quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Os oito internacionais angolanos que passaram pela União de Leiria antes de Mateus

Mateus reforça União de Leiria aos 38 anos
Anunciado esta terça-feira como reforço da União de Leiria, o avançado Mateus vai juntar-se a uma já extensa lista de internacionais angolanos que passaram pelos leirienses. Na realidade, o emblema da cidade do Lis conseguiu estabilizar na I Liga e obter as suas melhores classificações ao mesmo tempo que a seleção angolana viveu o seu período mais intenso em termos de presenças em fases finais de grandes competições, no final da década de 1990 e início do século XXI.
 
Fua
O primeiro internacional angolano a jogar pela União de Leiria foi o avançado Fua, entre 1994 e 1997. Inicialmente emprestado pelo Boavista, clube em que concluiu a formação e que o cedeu sucessivamente, amealhou 84 jogos e quatro golos pelo emblema da cidade do Lis, tendo contribuído para classificações honrosas na I Liga como o 6.º lugar em 1994-95 e o 7.º na época seguinte. Contudo, em 1996-97 mostrou-se impotente para impedir a despromoção à II Liga.
Pelo meio, marcou presença no CAN 1996, prova que marcou a estreia dos Palancas Negras em grandes competições, tendo disputado três jogos nesse torneio.
 
 
 
Quinzinho
Quem ainda coincidiu com Fua em Leiria foi outro avançado que tinha marcado presença na Taça das Nações Africanas em 1996, Quinzinho. Emprestado pelo FC Porto, que o tinha contratado ao ASA, apontou três golos em 18 jogos pelos leirienses entre novembro de 1996 e maio de 1997, numa temporada marcada pela despromoção à II Liga.
Após a descida de divisão regressou aos dragões, que o cederam ao Rio Ave.
Em 1998 voltou a participar (e a marcar) numa Taça das Nações Africanas.
Quinzinho morreu em abril de 2019, vítima de morte súbita.
 
 
 
Túbia
Se no verão de 1997 Fua e Quinzinho deixaram Leiria, chegou à cidade do Lis o extremo Túbia, que vinha de meia dúzia de anos no Desp. Aves e também tinha marcado presença no CAN 1996, depois de um início de carreira nos angolanos do Interclube.
Na única temporada que passou nos leirienses atuou em 30 encontros em todas as provas e apontou três golos, ajudando a equipa então orientada por Vítor Oliveira a sagrar-se campeã da II Liga e a atingir as meias-finais da Taça de Portugal.
Cumprida a missão, transferiu-se para o Sp. Espinho.
 
 
Freddy
O senhor que se seguiu foi Freddy, um atacante angolano radicado em Portugal desde tenra idade que fez a formação e iniciou o percurso como futebolista sénior no Estoril Praia, de onde saiu para a União de Leiria no verão de 2001, chegando à cidade do Lis ao mesmo tempo que José Mourinho.
Em quatro temporadas ao serviço do emblema leiriense amealhou 105 jogos e sete golos em todas as competições, tendo contribuído para a obtenção do 5.º lugar na I Liga e para a caminhada até à final da Taça de Portugal em 2002-03. Na época seguinte esteve na estreia do clube na então denominada Taça UEFA.
Paralelamente, em março de 2004 estreou-se pela seleção angolana, tendo participado em sete jogos na fase de apuramento para o Mundial 2006.
 
 
 
Maurito
Quem se chegou a cruzar com Freddy em Leiria foi o médio ofensivo Maurito, reforço da União em janeiro de 2004 proveniente do Vasco da Gama de Sines, que por sua vez o tinha recrutado aos angolanos do Santos FC.
Em meia época ao serviço dos leirienses não foi além de sete jogos na I Liga, todos na condição de suplente utilizado.
No final da temporada transferiu-se para o Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, iniciando aí um trajeto de cerca de meia década no futebol árabe. Paralelamente, marcou presença nas edições de 2006 e 2008 da Taça das Nações Africanas.
 
 
 
Luís Lourenço
No verão de 2005, a União de Leiria recebeu por empréstimo do Sporting o então avançado internacional jovem português Lourenço, que tinha marcado presença em torneios importantes como o Europeu de sub-16 em 1998, o Campeonato da Europa de sub-21 em 2004 ou os Jogos Olímpicos de Atenas (2004).
Na única temporada que passou na cidade do Lis, apontou seis golos em 26 jogos em todas as competições, tendo feito uma das melhores épocas da carreira sob o comando técnico de Jorge Jesus. “Jorge Jesus é um treinador com métodos próprios. Fez-me crescer ainda mais como jogador, dizia sempre que não era um 9 mais sim um 9 e meio e deu-me liberdade para dar criatividade em prol da equipa. Tínhamos uma grande equipa e a vivência na cidade foi simples e de adaptação fácil”, afirmou ao O Blog do David em março de 2021.
No final da época em Leiria marcou presença no Europeu de sub-21, mas em agosto de 2011 jogou uma vez por Angola, país onde nasceu, tendo entrado nos últimos minutos de uma visita à Libéria.
 
 
 
Marco Airosa
No verão de 2006, Lourenço deixou Leiria, mas Marco Airosa chegou à União. Lateral direito nascido em Luanda e formado no Pescadores da Costa da Caparica, vinha de uma época agridoce, uma vez que se mostrou impotente para impedir a despromoção do Barreirense à II Divisão B, mas tinha feito a estreia pela seleção angolana e havia sido convocado para o Mundial 2006, embora não tivesse disputado qualquer jogo no torneio realizado na Alemanha.
Embora tivesse estado ligado contratualmente aos leirienses ao longo de duas temporadas, nunca chegou a estrear-se, tendo estado emprestado ao Olhanense em 2006-07 e ao Fátima na temporada que se seguiu. Foi durante a cedência aos fatimenses que marcou presença no CAN 2008.
Mais tarde haveria também de participar nas edições de 2012 e 2013 da Taça das Nações Africanas.
 
 
Stélvio Cruz
Antes de Mateus, o último internacional angolano a representar a União de Leiria havia sido o médio defensivo Stélvio Cruz. Internacional jovem português e formado no Sp. Braga, foi cedido pelos bracarenses aos leirienses no início da temporada 2009-10, que marcou o regresso da equipa da cidade do Lis à I Liga. O centrocampista até não foi além de três jogos realizados pelo conjunto da Beira Litoral, mas foi precisamente durante o período que esteve no clube que somou as primeiras internacionalizações pela seleção principal de Angola e foi convocado para o CAN 2010.
Após a participação na Taça das Nações Africanas mudou-se para o 1º de Agosto, tendo posteriormente prosseguido a carreira em campeonatos europeus de segunda linha, como os de Chipre e Luxemburgo.
Mais tarde, em 2019, foi novamente convocado para um CAN. 






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