quarta-feira, 24 de junho de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Imortal na II Liga

Dez jogadores que fizeram história no Imortal de Albufeira
Fundado a 24 de junho de 1920 por um grupo de jovens albufeirenses, o Infantil Futebol Clube passou a denominar-se Imortal Futebol Clube dois anos depois e viria a ganhar a designação de Imortal Desportivo Clube em 1932 após a fusão com a Sociedade dos Artistas Agremiação Recreativa que existia em Albufeira.

Assim, o clube que tinha no futebol a única modalidade desportiva, ganhou uma forte componente cultural, destacando-se a criação de uma biblioteca.

Em termos desportivos, o emblema algarvio viveu a fase de maior fulgor da sua história durante a viragem do milénio, quando disputou a II Liga durante duas temporadas consecutivas, tendo obtido como melhor classificação o 15.º lugar em 1999-00.

Essas participações numa liga profissional foram o culminar de um crescimento que começou em meados da década de 1980, quando o Imortal se estabeleceu nos campeonatos nacionais. Após várias épocas na III Divisão, subiu em 1991 e em 1996 à II Divisão B, tendo sido promovido à II Liga em 1999, apos uma luta titânica com o Barreirense.

Depois da despromoção à II Divisão B em 2001 que o clube de Albufeira permaneceu nos campeonatos nacionais não profissionais até 2008, quando caiu nos distritais da AF Algarve.

Em duas épocas no segundo escalão, 45 futebolistas jogaram pelo Imortal. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.


10. José Carlos (31 jogos)

José Carlos
Lateral direito com experiência de II Liga adquirida ao serviço de Portimonense e Estoril, reforçou o Imortal no verão de 1999, quando os estorilistas caíram na II Divisão B e os algarvios foram promovidos à II Liga.
Na única temporada que passou em Albufeira disputou 31 jogos (30 a titular) e marcou um golo no campeonato, na deslocação ao terreno do Moreirense, contribuindo para a obtenção da permanência.
Depois prosseguiu a carreira no Nacional da Madeira, também na II Liga.


9. Luís Lopes (34 jogos)

Luís Lopes
Defesa central nascido em Lisboa, mas com praticamente toda a carreira passada no Algarve, trocou o Farense pelo Imortal no verão de 1999, numa fase em que já tinha adquirido experiência na I Liga com a camisola dos leões de Faro.
“Primeiro ficava, depois saía... O processo não foi claro e, face a essa indecisão, parti. Acabei por concluir que continuaria a não ter grandes oportunidades no Farense, sendo visto da mesma forma de sempre”, desabafou na altura ao Record. “Poderia ter rescindido, face ao atraso no pagamento dos vencimentos, mas decidi falar com os responsáveis. Ficou demonstrado o meu carácter”, acrescentou.
Nas duas épocas passadas na II Liga nunca se impôs como titular indiscutível, mas jogou mais na primeira temporada, quando disputou 21 encontros (20 a titular), marcou um golo (na deslocação ao terreno do Sp. Covilhã) e viu dois cartões vermelhos, nos duelos com Desp. Aves e Maia.
Já em 2000-01 não foi além de 13 partidas (sete a titular), não conseguindo evitar a despromoção. Na época que se seguiu continuou no clube na II Divisão B.
Entretanto passou por Atlético, Lusitano VRSA, Beira-Mar Monte Gordo, Campinense, Farense e Messinense antes de voltar a representar o Imortal entre 2012 e 2014, nos distritais da AF Algarve.


8. Hélio (36 jogos)

Hélio
Defesa central/médio defensivo possante (1,88 m) e com o carimbo das seleções jovens portugueses, foi formado no Vitória de Setúbal, mas fez a maior parte da carreira em clubes alentejanos e algarvios, como Vasco da Gama de Sines, Juventude Évora, União Montemor e, claro, o Imortal.
Chegou a Albufeira no verão de 1998 e estabeleceu-se como um dos esteios da equipa que, com Ricardo Formosinho ao leme, logrou a inédia promoção à II Liga.
Porém, no segundo escalão, no qual já tinha competido pelo Vitória de Setúbal e pelo Sp. Covilhã, não conseguiu manter a mesma influência. Em 1999-00 disputou 14 jogos (12 a titular), contribuindo para a obtenção da permanência. Na época seguinte foi mais utilizado, tendo atuado em 22 partidas (13 a titular) e apontado um golo, na receção ao Santa Clara, não conseguindo evitar a despromoção.
Depois continuou na II Liga ao serviço do Maia, mas depois de passagens por Dragões Sandinenses e Gondomar voltou ao Imortal em 2005-06, quando a formação de Albufeira militava na II Divisão B.
Entretanto passou por Messinense e Silves e encerrou a carreira.


7. Helcinho (37 jogos)

Helcinho
Médio ofensivo/avançado móvel brasileiro com passagem pelo conceituado Internacional de Porto Alegre e por Beira-Mar, Paços de Ferreira e Farense na I Liga, chegou a Albufeira em fevereiro de 1999 para ajudar o Imortal a ascender à II Liga.
Em 1999-00 manteve a influência, tendo disputado 30 jogos (21 a titular) e apontado um golo no campeonato, no terreno do Sp. Espinho, contribuindo para a obtenção da permanência.
Na época seguinte perdeu espaço, participando em apenas sete partidas (duas a titular) até dezembro, rumando depois ao Tirsense, da III Divisão.


