sexta-feira, 21 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: Dinamarca em 1992

Dinamarca foi repescada e acabou campeã europeia
O Euro 1992 foi aquele que teve o desfecho mais insólito de todos: a Dinamarca não conseguiu qualificar-se para a fase final, mas foi repescada devido à suspensão da Jugoslávia por causa da Guerra dos Balcãs e acabou por se sagrar campeã. 

A seleção nórdica foi a escolhida para substituir os balcânicos precisamente por ter concluído em segundo lugar o grupo de qualificação vencido pela Jugoslávia. Ou seja, se o critério fosse outro, provavelmente seria outra a equipa repescada para o torneio realizado na Suécia.
 
O selecionador Richard Moller-Nielsen foi obrigado a fazer as malas à pressa, mas não conseguiu convencer o grande craque dinamarquês da altura, Michael Laudrup, a deixar as férias para participar no torneio.

Michael Gulec, um turco no litoral alentejano com o coração dividido

 

Calafiori implodiu com fúria espanhola


quinta-feira, 20 de junho de 2024

Morreu o antigo árbitro Carlos Valente. Quem se lembra dele?

Carlos Valente apitou nos Mundiais de 1986 e 1990
O antigo árbitro português de futebol Carlos Valente morreu esta quinta-feira, aos 77 anos. 

Carlos Valente, internacional entre 1984 e 1992, foi um dos oito árbitros portugueses em Mundiais de futebol, tendo arbitrado um jogo no México1986 e dois no Itália1990, reeditando os feitos de António Garrido (1978 e 1982), Saldanha Ribeiro (1970), Joaquim Campos (1958 e 1966) e Vieira da Costa (1954).
 
O árbitro setubalense estreou-se em Mundiais no Hungria-França (0-3), no México86, e quatro anos volvidos, no Itália90, arbitrou Diego Maradona, momento que guardou para sempre como um privilégio.
 
Em 18 de junho de 1990, Carlos Valente dirigiu o último jogo da Argentina no Grupo B do campeonato do Mundo realizado em Itália, frente à Roménia (1-1), numa edição em que a seleção sul-americana chegou à final, mas perdeu com a Alemanha.
 
"Arbitrar o Maradona e logo em Nápoles foi interessante, porque Nápoles era o mundo do Dieguito. Foi espetacular", recordou numa entrevista à agência Lusa.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre Portugal e República Checa

Cristiano Ronaldo marcou o segundo golo português
Eu tinha apenas quatro anos e mal sabia o que era uma bola quando Karel Poborsky brindou Vítor Baía com um chapéu monumental que eliminou Portugal do Euro 1996, momento que só me lembro de ver a posteriori, provavelmente aquando de um Inglaterra-Portugal em setembro de 2002 disputado no Villa Park, em Birmingham, palco do mítico golo do craque checo que passou pelo Benfica.
 
Tive então de esperar até 2008, já com 16 anos, para ver pela primeira vez a seleção portuguesa defrontar a congénere checa, na fase de grupos do Campeonato da Europa desse ano.

O percurso dos campeões europeus: Holanda em 1988

Holanda venceu o seu único Campeonato da Europa em 1988
A oitava edição do Campeonato da Europa foi pintada em tons de laranja. A Holanda de Ronald Koeman, Frank Rijkaard, Ruud Gullit e Marco Van Basten conquistou o título, dando a entender desde a fase de qualificação que estava destinada a chegar longe, tendo vencido tranquilamente o grupo no qual também estavam integradas Grécia, Hungria, Polónia e Chipre.
 
A detentora do troféu, França, não conseguiu apurar-se para a fase final, tal como Portugal, que ficou atrás de Itália e da Suécia na fase de qualificação. A República Federal da Alemanha apresentou-se pela última vez num Europeu antes da reunificação do país, ao passo que a União Soviética competiu pela derradeira ocasião num Campeonato da Europa antes da dissolução em 15 países em 1991.

