segunda-feira, 17 de maio de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Estoril Praia na II Divisão B

Estoril competiu na II Divisão B entre 1999 e 2003
Fundado a 17 de maio de 1939, o então Grupo Desportivo Estoril Plage nasceu da Sociedade Estoril-Plage, proprietária do caminho de ferro da Linha de Cascais, de importantes hotéis na zona de Cascais e do Casino Estoril, tendo adotado desde o início no emblema e nas cores o amarelo do sol e o azul do mar, os baluartes da região. Porém, as cores motivaram a alcunha de “canarinhos”, em alusão à seleção brasileira.
 
Com apenas cinco anos de existência, os estorilistas viveram um dos maiores momentos da sua história ao participar na final da Taça de Portugal, de onde saíram derrotados pelo Benfica. Porém, 70 anos depois os canarinhos voltaram a evidenciar-se ao assegurarem duas qualificações consecutivas para a Liga Europa, em 2013 e 2014, com Marco Silva no comando técnico. Dois quartos lugares, em 1947-48 e em 2013-14, foram as melhores classificações de sempre do Estoril na I Divisão.
 
Contudo, o emblema da Linha de Cascais viveu um período menos fulguroso da sua história durante a viragem no milénio, quando competiu durante quatro temporadas (1999-00 a 2002-03) na II Divisão B – Zona Sul.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Estoril Praia na II Divisão B.
 
 

10. Baroti (56 jogos)

Baroti
Disputou o mesmo número de jogos de Rui Sá, mas amealhou mais 1734 minutos em campo – 4180 contra 2446.
A carreira de Baroti começou praticamente com a conquista da Taça de Portugal ao serviço do Estrela da Amadora em 1989-90, mas nunca se afirmou na I Liga e cinco anos depois foi contratado pelo Estoril, depois de passagens por Académica e Felgueiras.
No António Coimbra da Mota este médio centro/extremo esquerdo viveu a fase de maior fulgor na carreira ao longo de quatro temporadas na II Liga, entre 1995 e 1999.
Após a despromoção à II Divisão B permaneceu no clube por mais dois anos, tendo disputado 56 encontros (52 a titular) e apontado quatro golos no campeonato.
Depois transferiu-se para o Amora.
 
 

9. Hélder Sá (58 jogos)

Hélder Sá
Defesa central/médio defensivo com passagem por vários clubes do distrito de Lisboa, como Odivelas, 1º Dezembro e Sintrense, trocou o clube de Sintra pelo Estoril no verão de 1999.
Em duas temporadas no António Coimbra da Mota amealhou um total de 58 jogos (56 a titular) e cinco golos na II Divisão B.
Depois regressou ao Odivelas.
 
 

8. Nuno Rodrigues (59 jogos)

Nuno Rodrigues
Lateral/médio esquerdo natural de Oeiras, chegou ao Estoril na transição de juvenil para sénior, em 1996, proveniente do vizinho Dramático Cascais.
Dois anos depois estreou-se pela equipa principal, mas não conseguiu evitar a despromoção à II Divisão B, patamar competitivo em que disputou um total de 59 jogos (47 a titular) e apontou dois golos entre 1999 e 2001.
Depois transferiu-se para o Sp. Espinho, que na altura militava na II Liga.
Após pendurar as botas voltou a representar os estorilistas, mas no futebol veterano.
 
 


7. Marco Paulo (61 jogos)

Marco Paulo
Possante ponta de lança (1,89 m) nascido em Angola, mas radicado em Portugal desde tenra idade, jogou pelo Alverca na II Liga e pela seleção nacional de sub-21, mas chegou ao Estoril no verão de 2001, proveniente de Os Sandinenses.
Com impacto imediato da equipa, rapidamente desatou a marcar golos pelos canarinhos. Nas duas primeiras temporadas no António Coimbra da Mota totalizou 61 jogos (48 a titular) e apontou 26 golos, 16 deles na época 2002-03, que culminou no primeiro lugar na Zona Sul da II Divisão B e na consequente subida à II Liga.
Após a promoção permaneceu mais um ano no clube e voltou a contribuir para uma subida de divisão, desta feita à I Liga. Porém, não acompanhou os estorilistas no primeiro escalão, uma vez que rumou aos franceses do Laval.
 
 

6. Freddy (63 jogos)

Freddy
Mais um atacante angolano radicado em Portugal desde tenra idade, mas que não se chegou a cruzar com Marco Paulo no António Coimbra da Mota. Produto da formação do Estoril, transitou para a equipa principal em 1998.
Na primeira época nos seniores mostrou-se impotente para evitar a queda para a II Divisão B, patamar em que disputou 63 jogos (51 a titular) e apontou 20 golos entre 1999 e 2001.
Valorizado pelas boas campanhas no emblema canarinho, deu depois o salto para a União de Leiria, então orientada por José Mourinho na I Liga.
 
