Nascido em Sófia a 12 de agosto
de 1967, despontou no CSKA local e começou a brilhar internacionalmente no
Campeonato do Mundo de sub-20 em 1985, na União Soviética, tendo apontado dois
golos na caminhada búlgara até aos quartos de final. Após vencer dois campeonatos (1986-87
e 1988-89) e três taças (1986-87, 1987-88 e 1988-89) da Bulgária, e numa altura
em que estava já estabelecido na sua seleção
– estreou-se na véspera de Natal de 1988 –, transferiu-se para o FC
Porto no verão de 1990. Capaz de atuar nas alas ou no
eixo do ataque, amealhou 61 golos em 168 jogos de dragão ao peito entre 1990 e
1994, tendo vencido três campeonatos (1991-92, 1992-93 e 1994-95), duas Taças
de Portugal (1990-91 e 1993-94) e quatro Supertaças
(1990, 1991, 1993 e 1994). Conquistas para as quais foi importante o
entendimento entre Emil
Kostadinov e Domingos. “O segredo para a nossa dupla era mesmo isso, a
grande amizade que tínhamos. Gostei dele mal o conheci. (…) Foi o colega mais
esperto com quem joguei, foi o tipo mais inteligente que conheci. Ele às vezes
ficava no banco de suplentes e eu não gostava nada. Ele era excelente mesmo.
Tinha de estar obrigatoriamente na equipa inicial. Foi fantástico tê-lo ao meu
lado ao longo daquelas temporadas”, contou ao Maisfutebol
em outubro de 2018.
Ao mesmo tempo que brilhava nas
Antas, ia fazendo história pela seleção
da Bulgária. A 17 de novembro de 1993 transformou-se num herói nacional ao marcar
dois golos, incluindo o decisivo no último minuto, na vitória sobre a França
em Paris (2-1) que apurou os búlgaros
para o Mundial
1994 e deixou de fora os gauleses
de Éric
Cantona, Marcel Desailly, Laurent Blanc, Emmanuel Petit, Didier Deschamps, Jean-Pierre
Papin e David Ginola, entre outros.
O dissabor dos franceses foi tão
grande que os búlgaros acusaram o árbitro gaulês Joël Quiniou de “vingança” por
não ter assinalado dois penáltis a favor da Bulgária
nas meias-finais do Campeonato
do Mundo, diante de Itália.
Curiosamente, Kostadinov
não marcou qualquer golo no Mundial
disputado nos Estados Unidos, mas foi titular nos sete jogos, contribuindo
para a obtenção do quarto lugar no torneio. Valorizado, foi emprestado pelo FC
Porto ao Deportivo
da Corunha no verão de 1994 e posteriormente transferido para o Bayern
Munique no início do ano seguinte. Ao serviço dos bávaros
venceu a Taça
UEFA de 1995-96, tendo marcado na segunda-mão da final, diante do Bordéus,
em França.
Após essa conquista prosseguiu a
carreira em países mais periféricos, tendo passado pelos turcos do Fenerbahçe,
os mexicanos do Tigres antes de regressar ao seu CSKA Sófia e voltar à Alemanha
para defender as cores do Mainz antes de pendurar as botas no final de 1999,
aos 32 anos. Pelo meio marcou presença no Euro 1996
e no Mundial 1998, torneios nos quais a Bulgária
não passou da fase de grupos.
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