Um jogo que muitas vezes se
confunde com a rivalidade entre Lisboa e Porto, mas que se transformou num
clássico por mérito desportivo, entre os dois clubes portugueses mais bem-sucedidos
de sempre a nível nacional e internacional, sendo ambos bicampeões europeus. O
primeiro duelo entre Benfica e FC Porto remonta a um jogo amigável em 1912, mas
desde então que os encontros entre águias e dragões têm ficado marcados pela
animosidade, nomeadamente desde o final dos anos 1970, quando os portistas ressurgiram
no topo do futebol português e têm quase todas as épocas protagonizado lutas
acesas pelo título com o rival lisboeta.
28 de junho de 1931 – Campeonato de Portugal (final)
O primeiro jogo oficial entre
ambos os clubes e logo numa final, disputada no Campo do Arnado, em Coimbra. O
Benfica do treinador inglês Arthur John venceu o FC Porto do húngaro Joseph
Szabo por 3-0 com um golo de Augusto Dinis e dois de Vítor Silva, considerado
por muitos como a principal estrela do futebol português naquela época. O
triunfo permitiu às águias conquistar o seu segundo Campeonato de Portugal,
igualando os dragões e o Belenenses à passagem pela 10.ª edição da prova.
7 de fevereiro de 1943 – I Divisão (5.ª jornada)
A maior goleada num clássico
entre Benfica e FC Porto e uma das maiores de toda a história da I Divisão/Liga,
num jogo curiosamente disputado no Campo Grande, local fortemente associado ao…
Sporting. Destaque para os quatro golos de Júlio e os bis de Valadas, Teixeira
e Manuel da Costa, num encontro referente a uma época em que os dragões
terminaram o campeonato no 7.º lugar. Nos bancos estavam dois húngaros: János
Biri no dos encarnados e Lippo Hertzka no dos azuis e brancos.
28 de maio de 1978 – I Divisão (28.ª jornada)
Há 19 anos sem conquistar o
título nacional, o FC Porto com José Maria Pedroto como treinador e Pinto da Costa como diretor para o futebol entrou para a antepenúltima jornada com mais
um ponto do que o rival Benfica, orientado pelo inglês John Mortimore. As
águias estiveram quase todo o encontro em vantagem, devido a um autogolo de
Carlos Simões logo aos 3 minutos, porém, Ademir empatou aos 83’ e colocou as
Antas em delírio. Duas semanas depois, confirmar-se-ia que o campeonato cairia
para os portistas, embora tivessem terminado com os mesmos pontos que os
encarnados.
21 de agosto de 1983 – Taça de Portugal (final)
No início da época 1982-83 o
então presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Romão Martins,
ofereceu a organização da final da Taça de Portugal à Associação de Futebol do
Porto. No entanto, quando ficaram definidos os finalistas, o novo presidente da
entidade, Silva Resende, decidiu mover o jogo para o Estádio Nacional. O FC Porto insurgiu-se e não cedeu sequer à possibilidade de realizar a final em
Coimbra, a meio caminho entre Lisboa e a Invicta, chegando mesmo a decidir não
comparecer depois de uma Assembleia Geral muito concorrida, assumindo o risco
de despromoção à III Divisão. Entretanto, o Conselho de Justiça da FPF decidiu
adiar o jogo para uma data anunciar e, já após a temporada encerrar, a
Federação cedeu e o Benfica aceitou disputar o encontro nas Antas. Apesar
disso, as águias levaram a melhor, vencendo pela margem mínima graças a um
grande golo de Carlos Manuel.
28 de abril de 1991 – I Divisão (34.ª
jornada)
Mais
uma época de luta a dois pelo título marcada por um clássico na reta final do
campeonato. O FC Porto vinha de uma vitória em Alvalade, mas era o
Benfica que liderava a I Divisão, com mais um ponto do que o rival. Num jogo
decisivo para a atribuição do campeão, o nulo persistia à entrada para os
últimos dez minutos, quando o treinador benfiquista decide colocar em campo
César Brito. E, apesar do pouco tempo em campo, o avançado português respondeu
com dois golos, o primeiro de cabeça na resposta a um cruzamento de Vítor
Paneira e o segundo através de um chapéu a Vítor Baía a aproveitar um passe de
Valdo para as costas da defesa portista. Depois deste triunfo crucial, as
águias tiveram de esperar 14 anos para voltar a vencer no reduto dos azuis e brancos.
