga 3.
 
 
 

1. Diogo Almeida (109 jogos)

Diogo Almeida
Não podia faltar um guarda-redes nesta lista, e logo um sanjoanense de gema, primo do antigo médio do clube Cabel.
Após concluir a formação no emblema mais representativo de São João da Madeira, Diogo Almeida passou pelos seniores do Esmoriz e do Gondomar antes de ingressar na equipa principal da Sanjoanense em 2013-14, época marcada pela conquista do título distrital da AF Aveiro.
“Foi um sonho para o qual fui trabalhando. Quando era mais novo via os jogos da Sanjoanense e sempre sonhei chegar à posição dos guarda-redes que por aqui passavam. E aos poucos fui-me apercebendo que esse sonho podia tornar-se real. Ainda nos juniores tive oportunidade de ser chamado à equipa sénior, numa altura em que o Pedro Justo e o João estavam lesionados, e fui trabalhando com eles. Mas no último ano de júnior, apesar de terem falado comigo para continuar, acabaram por surgir novas oportunidades. Saí da Sanjoanense com muita mágoa, mas sabia que poderia voltar um dia para representar a equipa principal”, afirmou em 2016, em entrevista ao site oficial do clube.
“Vi vontade nas pessoas que me convidaram, na altura o mister Pepa e o Luis Vargas, que já encabeçava a direção. Foi o momento certo para voltar a São João da Madeira. Comecei sem jogar, tive que trabalhar bastante e acabei por beneficiar de um momento menos bom do Pedro Justo, que infelizmente se lesionou, para agarrar o lugar. Terminámos o ano como campeões e vencedores da Taça de Aveiro e isso devolveu-me a felicidade e a alegria de jogar futebol que vinha perdendo nos anos anteriores”, acrescentou.
Nas duas temporadas que se seguiram amealhou 57 encontros e 56 golos sofridos no Campeonato de Portugal, rumando depois ao Gafanha.
Após uma passagem de dois anos pelo Cesarense, regressou ao clube alvinegro no verão de 2019 para somar mais 52 partidas e 48 golos sofridos no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores, tendo chegado a partilhar o balneário com o irmão João Almeida, também ele guarda-redes. “Se me dissessem há 10 anos atrás que ia trabalhar com ele não acreditava. É um menino com potencial que está num ano complicado. É a transição da formação para o futebol sénior, um contexto onde as oportunidades são escassas. Quando não jogamos temos de pensar que continuamos a trabalhar para nós e acreditar que a nossa oportunidade vai aparecer”, disse ao portal Cem Oportunidades.
No verão de 2021 transferiu-se para o Beira-Mar. “Agradeço e devo tudo o que sou hoje a este enorme clube, Associação Desportiva Sanjoanense. Aqui conheci grandes profissionais e acima de tudo amigos que levarei para a minha vida, o futebol é isto mesmo, as amizades que levamos. Saio desta casa de cabeça erguida, que sempre fiz tudo para honrar a camisola que vestia e sempre deixei tudo dentro de campo por este clube e por todos os meus companheiros, equipa técnica, equipa médica, Sr. José, D. Lurdes, Paulo, Bruno e a toda a direção. Obrigado Sanjoanense por mais uma vez me dares a oportunidade de fazer história neste clube, e que história tão bonita, só nós sabemos. Obrigado aos adeptos e a Força Negra pelo carinho dado durante estas duas épocas e pelas outras tantas que aqui passei.”, escreveu nas redes sociais, na hora da despedida.
 












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