terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Hoje faz anos o internacional argentino com 255 jogos na Serie A que desceu de divisão no Olhanense. Quem se lembra de Santana?

Mario Santana foi sete vezes internacional A pela Argentina
Tem um currículo à prova de bala: sete internacionalizações pela seleção principal da Argentina, foi finalista vencido da Taça das Confederações em 2005, venceu um campeonato argentino (2001) e uma Copa Mercosul (2001) pelo San Lorenzo e disputou 255 jogos na Serie A italiana, 14 na Liga dos Campeões e 17 na Liga Europa ao serviço de clubes como Fiorentina, Nápoles e o Palermo dos tempos áureos.
 
Jogou ao lado de Lionel Messi, Carlos Tévez, Juan Román Riquelme, Diego e Gabriel Milito, Walter Samuel, Gabriel Heinze, Javier Zanetti, Maxi Rodríguez, Estebán Cambiasso, Pablo Aimar, Javier Saviola, Hernán Crespo, Pablo Zabaleta, Andrea Barzagli, Simone Perrotta, Luca Toni, Christian Vieri, Alberto Gilardino, Marek Hamsik, Goran Pandev, Ezequiel Lavezzi, Edinson Cavani, Antonio Candreva e Matteo Darmian, só para tentar sintetizar a lista.
 
Apesar do elevado estatuto e certamente elevado salário, este extremo que três anos antes chegou a estar na órbita do FC Porto, surgiu em janeiro de 2014 no futebol português como reforço do… Olhanense. Na altura tinha 32 anos, foi emprestado pelo Génova e assumiu como missão ajudar os algarvios a impedir a despromoção à II Liga. “Estou aqui depois de ter conversado com o presidente [Igor Campedelli, então vice-presidente da SAD do Olhanense], e de ter visto a grande vontade que ele tinha em ter-me aqui. Neste momento não estava a jogar devido a problemas físicos, nem teria muitas possibilidades de o fazer no Génova, e decidi aceitar jogar no Olhanense, que é uma instituição com muita história, e que tem muitos jovens com vontade de crescer. Eu também tenho um desejo enorme de jogar e de ajudar este grupo. (…) Sei, pelo que me disseram, que é o único clube do sul de Portugal, com mais de 100 anos. E, acima de tudo, pela vontade que tem em continuar a crescer. E foi isso – essa vontade de crescer – que também me fez aceitar o Olhanense”, afirmou o argentino à chegada a Olhão.
 
 
Contudo, em cerca de três meses e meio não foi além de três jogos disputados às ordens de Giuseppe Galderisi: saiu aos 67’ numa receção ao Marítimo a 9 de fevereiro (1-1), saiu aos 44’ num nulo caseiro com o Belenenses a 9 de março e entrou aos 65’ numa derrota no terreno do Vitória de Setúbal a 10 de maio (1-3). Acabou por contribuir muito pouco e não conseguiu evitar a despromoção.
 
 
Foi a última vez que Mario Santana atuou no primeiro escalão de um país. Um final algo estranho e modesto entre a elite para um jogador que despontou no San Lorenzo, entrou no futebol europeu pela porta do Veneza, passou pelo Chievo, custou 6,5 milhões de euros à Fiorentina e esteve sucessivamente entre os convocados de uma das melhores seleções do mundo durante os melhores anos da carreira.
 
 
Depois dos meses que passou no Olhanense voltou a Itália, mas para jogar nas divisões secundárias. Em 2019 foi a primeira contratação do refundado Palermo, que se preparava para competir na Serie D, e no primeiro jogo de 2020-21 tornou-se no primeiro jogador da história do clube a jogar pelos sicilianos em quatro escalões (Serie A, Serie B, Serie C e Serie D). 



 




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