 

5. Paulo Sérgio (66 jogos)

Paulo Sérgio
Avançado possante (1,86 m) e experiente, que já tinha jogado na I Divisão ao serviço de Belenenses, Paços de Ferreira, Salgueiros e Vitória de Setúbal, chegou ao Estoril no verão de 1999, proveniente dos franceses do Grenoble, a convite de Rui Águas, quando já tinha 31 anos.
Em dois anos e meio no António Coimbra da Mota consolidou-se como um dos melhores marcadores da II Divisão B – Zona Sul, tendo apontado 16 golos tanto em 1999-00 e 2000-01. Brilhou também na Taça de Portugal, marcando numa vitória improvável no terreno do Sp. Braga em novembro de 2000.
A época que se seguiu ainda foi iniciada no clube, mas em fevereiro de 2002 mudou-se para o Olhanense, numa altura em que já vinha a perder espaço nos canarinhos, deixando o emblema da Linha de Cascais com 66 jogos (53 a titular) na II Divisão B.
“[Vem à memória] alguma frustração porque tivemos boas equipas no Estoril, o objetivo era subir o clube de divisão. No primeiro ano não conseguimos o objetivo, porque o Rui [Águas], a meio do projeto, sai por convite do Vitória de Setúbal e leva o Paulo Ferreira, que mais tarde vai para o Chelsea, e leva o Nelson Veiga. E acho que o projeto ficou um bocado hipotecado. E há algumas más opções no segundo ano, apesar de termos boa equipa. O terceiro ano é aquele em que o Estoril vende a SAD ao grupo do Manuel Damásio, do Figueiredo e do Janela. É o Janela quem vai tomar conta do futebol. É quando conheço o Ulisses Morais, que mais tarde pega na equipa. Mas acho que, quando o Ulisses entra, já estamos sem hipótese de subir esse ano”, recordou à Tribuna Expresso em fevereiro de 2020.
 
 

4. Martins (76 jogos)

Martins
Chama-se José Martins, mas poderia chamar-se sr. Estoril Praia. Afinal, foi formado no clube e cumpriu praticamente toda a carreira na Amoreira – a exceção foi em 1989-90, quando se estreou na II Liga ao serviço do Penafiel. No total, soma mais de 400 jogos pelos estorilistas, o que faz dele o jogador com mais encontros com o equipamento amarelo e azul, tendo representado o clube em três divisões.
As primeiras partidas pela equipa da Linha de Cascais foram disputadas ainda em idade de júnior, em 1985-86, tendo formado dupla com o atual selecionador nacional Fernando Santos, 13 anos mais velho, no eixo da defesa.
Na edição inaugural da II Liga, em 1990-91, já com Fernando Santos no comando técnico, formou uma dupla sólida com Hélder que ajudou os estorilistas a alcançar o estatuto de defesa menos batida da competição (28 golos sofridos) e a subir de divisão após sete anos de ausência.
Seguiram-se três anos e I Liga, não conseguindo evitar a descida de divisão em 1993-94. Após a despromoção acompanhou os canarinhos em mais cinco épocas na II Liga, entre 1994 e 1999.
Porém, nem a descida à II Divisão B o fez sair do clube, tendo continuado a servir o Estoril no terceiro escalão do futebol português até pendurar as botas em junho de 2002. Em três temporadas na II B amealhou um total de 76 jogos (72 a titular), não indo a tempo de contribuir para a promoção ao segundo escalão em 2003.
Após retirar-se do relvado abraçou a carreira de treinador, tendo orientado a equipa de juniores do seu clube de (quase) sempre entre 2005-06 e 2011-12.
 
 

3. Vidais (80 jogos)

Vidais
Defesa central que vinha a fazer na II Divisão B ao serviço de clubes como Benfica Castelo Branco, Juventude Évora, Fátima e Vilafranquense, reforçou o Estoril no verão de 2000.
Em quatro temporadas no António Coimbra da Mota, três foram passadas a competir na II B, mas em apenas uma foi titular indiscutível. Entre 2000 e 2003 amealhou um total de 80 jogos (64 a titular) e quatro golos no terceiro escalão do futebol português, contribuindo para o primeiro lugar na Zona Sul e consequente subida à II Liga em 2003.
Após a promoção permaneceu mais um ano clube, rumando depois ao Olivais e Moscavide.
 
 

2. Rui Júnior (88 jogos)

Rui Júnior
Lateral esquerdo natural de Cascais, mas com ascendência angolana, dividiu a formação entre Dramático Cascais e Fontainhas, tendo passado ainda pelos seniores dos açorianos do Praiense e do Operário e também pelo Atlético antes de ingressar no Estoril no verão de 1999.
Titular indiscutível nas três temporadas que passou no António Coimbra da Mota, amealhou um total de 88 jogos (85 a titular) e sete golos.
Embora não tivesse conseguido a desejada subida à II Liga, as boas campanhas ao serviço do emblema da Linha de Cascais valeram-lhe o salto para o Alverca, que na altura militava nas ligas profissionais.
 
 


1. Diogo (133 jogos)

Diogo
Médio defensivo natural do Estoril e formado no clube, transitou para a equipa principal em 1995-96, quando os canarinhos militavam na II Liga.
Na época seguinte rodou nos açorianos do Praiense, mas voltou ao António Coimbra da Mota e por lá ficou até 2003.
Em 1999 mostrou-se impotente para evitar a despromoção à II Divisão B, patamar em que se estabeleceu como capitão e peça imprescindível no onze estorilista, tendo amealhado 133 encontros (129 a titular) e três golos no campeonato em quatro temporadas.
Após ajudar o emblema da Linha de Cascais a alcançar a tão desejada subida à II Liga, em 2003, transferiu-se para a Naval.





 





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