Hoje faz anos o bi-vice-campeão europeu pelo Bayern que desiludiu no Sporting. Quem se lembra de Pranjic?
Pranjic disputou 18 jogos pelo Sporting em 2012-13
Era canhoto e pau para toda a
obra. Jogava a lateral, médio centro ou extremo. Foi vice-campeão europeu pelo Bayern
Munique por duas vezes, esteve em dois Europeus e num Mundial, mas as suas
exibições no Sporting
ficaram aquém do desejado.
Nascido a 2 de dezembro de 1981
em Nasice, no leste da Croácia, começou a jogar futebol num clube local, o
NASK. Posteriormente passou pelos também modestos Papuk e Belišće antes de se
estrear na primeira liga croata ao serviço do Osijek, que o catapultou para a
seleção nacional de sub-21. No verão de 2004, após ter marcado
presença no Europeu de sub-21, deu o salto para o Dínamo Zagreb, que por sua
vez lhe permitiu atingir o estatuto de internacional A poucos meses depois, em
novembro do mesmo ano. Após apenas uma época no emblema
da capital mudou-se para os neerlandeses do Heerenveen, clube que representou ao
longo de quatro anos, entre 2005 e 2009. As boas exibições nos Países Baixos,
permitiram-lhe regressar à seleção
em fevereiro de 2007, depois de mais de dois anos de ausência, e marcar
presença no Euro 2008.
Contudo, foi na temporada de 2008-09 que mais brilhou, com 20 golos em 36 jogos,
tendo ajudado os De Superfriezen a conquistar a taça nacional.
Novo salto na carreira tornou-se
inevitável e foi concretizado em junho de 2009, quando o Bayern
Munique anunciou a sua contratação, por 7,7 milhões de euros. Nunca se
estabeleceu propriamente como um titular indiscutível na Baviera, mas foi
tirando proveito da sua polivalência para ir jogando, fosse onde fosse. Em 85
jogos pelo colosso
alemão em três anos, disputou 32 como lateral esquerdo, 24 como médio e 19
como extremo. Venceu o triplete germânico em 2010 às ordens de Louis van
Gaal e foi por duas vezes vice-campeão europeu, em 2009-10 e 2011-12.
No verão de 2012 terminou
contrato com os bávaros
e logo após participar no Campeonato
da Europa assinou a custo zero pelo Sporting,
numa altura em que já tinha 30 anos. Naquela que foi a pior época de sempre dos
leões,
que concluíram o campeonato na sétima posição, atuou em 18 partidas na primeira
metade da temporada (cinco como lateral esquerdo, seis como médio e quatro como
extremo), mas os seus desempenhos ficaram aquém do perspetivado.
Tendo em conta também o elevado
salário, a solução encontrada em janeiro de 2013 foi um empréstimo com opção de
compra ao Celta
de Vigo. Embora tivesse sido utilizado em dez partidas na segunda metade de
2012-13, o clube
galego não avançou para a transferência a título definitivo. Entretanto, no início da época
seguinte voltou ao Sporting,
mas foi integrado na equipa B, pela qual venceu a Taça de Honra da AF
Lisboa. No final de agosto de 2013 chegou a acordo para a rescisão de
contrato e poucos dias depois assinou pelo Panathinaikos, clube pelo qual viria
a vencer a Taça da Grécia em 2013-14.
Paralelamente, chegou a
retirar-se da seleção
nacional em setembro de 2012, em protesto para com a chamada do brasileiro
naturalizado croata Sammir, mas voltou atrás em novembro de 2013 para
substituir o lesionado Ivan Strinic nos jogos do playoff de apuramento
para o Mundial
2014, diante da Islândia.
No verão seguinte, marcou presença na fase final, disputada no Brasil.
No verão de 2016, já após ter
somado a 58.ª e última internacionalização pela seleção
principal da Croácia, deixou o emblema ateniense para prosseguir a carreira
nos eslovenos do Koper. Porém, o último país em que jogou futebol foi Chipre, onde
representou Anorthosis (2017 a 2019), Ayia Napa (2019-20) e Omonia Psevda
(2020-21).
Sem comentários:
Enviar um comentário