22 de março de 1992 – I Divisão (27.ª jornada)
Mais um clássico importante para
as contas de um título nacional. O FC Porto de Carlos Alberto Silva entrou para
a 27.ª jornada (de 34) em primeiro lugar, com cinco pontos de vantagem sobre o
Benfica de Sven-Göran Eriksson, numa altura em que as vitórias ainda só valiam
dois pontos, ou seja, era a derradeira oportunidade para as águias se
aproximarem do rival. O nulo ao intervalo levou a incerteza para a segunda
parte, onde os encarnados responderam por duas vezes a golos portistas. Se
William (74’) e Yuran (85’) anularam os golos de João Pinto de grande penalidade
(64’) e Kostadinov (84’), o tardio remate certeiro do romeno Timofte (89’)
garantiu mesmo a vitória aos azuis e brancos, que saíram da Luz praticamente
com as faixas de campeão já encomendadas.
18 de setembro de 1996 – Supertaça Cândido de Oliveira (2.ª mão)
O FC Porto vinha de uma vitória
nas Antas por 1-0, com golo de Domingos, mas poucos perspetivavam um desfecho
destes no jogo da segunda mão, na Luz. Em contra-ataque, os dragões começaram
por dar um duro golpe nas aspirações do Benfica ao marcar logo aos 3 minutos,
por Artur, e chegaram ao segundo golo à beira do intervalo, por Edmilson. No
segundo tempo, foi hecatombe total para os homens de Paulo Autuori, que
haveriam de sofrer mais três golos: cortesia de Jorge Costa, Wetl e Drulovic. Numa era em que as goleadas em clássicos
começavam a cair em desuso, a formação orientada por António Oliveira fez questão
de esmagar o rival.
3 de abril de 2011 – I Liga (25.ª jornada)
Numa fase de enorme crispação
entre os rivais, o Benfica apresentava-se como campeão em título, mas o FC Porto tinha possibilidades de se sagrar campeão em casa do rival, um ano depois
de ter sido privado durante vários meses de um dos seus principais craques,
Hulk, devido ao famoso caso do túnel da Luz. As trocas de provocações e
acusações eram diárias e os duelos entre dragões e águias bastante quentinhos.
Depois de terem goleado por 5-0 na primeira volta, no Dragão, os nortenhos
voltaram a bater o rival e não se fizeram rogados nos festejos da conquista do
campeonato, apesar de as luzes terem sido desligadas e o sistema de rega
ativado.
11 de maio de 2013 – I Liga (29.ª jornada)
Numa das lutas pelo título mais
apaixonantes da história, Benfica e FC Porto entraram para a penúltima jornada
ainda sem derrotas e separados por apenas dois pontos, com vantagem para os
encarnados. As águias festejariam o título no Dragão em caso de vitória e
ficaram em posição privilegiada mesmo se empatassem, mas seriam ultrapassadas
se perdessem. Tudo começou a correr bem para a equipa de Jorge Jesus, que
inaugurou o marcador por Lima, aos 19 minutos. Pouco depois, um autogolo de
Maxi Pereira deixou o resultado empatado. A igualdade haveria de permanecer até
aos 92 minutos, quando Kelvin tentou a sorte à entrada da área e bateu Artur
Moraes, colocando o Dragão em delírio e... Jesus de joelhos.
15 de abril de 2018 – I Liga (30.ª jornada)
Mais um jogo decisivo para a
atribuição do campeão. O Benfica jogava em casa e entrava no clássico com um
ponto de vantagem sobre o rival, com a possibilidade de disparar para um
inédito pentacampeonato em caso de vitória. O encontro foi equilibrado e podia
ter caído para qualquer um dos lados, mas acabou por cair para o dos dragões,
mais uma vez com um golo nos minutos finais, desta vez da autoria do capitão
Héctor Herrera, através de um remate fortíssimo de fora da área.
falta ai o que o benfica eliminou o porto para a taça de Portugal na luz na segunda mão por 3-1 com uma obra de arte do andre gomes
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