domingo, 9 de fevereiro de 2020

Os 10 internacionais angolanos mais valiosos da atualidade

Lista de internacionais angolanos avaliada em 22,15 milhões de euros
Angola tem quase 30 milhões de habitantes, mas os principais jogadores da sua seleção jogam fora do país, nomeadamente nos campeonatos de Portugal, Bélgica e Turquia. É esse o núcleo duro dos Palancas Negras, que ocupam o 124.º lugar do ranking FIFA e participaram no ano passado na Taça das Nações Africanas (CAN), não tendo passado da fase de grupos.


Porém, há matéria-prima de qualidade, como sempre houve. Desde que se tornou independente a 11 de novembro de 1975, Angola já participou em oito fases finais do CAN e no Campeonato do Mundo de 2006, o feito máximo futebolístico da nação da costa ocidental de África. Mantorras, Akwá, Flávio, Gilberto, Love Cabungula, Yamba Asha, Kali, André Macanga, Mateus, Job, António Neto, Manucho e Paulão foram alguns dos principais nomes que vestiram (ou ainda vestem) a camisola da seleção angolana.

Vale a pena conhecer a lista dos 10 jogadores internacionais angolanos mais valiosos da atualidade. No total, estão avaliados em 22,15 milhões de euros.


10. Fredy (650 mil euros)

Fredy
Fredy nasceu em Luanda a 27 de março de 1990, mas foi viver bastante cedo para Portugal e até foi internacional jovem pelas seleções portuguesas. Dos sub-16 aos sub-21, atuou 34 vezes de quinas ao peito, mas desde 2014 que é internacional angolano, tal como o primo Rudy.
O extremo, que nos últimos anos se tem convertido a médio, começou a jogar futebol nas camadas jovens dos Pescadores da Costa da Caparica, tendo rumado ao Belenenses ainda em tenra idade. Ao serviço do clube do Restelo fez toda a formação e foi lançado no futebol sénior em abril de 2009, por Jaime Pacheco.
Entretanto esteve emprestado ao Recreativo Libolo, foi campeão de Angola em 2012, e voltou a Belém para se sagrar campeão da II liga portuguesa em 2012-13. Em março de 2014, à beira de completar 24 anos, estreou-se pela seleção angolana, tendo voltado ao país de origem um ano depois novamente para representar ao Recreativo Libolo, pelo qual venceu mais um campeonato e duas Supertaças.
No verão de 2016 rumou aos holandeses do Excelsior e no seguinte regressou ao Belenenses para mais um ano com a cruz de Cristo ao peito. Após um excelente arranque de temporada às ordens de Silas em 2018-19, transferiu-se a meio da época para os turcos do Antalyaspor.
Já com 28 internacionalizações (e dois golos) no currículo, representou Angola no CAN 2019.


9. Fábio Abreu (700 mil euros)

Fábio Abreu
Fábio Abreu tem ascendência angolana, nasceu em Lisboa a 29 de janeiro de 1993, mas começou a jogar futebol no coração de Inglaterra, nas camadas jovens do Bacup Borough e do Mossley. Porém, em 2011-12 reaparece nos juniores do Marítimo e desde então que tem feito carreira no futebol português.
Depois de ter estado emprestado ao Ribeira Brava e de ter rodado na equipa B dos madeirenses, teve poucas oportunidades no plantel principal do clube dos Barreiros e acabou por transferir-se para o Penafiel no verão de 2017. Após 20 golos em 69 jogos em duas épocas ao serviço dos durienses na II Liga, deu o salto para o Moreirense, do primeiro escalão do futebol português, no arranque desta temporada.
Para já, a experiência no Minho está a correr bem, uma vez que tem sido titular indiscutível apesar da concorrência de Nenê e David Teixeira, tem marcado golos e foi chamado pela primeira vez à seleção de Angola, pela qual soma já quatro jogos e um remate certeiro.


