Benfiquista Mantorras em luta pela bola com o 'açoriano' Vítor Vieira |
Tenho uma vaga ideia do duelo
entre as duas equipas na primeira volta da I Liga em 2001-02, no Estádio da
Luz, a contar para a 13.ª jornada. Lembro-me de na antevisão do encontro se ter
falado que o número 13 tinha sido de sorte para o Benfica
no ano anterior, pois significou uma vitória expressiva sobre o Sporting
em casa (3-0). E também me recordo que os açorianos
eram orientados por Manuel
Fernandes, antiga glória dos leões,
e tinham como um dos principais jogadores o espanhol Toñito, cedido
precisamente pelo emblema
de Alvalade.
Lembrava-me que o Benfica
tinha vencido à tangente, mas julgava que teria sido 1-0 e não 2-1. Rui
Gregório deu vantagem aos açorianos
aos quatro minutos, mas Simão de grande penalidade (20’) e Mantorras (40’)
deram a volta ao resultado ainda na primeira parte. “O resultado do jogo da Luz
foi injusto, pois o Santa
Clara não merecia sair da Luz de mãos a abanar. A verdade é que a equipa do
Benfica
resistiu à pior exibição da época para pular para a vice-liderança do
campeonato. Ele há coisas...”, podia ler-se no jornal O Jogo.
Da partida da segunda volta, que
terminou empatado a zero em Ponta Delgada, não tenho qualquer memória, mas
lembro-me vagamente do encontro dos Açores na época seguinte, da 9.ª jornada.
Dois golos de livre direto de Simão Sabrosa deram o triunfo às águias
(42 e 71 minutos), já depois de João Pedro ter inaugurado o marcador para os açorianos
(14’).
Na segunda volta do campeonato de
2002-03, ás águias
de Lisboa e de São Miguel defrontaram-se num encontro histórico: o último do
antigo Estádio da Luz. Num recinto já parcialmente demolido, Simão Sabrosa
apontou o único golo do encontro aos 62 minutos, a partir da marca de grande
penalidade.
“Os reis também choram. O Benfica
venceu o Santa
Clara, ganhou uma vantagem preciosa de sete pontos sobre o Sporting
na corrida ao acesso à Liga dos Campeões, mas estes são factos que acabam
relegados para segundo plano, porque o Estádio da Luz, ao fim de quase 50 anos
de sucessos, vai abaixo”, resumiu o jornal O
Jogo, na entrada de uma crónica assinada por Ricardo Lemos, que se vários
anos depois haveria de integrar o departamento de comunicação dos encarnados.
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