6. José Joaquim (39 jogos)

José Joaquim
Lateral esquerdo de elevada estatura (1,85 m), mas capaz de cobrir várias posições, nasceu em Loulé e foi formado e lançado no futebol sénior no Louletano. Chegou ao Imortal no verão de 1999 já com experiência de I Liga, adquirida ao serviço do Felgueiras de Jorge Jesus, treinador que já o tinha orientado no Amora.
Na primeira época em Albufeira cumpriu 19 jogos (12 a titular), contribuindo para a permanência no segundo escalão. Na segunda temporada teve mais algum protagonismo, atuando em 20 encontros (19 a titular), mas foi impotente para evitar a despromoção.
Em 2002-03 continuou no clube, na II Divisão, e depois prosseguiu a carreira noutros emblemas algarvios, o Louletano e o Messinense.


5. Doncić (44 jogos)

Danilo Dončić
Avançado sérvio que tinha disputado as competições europeias ao serviço dos malteses do Valletta FC, reforçou o Imortal no verão de 1999, proveniente dos búlgaros do Lokomotiv Sófia.
Na primeira época foi titular indiscutível em Albufeira, tendo apontado seis golos em 24 jogos (todos a titular) no campeonato. Felgueiras, Beira-Mar (dois), Académica, Paços de Ferreira e Freamunde foram as vítimas de Danilo Dončić, que deu um forte contributo para que a permanência fosse alcançada.
Em 2000-01 perdeu fulgor, não indo além de 19 encontros (nove a titular) na II Liga, mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Depois voltou a Malta para representa o Sliema Wanderers.



4. Kassoumov (46 jogos)

Velli Kassoumov
O melhor marcador de sempre do Imortal na II Liga, com 19 golos. Médio ofensivo/avançado possante, chegou o Imortal em dezembro de 1999 como um reforço de luxo, após ter passado por clubes importantíssimos como os russos do Spartak e do Dínamo Moscovo e os espanhóis do Betis e do Albacete, assim como o Vitória de Setúbal.
Quando se estreou, à 14.ª jornada, os algarvios ocupavam o penúltimo lugar, a quatro pontos da zona de salvação, com nove pontos em 13 jornadas. Depois somaram 24 nas 21 rondas que se seguiram. Com um impacto imediato na equipa, marcou (sete golos) nos quatro primeiros jogos que disputou no campeonato e terminou a temporada com 12 remates certeiros em 15 partidas (todas a titular). Desp. Chaves, União de Lamas, Maia (dois), Naval (três), Desp. Aves, Beira-Mar, Penafiel, Leça e Esposende foram as vítimas do internacional azeri, então com 31 anos.
Na temporada seguinte perdeu algum gás, mas ainda assim participou em 31 partidas (21 a titular) e marcou sete golos, frente a Marco, Sp. Espinho (dois), Freamunde (dois), Académica e Desp. Chaves. Ainda assim, foi incapaz de evitar a despromoção.
Depois encerrou a carreira.



3. Shalamanov (46 jogos)

Vladko Shalamanov
Disputou 46 jogos tal como Kassoumov, mas esteve em campo durante mais 768 minutos – 4028 contra 3260. Defesa central internacional búlgaro então com 32 anos, reforçou o Imortal na mesma altura do azeri, em dezembro de 1999, depois de ter atuado nos principais campeonatos de Bulgária, Grécia e Turquia.
Essencial para a permanência dos algarvios na II Liga, disputou 18 jogos (todos como titular) em 1999-00. Na época seguinte manteve a influência, tendo atuado em 28 partidas (todas a titular) e marcado três golos, ao Vitória de Setúbal, à Naval e ao Desp. Chaves, mas foi impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão continuou na II Liga e no Algarve, mas com a camisola do Portimonense.


2. Álvaro (48 jogos)

Álvaro
Lateral esquerdo natural de Setúbal, fez grande parte da formação no Vitória de Setúbal e jogou no Comércio e Indústria e no Estrela de Vendas Novas antes de reforçar o Imortal em 1998 pela mão de um conterrâneo, Ricardo Formosinho.
Importante para a promoção à II Liga em 1998-99, foi utilizado em 29 jogos (24 a titular) e marcou um golo ao Esposende na temporada seguinte, a primeira no segundo escalão. Na época seguinte perdeu alguma influência, não indo além de 18 encontros (14 a titular) no campeonato, mostrando-se incapaz de evitar a despromoção.
Em 2001-02 continuou no clube na II Divisão B, mas na temporada que se seguiu regressou à II Liga para representar o Leça.


1. Pelé (54 jogos)

Pelé
Uma das jóias da coroa da formação do Imortal, talvez o jogador formado no clube de Albufeira – e natural de Albufeira - que atingiu um nível mais alto no futebol mundial, uma vez que jogou na Premier League pelo West Bromwich e foi internacional por Cabo-Verde.
Defesa central de possante (1,86 m), estreou-se pelo clube que o formou aos 19 anos, em dezembro de 1997, e fez parte do trajeto que culminou com a inédia promoção à II Liga em 1999.
Na época de estreia no segundo escalão disputou 29 jogos (todos a titular) e apontou dois golos, frente a Desp. Aves e Esposende. Na temporada seguinte perdeu algum espaço, não indo além de 25 partidas (17 a titular), nas quais faturou por três vezes, diante de Marco, Felgueiras e Leça.
Em 2001-02 continuou no clube, na II Divisão B, mas depois voltou à II Liga para jogar pelo Farense e de lá saltou para o patamar maior do futebol português para representar o Belenenses ao longo de três temporadas.
















1 comentário:

  1. gostava que fossem revelados mais nomes de jovens do futebol Algarvio que vão dando nome á provincia algarvia por terras de portugal. Casos dos irmãos Diogo Paulo formado no imortal e de André Paulo que amanha vai assinar por um dos três grandes. Obrigado

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