PPV Review - WWE Clash at the Castle: Scotland (2024)

 
Data: 15 de junho de 2024
Arena: OVO Hydro
Localidade: Glasgow, Escócia
 

quarta-feira, 12 de junho de 2024

PPV Review - WWE NXT Battleground 2024


Data: 9 de junho de 2024
Arena: UFC Apex
Localidade: Enterprise, Nevada
 

O percurso dos campeões europeus: França em 1984

França conquistou título europeu em casa em 1984
Foi necessário esperar pela sétima edição do Campeonato da Europa para ver Portugal. A seleção portuguesa foi mesmo a grande surpresa da prova, tendo atingido as meias-finais após ficar à frente da República Federal da Alemanha na fase de grupos, mas acabou por ser a anfitriã França de Platini a levar o caneco. Les bleus imitaram Espanha (1964) e Itália (1968), que também se sagraram campeãs europeias a jogar em casa.
 
À semelhança do que havia acontecido com Itália em 1980, a seleção gaulesa ficou isenta de disputar fase de qualificação devido ao facto de ser anfitriã do torneio, que se disputou em sete cidades (Paris, Lens, Nantes, Marselha, Saint Étienne, Estrasburgo e Lyon).

O grego que foi campeão europeu quando era jogador do Benfica. Quem se lembra de Fyssas?

Fyssas marcou ao Porto na final da Taça de 2003-04
A chegada de José Antonio Camacho no final de 2002 elevou o Benfica a um nível que já não apresentava há alguns anos, tendo conseguido um segundo lugar em 2002-03, a melhor classificação da equipa em quase meia década. Hoje um vice-campeonato é motivo de motim para os lados da Luz, mas na altura, imagine-se, era sinal de uma época bem conseguida.
 
Porém, faltava a essa equipa – onde pontificavam Simão Sabrosa, Geovanni, Nuno Gomes, Zahovic, Tiago, Luisão, Hélder ou Moreira – um lateral esquerdo que pudesse dar profundidade a esse corredor, algo que os habituais titulares nessa posição, Ricardo Rocha ou Cristiano, não eram capazes de fazer. Foi então contratado em janeiro de 2004 o grego Panagiotis Fyssas, experiente jogador de 31 anos, titular da sua seleção, que ia marcar presença no Campeonato da Europa realizado em Portugal, e com experiência de Liga dos Campeões ao serviço do Panathinaikos.

terça-feira, 11 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: República Federal da Alemanha em 1980

RFA festejou segundo Campeonato da Europa em 1980
O Campeonato da Europa das grandes novidades: uma seleção anfitriã previamente designada que ficou isenta de fase de qualificação (Itália) e uma fase final pela primeira vez com oito seleções e uma fase de grupos. O torneio disputou-se pela segunda vez em solo transalpino e a República Federal da Alemanha (RFA) tornou-se na primeira seleção a sagrar-se campeão europeia por duas ocasiões, com o médio Rainer Bonhof a repetir a conquista de 1972.
 
No Grupo 7 da fase de qualificação, os germânicos não deram hipóteses à concorrência e venceram um grupo no qual também constavam Turquia, País de Gales e Malta, tendo fechado as contas com 10 pontos em 12 possíveis e um saldo de 17-1 em golos.

quinta-feira, 6 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: Checoslováquia em 1976

Checoslováquia venceu o título europeu em 1976
Quinta edição, quinto campeão diferente. Pela primeira vez, o vencedor do torneio foi decidido através do desempate por grandes penalidades, e logo através de um gesto técnico inovador por parte de Antonin Panenka que ainda hoje é imitado.
 
A Checoslováquia, que já não chegava à final four desde o Euro 1960, começou por vencer o Grupo 1 de qualificação, à frente de Inglaterra, Portugal e Chipre.
 
Nos quartos de final, a seleção comandada por Vaclav Jezek afastou a sempre temível União Soviética, com triunfo por 2-0 em Bratislava e empate a dois golos em Kiev.

O percurso dos campeões europeus: República Federal da Alemanha em 1972

RFA estreou-se em Europeus com uma conquista, em 1972
Tal como em 1968, uma estreante na fase final venceu o Campeonato da Europa, neste caso a República Federal da Alemanha (RFA) de Beckenbauer, Breitner, Jupp Heynckes, Hoeneß, Netzer e Gerd Müller.
 