8. Djalma (800 mil euros)

Djalma
Filho do antigo avançado internacional angolano Abel Campos, que passou por Petro de Luanda, Benfica, Estrela da Amadora, Sp. Braga e Alverca, entre outros, Djalma nasceu a 30 de maio de 1987 em Luanda, quando o pai representava o Petro. Se Abel esteve no primeiro CAN em que Angola participou, em 1996, Djalma é um dos oito jogadores angolanos que marcaram presença em quatro Taças das Nações Africanas (2010, 2012, 2013 e 2019).
Já depois de o progenitor ter pendurado as botas, Djalma deu os primeiros toques na bola com a camisola do Loures, tendo dado o salto para o Alverca quando subiu a júnior. Dois anos depois, quando ascendeu a sénior, mudou-se para o Marítimo, estreando-se pela equipa principal em maio de 2007 após vários meses a ganhar embalagem na equipa B. Na Madeira escreveu uma história bonita ao longo de cinco temporadas, disputado 110 jogos, apontado 19 golos e participado nas qualificações europeias de 2007-08 e 2009-10. Paralelamente, estreou-se pela seleção angolana em novembro de 2008.
Seguiu-se uma aventura no FC Porto, marcada pela conquista do título nacional e da Supertaça em 2012, ainda que o extremo fosse quase sempre suplente. A falta de espaço no plantel de Vítor Pereira levou-o a rumar ao futebol turco, primeiro por empréstimo dos portistas ao Kasimpasa e ao Konyaspor, depois ao Gençlerbirligi a título definitivo, em 2015-16.
Depois de quatro anos na Turquia, mudou-se para a vizinha Grécia para ajudar o PAOK a conquistar duas taças, mas no verão de 2018 regressou para vestir a camisola do Alanyaspor. É lá que vai evoluindo aos 32 anos, numa fase da carreira em que é capitão da seleção angolana, pela qual leva 48 jogos e oito golos.


7. Gelson Dala (1 milhão de euros)

Gelson Dala
Provavelmente o jogador angolano da moda, que ainda era um menino quando começou a marcar golos em catadupa na equipa principal do 1º de Agosto, aos 17 anos. Depois de quatro temporadas recheadas de golos ao serviço dos militares e de quase 20 internacionalizações pela seleção angolana, transferiu-se para o Sporting em janeiro de 2017 juntamente com o companheiro de equipa Ary Papel.
Nos leões jogou sobretudo na equipa B, tendo brilhado ao apontar 17 golos em 23 jogos, mas não foi além de dois jogos na equipa principal. Devido à escassez de oportunidades, foi emprestado durante um ano e meio ao Rio Ave, clube que lhe permitiu jogar com regularidade na I Liga portuguesa.
No início desta temporada foi novamente cedido, desta vez ao Antalyaspor, mas não se adaptou e por isso deixou o emblema turco neste mercado de inverno, tendo regressado ao Rio Ave, novamente por empréstimo, aos 23 anos. Descartada foi a integração no plantel principal do Sporting, apesar de ter contrato até 2022 e estar blindado com uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros.
A nível de seleção nacional soma 27 internacionalizações e 11 golos, estando já entre os dez melhores marcadores de sempre dos Palancas Negras.


6. Núrio Fortuna (1,5 milhões de euros)

Núrio Fortuna
Núrio Fortuna nasceu em Luanda a 24 de março de 1995, mas emigrou bastante jovem para Portugal, tendo começado a jogar futebol nas escolinhas do Núcleo Sintra. Entretanto deu o salto para o Benfica, onde foi companheiro de Rony Lopes, mas quando subiu a iniciado rumou ao Real Sport Clube. Entretanto passou pelo Sporting, onde foi colega de Podence e Gelson Martins, mas foi no Sp. Braga que conclui a formação.
A estreia pela equipa principal dos bracarenses aconteceu ainda em idade de júnior, pela mão de Jesualdo Ferreira, em fevereiro de 2004, num ano em que contribuiu igualmente para a conquista do título nacional de juniores. Porém, este lateral esquerdo não teve o futuro que se lhe perspetivava na Pedreira, jogando muito... mas pela equipa B, que o catapultou para a seleção portuguesa de sub-21 em 2015, ainda que não tivesse chegado a competir de quinas ao peito.
Em 2016-17 esteve cedido aos cipriotas do AEL Limassol e desde o verão de 2017 que joga nos belgas do Charleroi. Após o CAN 2019 estreou-se pela seleção angolana, pela qual soma quatro internacionalizações.


5. Show (1,5 milhões de euros)

Show
Manuel Luís da Silva Cafumana, mais conhecido por Show, tem apenas 20 anos, mas já vai na quarta temporada no futebol sénior. A estreia foi feita em março de 2017 com a camisola do 1º de Agosto, clube pelo qual conquistou três campeonatos e uma taça em Angola.
Ainda com 18 anos, o médio natural de Luanda participou no Torneio de Toulon ao serviço da seleção sub-20 e estreou-se pela seleção principal, num jogo com as Maurícias na Taça COSAFA.
No último verão, depois de três épocas bem-sucedidas no 1º de Agosto e de ter marcado presença no CAN 2019, transferiu-se para os franceses do Lille, que imediatamente o emprestaram ao Belenenses SAD, onde rapidamente ganhou o seu espaço e se tornou titular indiscutível.


