terça-feira, 21 de maio de 2019

I Liga 2018/19 | Onze Ideal

Pizzi e Bruno Fernandes abrilhantaram campeonato português
Terminou a 85.ª edição do campeonato português. O Benfica foi campeão pela 37.ª vez e sucedeu ao FC Porto, que desta vez ficou em segundo lugar. O Sporting ocupou o último degrau do pódio pela terceira época consecutiva. A classificação acaba por se refletir neste onze ideal, com as águias a aparecerem em maioria, seguidas dos dragões e com os leões a apresentem um único jogador mas que provavelmente será considerado pelas várias entidades como o melhor do campeonato.



Guarda-redes:



Centrais:


A herança de Marcano era pesada e a concorrência de Mbemba e Diogo Leite no início da época parecia dificultar-lhe a afirmação, mas assim que agarrou o lugar no onze, Éder Militão não mais o perdeu. Central completo de apenas 21 anos, assertivo e com capacidade para sair a jogar e impor-se nas alturas, rapidamente conseguiu convencer o selecionador brasileiro Tite a chamá-lo para os jogos que se seguiram ao Mundial 2018 e o Real Madrid a desembolsar 50 milhões de euros para contar com os serviços dele a partir da próxima época. Com a chegada de Pepe em janeiro, foi desviado para o lado direito da defesa, onde mostrou competência ainda que sem o mesmo brilho.




Mais uma temporada de muito bom nível para Felipe, que se tornou internacional pelo Brasil logo nos primeiros meses da temporada. Sempre seguro, agressivo e forte no jogo aéreo, formou com Éder Militão uma dupla que fez esquecer a parelha que formava com Marcano. Aos 29 anos, o antigo jogador do Corinthians foi um dos esteios daquela que foi, de longe, a defesa menos batida do campeonato.


Laterais:


O eterno patinho feio voltou a fazer uma época completa como titular indiscutível, batendo a concorrência do internacional francês Corchia e beneficiando da lesão do nigeriano Ebuehi. Além do título, André Almeida abrilhantou a temporada ao apontar dois golos, 12 assistências e envergar a braçadeira de capitão na ausência de Jardel após a despedida de Luisão. Durante todo o campeonato, não participou em apenas um jogo, na receção ao Desp. Chaves, por castigo, naquela que foi a temporada em que acumulou mais encontros.



Durante as épocas anteriores Alejandro Grimaldo mostrou ser um bom lateral a atacar e ter algumas dificuldades a defender, mas esta temporada elevou e muito o nível em ambos os momentos, principalmente no defensivo. Não é de ânimo leve que se elege outro que não Alex Telles para integrar este onze ideal. O espanhol apontou quatro golos e 12 assistências na I Liga em 2018/19, números de lateral de topo. Aos 23 anos, poderá estar a um pequeno passo de proporcionar um encaixe financeiro muito interessante ao Benfica, rumar a um tubarão europeu e tornar-se internacional pelo seu país.


Médios:


Em final de contrato e sem grande vontade de facilitar a renovação, Héctor Herrera mostrou-se ainda assim muito focado em ajudar o FC Porto, dignificou a braçadeira de capitão e terá até efetuado a melhor época da carreira. Começou a época praticamente como primeiro médio numa altura em que Danilo Pereira estava ausente devido a lesão, jogou nas costas do ponta de lança em várias ocasiões mas onde atuou mais vezes foi como médio de ligação, numa posição intermédia do meio-campo, mostrando capacidade para jogar em 70 metros e qualidade a desempenhar cada uma das funções.





Extremos:


Depois de ter perdido algum fulgor na época passada, Pizzi voltou a apresentar-se ao seu melhor nível em 2018/19, alcançado até os melhores números da carreira tanto a nível de golos (13) como de assistências (19), dividindo com o sportinguista Bruno Fernandes o estatuto de principal figura desta edição da I Liga. Após ter começado a época como médio interior esquerdo no 4x3x3 de Rui Vitória, mudou-se para a ala direita do 4x4x2 de Bruno Lage, mas mantendo a missão de fazer a ligação entre a defesa e o ataque, assumindo grande preponderância nas fases de construção, criação e definição.



À terceira foi mesmo de vez para Rafa Silva, que se afirmou em definitivo com a camisola do Benfica. Depois de duas épocas na sombra de Salvio e Cervi e em que revelou falta de acerto em frente à baliza, revelou-se mais eficaz nesta temporada, que foi a mais produtiva da carreira em golos: 17 na I Liga, mais nove do que em 2015/16 pelo Sp. Braga. Conquistou um lugar no onze ainda com Rui Vitória ao leme, conseguindo ainda nessa fase regressar à seleção nacional após dois anos de ausência, mas afirmou-se em definitivo na ala esquerda com Bruno Lage.


Avançados:






Treinador:

Começou a época ao comando dos bês, mas assumiu a equipa principal no início de janeiro, numa altura em que o Benfica estava em quarto lugar e a sete pontos da liderança. Além da desvantagem pontual, a missão parecia complicada pelo calendário da segunda volta, que incluía visitas a Dragão, Alvalade, Braga, Guimarães, Moreira de Cónegos e Vila do Conde. Porém, Bruno Lage arregaçou as mangas, transformou o 4x3x3 de Rui Vitória num 4x4x2 com dois médios posicionais a garantirem estabilidade e muita liberdade para os quatro homens da frente, com destaque para João Félix, que se tornou titular indiscutível e figura nuclear na exploração do espaço entre linhas. Desde a sua chegada, os encarnados venceram 18 dos 19 jogos para o campeonato e marcaram quase tantos golos nesse período como os rivais FC Porto e Sporting em toda a prova. Com elevadíssima percentagem de vitórias, título nacional e aposta e valorização dos jovens formados no Seixal, encaixou que nem uma luva no projeto desportivo benfiquista.   























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