Logo na fase de qualificação, que envolveu 32 seleções, os alemães mostraram ao que iam, vencendo o Grupo 8 com quatro pontos de vantagem sobre a Polónia, a maior vantagem sobre um segundo classificado nesse apuramento, numa altura em que cada vitória ainda só valia dois pontos. Turquia e Albânia completavam o agrupamento. Já a seleção portuguesa ficou atrás da Bélgica, num grupo que também incluía Escócia e Dinamarca.

quarta-feira, 5 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: Itália em 1968

Anfitriã Itália conquistou o título europeu em 1968
Pela segunda de três vezes, em 1968 a seleção anfitriã venceu o Campeonato da Europa, desta feita a Itália de Zoff, Facchetti, Rivera e Mazzola, numa década em que AC Milan e Inter de Milão venceram duas Taças dos Campeões Europeus cada.
 
Esta terceira edição do Europeu esteve envolta em novidades: uma fase de grupos a anteceder os quartos de final, 31 concorrentes na fase de qualificação (contra os 29 de 1964), uma decisão por moeda ao ar e uma finalíssima. Mas manteve-se o formato de final four, com jogos em Nápoles, Florença e Roma.
 
A seleção transalpina, que não havia chegado à fase final nas duas primeiras edições, venceu o Grupo 6 de qualificação, à frente de Roménia, Suíça e Chipre. Já Portugal ficou inserido no Grupo 2, tendo ficado atrás da Bulgária e à frente de Suécia e Noruega.

quarta-feira, 29 de maio de 2024

PPV Review - AEW Double Or Nothing 2024


Data: 26 de maio de 2024
Arena: MGM Grand Garden Arena
Localidade: Paradise, Nevada
 

O percurso dos campeões europeus: Espanha em 1964

Espanha tornou-se na primeira anfitriã a vencer o Euro
Pela primeira de três vezes, em 1964 a seleção anfitriã venceu o Campeonato da Europa, na altura ainda denominado Taça das Nações Europeias.
 
Depois do êxito da primeira edição, o número de participantes na fase de qualificação passou de 17 para 29, tendo sido disputado nos mesmos moldes de 1960: fase a eliminar a duas mãos antes de uma final four, que desta vez se realizou em Espanha.
 
Espanha despachou a Roménia na pré-eliminatória, com uma vitória por 6-0 no Santiago Bernabéu antes de uma derrota por 3-1 em Bucareste.

Hoje faz anos a arma secreta do FC Porto de Jesualdo. Quem se lembra de Farías?

Farías marcou 34 golos em 83 jogos pelo FC Porto entre 2007 e 2010
Muito provavelmente um dos jogadores mais subvalorizados que passaram pelo FC Porto nas últimas duas décadas. Ernesto Farías era daqueles avançados que não precisavam de muito tempo em campo para marcar, e tanto assim foi que os 34 golos em 83 jogos de dragão ao peito corresponderam, na realidade, a uma média de um remate certeiro a cada 108 minutos.
 
Mas numa altura em que havia Lisandro López e depois Radamel Falcao, este ponta de lança internacional argentino (por uma vez) foi sobretudo uma aposta a partir do banco, como suplente utilizado, condição na qual disputou 48 encontros com a camisola azul e branca. Era espécie de arma secreta que Jesualdo Ferreira tão bem manuseava.

terça-feira, 28 de maio de 2024

O percurso dos campeões europeus: União Soviética em 1960

União Soviética venceu torneio inaugural
Talvez pouca gente o saiba, mas inicialmente o Campeonato da Europa (ou o Euro) era denominado por Taça das Nações Europeias e a sua concretização não foi propriamente consensual entre as federações filiadas na UEFA. Apenas 17 seleções participaram na fase de qualificação, sendo que República Federal Alemã (RFA), Bélgica, Itália e Inglaterra optaram pela ausência.
 