4. Bruno Gaspar (1,5 milhões de euros)

Bruno Gaspar
Filho de pai angolano natural do Huambo, Bruno Gaspar nasceu na cidade portuguesa de Évora, de onde a mãe também é natural. Foi no Canaviais, nos arredores da cidade, que se iniciou no futebol, e de lá saltou diretamente para o Benfica aos 12 anos.
A ligação às águias durou mais de uma década, ainda que na última época, em 2014-15, tenha estado emprestado ao Vitória de Guimarães, clube pelo qual acabou depois por assinar em definitivo. Depois de três boas temporadas na cidade-berço rumou aos italianos da Fiorentina.
A aventura em Florença não lhe correu propriamente bem e durou apenas um ano, tendo voltado a Portugal a título definitivo pela porta do Sporting em junho de 2018, numa fase em que Bruno de Carvalho estava à beira de ser destituído. Em Alvalade ganhou uma Taça da Liga e uma Taça de Portugal na época de estreia, mas foi quase sempre segunda opção, tendo sido emprestado no último verão aos gregos do Olympiacos, clube pelo qual tem jogado pouco, numa fase em que tem 26 anos.
Depois de 14 internacionalização pelas seleções jovens portuguesas, decidiu no ano passado representar Angola, tendo participado no CAN 2019.


3. Bastos (4 milhões de euros)

Bastos
Nascido em Luanda a 27 de março de 1991, Bastos começou a jogar futebol a nível profissional no Petro de Luanda, clube pelo qual venceu duas Taças e uma Supertaça de Angola. As boas exibições no emblema da capital levaram-no ao CAN 2013 e uma transferência para os russos do Rostov.
Na Rússia estabeleceu-se como titular indiscutível e venceu uma taça logo na época de estreia, em 2013-14. As boas campanhas não passaram despercebidas aos italianos da Lazio, que o contrataram no verão de 2016 por cinco milhões de euros. Em Roma não tem sido um titular indiscutível, mas não há treinador que abdique de o ter no plantel.
Em 2019 ajudou a formação laziale a conquistar a Taça de Itália, atuando de início na vitória sobre a Atalanta na final (2-0), e um mês depois esteve Taça das Nações Africanas ao serviço dos Palancas Negras, pelos quais soma já meia centena de internacionalizações e dois golos.


2. Wilson Eduardo (5 milhões de euros)

Wilson Eduardo
Filho de angolanos, Wilson Eduardo nasceu a 8 de julho de 1990 no norte de Portugal, mais precisamente em Pedras Rubras, no concelho da Maia. Os primeiros toques na bola foram dados no Grupo Desportivo de Vilar, de Vila do Conde, antes de ter dado o salto para o FC Porto.
Depois de quatro anos de dragão ao peito, mudou-se em idade de iniciado para o Sporting, onde foi cinco vezes campeão nacional nas camadas jovens: uma em iniciados, duas em juvenis e duas em juniores. Mais difícil foi afirmar-se na equipa principal. Quando ainda era júnior chegou a ser convocado para por Paulo Bento para um jogo da Taça da Liga, em janeiro de 2009, diante do Rio Ave, mas a estreia só aconteceu quatro anos e meio depois, já após ter estado emprestado a Real SC, Portimonense, Beira-Mar, Olhanense e Académica.
Em 2013-14 integrou finalmente a equipa principal, às ordens de Leonardo Jardim, mas foi perdendo espaço e na época seguinte voltou a ser emprestado, desta feita aos croatas do Dínamo Zagreb e aos holandeses do ADO Den Haag. Não voltou à casa mãe e desde 2015-16 que é jogador do Sp. Braga, clube que o tem feito feliz: já são quase 150 jogos e 50 golos.
Depois de 61 internacionalizações pelas seleções jovens portuguesas decidiu representar Angola em finais de 2018, tendo marcado o golo que apurou os Palancas Negras para o CAN 2019. Entretanto participou na Taça das Nações Africanas e contabiliza já seis jogos e dois golos pela seleção angolana.


1. Clinton Mata (5,5 milhões de euros)

Clinton Mata
Filho de pai angolano e mãe congolesa, Clinton Mata nasceu a 7 de novembro de 1992 em Verviers, na Bélgica, e é nesse país que tem feito carreira. Passou pela formação de Battice, Entente Rechaintoise, Etoile Elsautoise, Visé e Eupen, tendo feito a estreia no futebol profissional ao serviço deste último clube, na II liga belga.
No verão de 2014 transferiu-se para o Charleroi e jogou pela primeira vez no patamar maior do futebol belga. Foi nessa altura que este lateral direito se estreou pela seleção angolana, em jogos de qualificação para o CAN 2015. O selecionador belga na altura, Roberto Martínez, teceu-lhe elogios, mas o jogador frisou que não estava arrependido por ter optado pelos Palancas Negras.
Depois de três grandes temporadas no Charleroi, foi emprestado ao Genk em 2017-18 e rumou a título definitivo ao Club Brugge na época seguinte, um passo que lhe permitiu disputar a Liga dos Campeões. Atualmente é titular indiscutível no Brugge, mas não joga pela seleção angolana desde junho de 2016, quando somou a 8.ª internacionalização, embora tivesse sido pré-convocado para o CAN 2019.  












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