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O troféu de campeão da I Liga portuguesa |
Vitórias inesperadas, triunfos
inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que
não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs, partidas que deram títulos e muito mais. Tem sido assim
ao longo de cerca de nove décadas na I
Liga portuguesa.
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.
12/05/1935 – 14.ª jornada
Sporting 2-2 FC Porto
Sporting 2-2 FC Porto
Depois de mais de uma década em que o Campeonato de Portugal, disputado por eliminatórias, foi a única competição nacional, em 1934-35 foi levada a cabo a primeira edição do campeonato português tal como o conhecemos, num sistema em que todas as equipas se defrontam a duas voltas.
Na altura, apuravam-se para este campeonato da I Divisão quatro representantes dos quatro campeonatos regionais considerados mais competitivos, mediante a classificação obtida nos mesmos: quatro da AF Lisboa (Belenenses, Benfica, Sporting e União de Lisboa), dois da AF Porto (FC Porto e Académico do Porto), um da AF Setúbal (Vitória de Setúbal) e um da AF Coimbra (Académica).
O FC Porto partiu para a 14.ª e última jornada com mais dois pontos do que o principal perseguidor, o Sporting, e quis o destino que ambas as equipas se defrontassem nessa derradeira ronda. Os dragões, então orientados por Joseph Szabo, conseguiram sair do Campo Grande com um empate a dois golos que lhes serviu as intenções. Para os leões marcaram Ferdinando (25 minutos) e Manuel Soeiro (85’), ao passo que Carlos Nunes (40’) e Lopes Carneiro (46’) faturaram para os azuis e brancos.
09/05/1982 – 28.ª jornada
Estoril 0-3 Sporting
Estoril 0-3 Sporting
Com quatro pontos a mais do que o perseguidor Benfica e vantagem no confronto direto sobre o rival à partida para a antepenúltima jornada, o Sporting de Malcolm Alisson sabia que um triunfo na Amoreira sobre o Estoril de Celestino Ruas lhe garantiria o título de campeão nacional.
Os leões não tremeram e alcançaram um triunfo contundente, por 3-0, graças a um bis de Manuel Fernandes (17 e 70 minutos) e um golo de Rui Jordão (47’).
Foi o 16.º título nacional para os verde e brancos, o último antes de 2000.
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Manuel Fernandes e Rui Jordão nos festejos do 3-0 |
08/05/1993 – 30.ª jornada
Numa altura em que o título
nacional já era uma miragem para o Sporting
de Bobby
Robson, terceiro classificado a cinco jornadas do fim com seis pontos de
desvantagem para o Benfica
e cinco para o FC
Porto, numa altura em que cada vitória valia dois pontos, os leões
começaram por apanhar um susto na receção ao Beira-Mar.O defesa Dinis abriu o ativo para os aveirenses à passagem da meia hora de jogo e os aurinegros então comandados por Vítor Urbano seguraram a vantagem até ao intervalo.
No início da segunda parte, Andrzej Juskowiak empatou para os verde e brancos (52’), mas o momento alto da tarde estava reservado para o minuto 62, quando o ucraniano Sergey Cherbakov recebeu uma bola pontapeada por Balakov a partir de um pontapé de canto e, de primeira, rematou ainda de fora da área para o fundo das redes de Acácio.
“Foi eleito o melhor do campeonato. Foi um canto da esquerda do Balakov, eu estava na esquina da grande área e rematei ao ângulo sem deixar cair a bola. Foi um grande golo”, recordou Cherbakov ao Maisfutebol em março de 2012.
Já na reta final da partida, Juskowiak bisou e fez o 3-1 final (83’).
22/05/1999 – 33.ª jornada
Farense 2-2 Boavista
Sporting 1-1 FC Porto
Farense 2-2 Boavista
Sporting 1-1 FC Porto
À entrada para a penúltima jornada, o FC Porto de Fernando Santos liderava o campeonato com mais cinco pontos do que o principal perseguidor, o Boavista de Jaime Pacheco, podendo sagrar-se campeão em caso de escorregadela dos axadrezados em Faro ou de um triunfo em Alvalade.
Os boavisteiros até começaram por cumprir a sua parte, tendo entrado nos derradeiros minutos a vencer por 2-0, com golos de Isaías (aos cinco minutos) e de Serhiy Atelkin (63’). No entanto, Marco Nuno reduziu para os algarvios aos 89’ e Gouveia empatou a partida aos 90’, na conversão de um penálti assinalado por António Costa, que protagonizou uma arbitragem muito polémica: nove cartões amarelos (oito para jogadores do Boavista), três vermelhos (dois para os axadrezados) e dúvidas em relação a uma situação de fora de jogo no primeiro golo do Farense e à existência ou não da falta que ditou a grande penalidade que resultou no 2-2 final.
Quando, no mesmo dia, o FC Porto entrou em campo no Estádio José Alvalade, fê-lo já com o título assegurado. Mas não era um título qualquer. Era o pentacampeonato – o primeiro e por enquanto único do futebol português. Pedro Barbosa ainda chegou a azedar a festa portista ao abrir o ativo no início da segunda parte, mas Zahovic restabeleceu a igualdade nos minutos finais (85’).
09/05/2010 – 30.ª jornada
Benfica 2-1 Rio Ave
Benfica 2-1 Rio Ave
O Benfica de 2009-10, orientado por Jorge Jesus, foi um autêntico rolo compressor. Toda uma geração nunca havia visto os encarnados jogar de forma tão autoritária e consistente com “nota artística”, com muitas goleadas pelo meio.
Aos 72 minutos, Ricardo Chaves empatou para o Rio Ave e fez tremer os benfiquistas durante algum tempo, mas, aos 79’, Cardozo voltou a tranquilizar os adeptos, fazendo o 2-1 final.
em atualização
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