A taça, essa, desde logo começou por se chamar Taça Henri Delaunay, em homenagem ao seu principal impulsionador. E a União Soviética (URSS) foi a primeira nação a levantá-la.

O brasileiro que foi vice-campeão mundial quando jogava no FC Porto. Quem se lembra de Doriva?

Doriva somou 40 jogos e seis golos pelo FC Porto
Médio brasileiro de qualidade e que era dotado de um pontapé-canhão, uma espécie de moda na década de 1990 mas cada vez mais uma característica em risco de extinção, Doriva representou o FC Porto entre janeiro de 1998 e janeiro de 1999. Um ano apenas, mas suficiente para deixar a sua marca.
 
Depois de ter feito parte de um grande São Paulo, que venceu a Supercopa Libertadores, a Taça Intercontinental e a Recopa Sul-Americana entre 1993 e 1994, transferiu-se para o XV de Piracicaba, que na altura era patrocinado companhia aérea TAM e contratou jogadores de gabarito para atacar o Campeonato Paulista de 1995. Foi precisamente quando o centrocampista representava o modesto emblema do interior de São Paulo que foi chamado pela primeira vez à seleção brasileira, em maio de 1995.

segunda-feira, 27 de maio de 2024

O primeiro português a jogar pelo Chelsea. Quem se lembra de Filipe Oliveira?

Filipe Oliveira esteve no Chelsea entre 2002 e 2005
Ricardo Carvalho? Paulo Ferreira? Tiago? Não. O primeiro português a jogar pelo Chelsea foi o extremo Filipe Oliveira, que chegou a Stamford Bridge ainda antes do início da era Roman Abramovich. Depois de uma formação feita no Sp. Braga e no FC Porto, surgiu na equipa principal dos londrinos em 2002-03, quando tinha apenas 18 anos.
 
“Com 18 anos tive a oportunidade de já poder-me estrear-me na equipa principal. O Chelsea, na altura da minha quarta época, estava num período de transição no próprio clube. Na altura havia um proprietário que era o Ken Bates que estava a estruturar o clube e estava com uma filosofia de poder proporcionar oportunidade aos jogadores da formação, porque o próprio clube precisava disso, precisava de rentabilizar, e eu tinha sido contratado muito nessa linha de pensamento. Entretanto chega o Abramovich, contratou o José Mourinho, e tudo mudou dentro do clube, houve uma mudança radical, não digo nos objetivos, porque o Chelsea já era uma equipa que lutava para ganhar títulos. Só para relembrar que no último ano do Ranieri o Chelsea ficou em segundo lugar no campeonato. Mas na primeira temporada de Mourinho, com todo o investimento, e com toda a qualidade do plantel, conseguiu-se chegar ao objetivo de ganhar o campeonato. Mas para nós jovens que estávamos numa fase de formação e afirmar-se na primeira equipa, tudo se tornou muito mais complicado”, recordou ao Bola na Rede, em entrevista concedida em fevereiro de 2021.

Nuno Santos “não quis ir” aos Jogos do Rio e desde então nunca mais foi chamado às seleções. Estará riscado?

Nuno Santos não joga por uma seleção desde 2015
Muito antes de Nuno Santos se ter tornado neste ala que se destaca pela verticalidade e qualidade no cruzamento que encaixa que nem uma luva no carril esquerdo do Sporting de Rúben Amorim, foi uma das maiores promessas da formação do Benfica. Em 2013-14 foi um dos destaques da equipa que chegou à final da UEFA Youth League e duas épocas depois estava a ser lançado aos poucos por Rui Vitória na equipa principal dos encarnados, pela qual chegou a atuar por duas vezes.
 
Essa progressão no clube da Luz foi travada na tarde de 19 de dezembro de 2015, quando o então extremo sofreu uma rotura de ligamentos no joelho esquerdo durante um jogo entre as equipas B de Benfica e FC Porto e ficou afastado dos relvados até ao final dessa temporada de 2015-16. Até então somava 38 internacionalizações desde os sub-16 e os sub-21 e tinha marcado presença no Campeonato da Europa de sub-19 em 2014 e no Mundial de sub-20 em 2015.
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