quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Da “primeira grande professora de sexo” às amigas bissexuais. As aventuras mulherengas de Futre

Futre fez anúncios de estimulantes sexuais masculinos
Fama não lhe faltava. E proveito também não. Estrela de anúncios de estimulantes sexuais masculinos quando já ia na meia idade, Paulo Futre teve enquanto jovem, ao longo da sua carreira de futebolista, “inúmeros episódios relacionados com o sexo feminino”. É o próprio que o assume no livro El Portugués, publicado em 2011, e no qual conta que sempre lidou “muito bem com esse assédio”, tendo passado por “algumas histórias bizarras”.
 
Tudo começou no Porto. Com 19 aninhos e o estatuto de uma das principais figuras do FC Porto, tinha “algumas amigas especiais, mas sem compromisso”, até que numa viagem de Lisboa para o Porto de comboio, depois de representar a seleção nacional, conheceu uma mulher na casa dos 30 e poucos anos. “Que senhora”, disse para dentro, antes de a conversa começar a fluir.
 
“Quando somos jovens, temos sempre o objetivo de estar com uma mulher mais velha. Alguém que nos pode ensinar outras coisas. E é isso que vai acontecer. Nesse dia começa uma história louca entre nós. Posso dizer que ela se transforma na minha primeira grande professora de sexo”, contou no livro.
 
Mas, à medida que a relação vai desenvolvendo, Futre começou a levar broncas de Artur Jorge nos treinos, com o treinador a revelar estava a par do que o seu jogador fazia nos tempos livres.
 
Intrigado, o extremo começa a desconfiar que a mulher com a qual estava era informadora do FC Porto e montou-lhe uma armadilha para tirar tudo a limpo, dizendo-lhe que tinha saído na noite anterior e que só havia chegado a casa às seis da manhã. No dia seguinte, levou nova bronca de Artur Jorge: “Seis da manhã, Paulinho? Não pode ser.” A suspeita batia certo.
 
Futre cortou relações de imediato com a mulher, que depois de muito lhe suplicar lá lhe contou a verdade: era casada com um senhor com o dobro da sua idade e com a qual mantinha uma relação liberal, sendo que o marido era um grande amigo do então vice-presidente do FC Porto, Luís Teles Roxo, que queria arranjar uma mulher que pudesse controlar diariamente o futebolista. A senhora ainda revelou estar mesmo apaixonada pelo então jovem jogador, mas Futre não a perdoou.
 
 


“A minha fantasia e a de 99% dos homens heterossexuais”

Além da fantasia com uma mulher mais velha, outra tentação bateu à porta de Futre: um ménage à trois. No dia do seu 19.º aniversário, a 28 de fevereiro de 1985, subiu à secretaria do das Antas e um funcionário disse-lhe que bateu o recorde de cartas recebidas: “547 num só dia. Que loucura. É a primeira vez que isto acontece.”
 
Se a maioria das cartas foram retribuídas com uma fotografia autografa, houve uma, com uma fotografia, que o deixou com vontade de retribuir com… o corpo: “Na frente, estão duas miúdas de corpos escaldantes a beijarem-se. No verso, vem uma frase que explica tudo: ‘Somos duas amigas bissexuais e queremos ser a tua prenda de anos. Se queres provar este presente, liga-nos para este número…”
 
“Aquela carta é um choque e a possibilidade de realizar a minha grande fantasia de estar com duas mulheres ao mesmo tempo. Sem pagar! Porque a pagar é fácil. A verdadeira fantasia é fazê-lo sem envolver dinheiro (a minha fantasia e a de 99 por cento dos homens heterossexuais)”, contou no livro.
 
A carta com uma mulher com o cabelo castanho e outra loira não saiu da cabeça de Futre: “Deito-me a olhar para a fotografia. Depois, apago a luz e fecho os olhos. Fico a sonhar acordado com aquelas miúdas. A imaginar como será estar com as duas ao mesmo tempo. Como será fazer um trio? Só havia mesmo uma forma de saber…”
 

 

“Grande queca. Mulher nota 10, mas só na cama…”

Ainda no FC Porto, o estatuto de estrela de Paulo Futre valeu-lhe mais uma noite bem passada. Numa sessão de autógrafos no parque de estacionamento reservado aos jogadores, e com o objetivo de oferecer um autógrafo personalizado numa fotografia, o jogador perguntou o nome a uma adepta. “Eva. Mas não quero a fotografia. Quero que me dês um autógrafo nas cuequinhas”. Percebendo que estava perante uma morena de 23, 24 anos “lindíssima”, Futre alinhou, tendo ficado com o contacto telefónico da jovem.
 
