segunda-feira, 19 de junho de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre França e Grécia

Zidane tenta passar por entre Karagounis e Katsouranis
Recuemos ao magnífico ano futebolístico de 2004, no qual presenciámos o FC Porto a conquistar a Liga dos Campeões e Portugal a organizar e a chegar à final do Campeonato da Europa.
 
Nos quartos de final do Euro 2004, um dia depois do fatídico jogo entre Portugal e Inglaterra, foi a vez de França e Grécia medirem forças. Para mim era líquido que a seleção gaulesa ia ganhar: tinha o melhor conjunto de jogadores do torneio (Henry, Zidane, Trezeguet, Pires, Vieira, Thuram, etc.) parecia recuperado do apagão do Mundial 2002 e pela frente tinha um modesto selecionado helénico que havia batido Portugal no jogo de abertura, mas que depois até esteve com um pé fora da prova, devido ao empate com Espanha e à derrota às mãos da Rússia.
 
Esse França-Grécia, disputado a sexta-feira 25 de junho de 2004, coincidiu com uma festa de final de ano letivo da minha escola, uma espécie de arraial que me fez perder o jogo. Só quando cheguei a casa e liguei a televisão é que percebi o que tinha acontecido: o tomba-gigantes.
 
Aos 65 minutos, Zagorakis trabalhou bem sobre Lizarazu no corredor direito, olhou para a área e cruzou com toda a precisão para a cabeça de Charisteas, que apareceu à entrada da pequena área para cabecear certeiro para o fundo das redes da baliza à guarda de Barthez, que ficou pregado ao relvado. Foi o único remate grego em toda a segunda parte.
 
“'Sejam heróis.' O apelo de Otto Rehhagel na véspera de um jogo já por si histórico para a Grécia, que nunca havia passado da primeira fase em competições internacionais, ecoou em Alvalade. E a seleção helénica, que nada tinha a perder, ouviu o apelo do selecionador e transformou o minuto 65 num ato cénico. O remate de Charisteas afastava os campeões da Europa, que assim se juntavam à Espanha, Itália, Inglaterra e Alemanha no lote dos grandes vencidos do torneio”, escreveu o Diário de Notícias.
 
 
 
Na altura pensei que fosse bom para Portugal



 
 




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