Entretanto os dois combinam uma saída, depois de um jogo no qual o internacional português marcou um golo “espetacular” numa vitória por 3-0 sobre o Vitória de Setúbal, mas acabaram por ir parar à casa de Futre. “Estive quase para inventar uma dor qualquer por causa do jogo, mas há três dias que não estava com uma mulher e ela era espetacular. 1,70 m. Olhos rasgados. Negros. E a pele, morena, tão suave como seda. Parecia ter as medidas perfeitas e eu estava louco para comprovar”, narrou no livro El Portugués.
 
Mesmo percebendo que a rapariga com a qual estava não era de confiança, devido às contradições da sua conversa, as hormonas de Futre falaram mais alto. “És uma mulher linda. Desde quarta-feira, quando apareceste no estádio, que não paro de pensar em ti por um minuto. Estou louco para fazer amor contigo – e acabado de dizer isto, começo a beijá-la”, narrou, tendo avançado para o ato sexual… sem preservativo. “Como tinha bastante controlo sobre o meu corpo, nessa noite não usei. Na hora da verdade, o meu orgasmo podia acabar na barriga, na boca ou nas costas dela, mas nunca dentro da vagina. E foi uma loucura. Fizemos amor toda a noite. Ou melhor: sexo. Sexo puro e duro. No final, ela adormeceu comigo”, prosseguiu.
 
No dia seguinte, Futre ficou a pensar na noite que tinha passado: “Grande queca. Mulher nota 10, mas só na cama. De resto, é perigosa e mentirosa. Por isso, não pode nem vai haver segunda vez.” Na mouche: Eva simulou uma gravidez e pediu dinheiro para abortar, mas o jogador, já experiente nessas andanças, disse que estava “louco para ser pai”. “Nunca mais ouvi falar da Eva depois desta resposta”, recordou.
 
Apesar da vida sexualmente ativa, o jogador sabia que tinha regras para seguir: “No FC Porto aprendi tudo. Até aprendi quantas vezes podia fazer o amor por semana. Se o jogo era domingo, no sábado e na sexta-feira não podíamos fazer amor. A última vez era na quinta-feira. Podíamos fazer quatro vezes. É um pequeno pormenor. Vou estar sempre agradecido ao FC Porto”, contou ao Jornal da Noite da TVI em janeiro de 2012.
 
 

As “sobras” de Ronaldo e Nani

Em outubro de 2018, Paulo Futre recordou, na CMTV, uma noite em Manchester com Cristiano Ronaldo e Nani, quando ambos jogavam no United. “Em Manchester saí com o Ronaldo e o Nani (...), por alturas de 2006. Só para dar uma ideia, nunca vi tanta mulher bonita, tanta top model junta. Aquilo era tanto que as sobras ficaram para mim”, recordou, explicando logo a seguir o que significavam “sobras”.
 
“Aquilo eram mulheres de top 10. Ou melhor de top 11 e 12. As top 12 tocavam ao Cristiano. As 11 ao Nani. E depois ficavam as sobras para mim”, prosseguiu, tendo revelado que a "fartura" de mulheres bonitas era tal que até pôde escolher “ficar só com as que falavam italiano ou espanhol, porque eu não falo inglês”. “Eu estava ali a mais, ninguém me conhecia, mas o Nani e Ronaldo tinham uma saída incrível”, continuou.
 

 

“Tive graves problemas com a igreja portuguesa”

Paulo Futre nunca casou, mas teve uma relação que durou anos com a mãe dos filhos, Isabel, uma mulher que conheceu no Porto. A partir daí a vida pessoal do futebolista estabilizou, mas nem por isso a relação se livrou de polémica.
 
“Lembro-me que, um dia, numa entrevista, disse que não era casado, mas apenas junto. Para mim era a mesma coisa. O sentimento do coração e a vida em comum são mais importantes do que qualquer papel assinado. Mas tive graves problemas com a igreja portuguesa por causa dessas declarações e recebi críticas públicas de alguns padres por mais do que uma vez. Diziam que eu devia dar o exemplo e unir-me em matrimónio com a mãe que se tornaria mãe dos meus filhos”, lembrou no livro.
 








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