sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

O Bola de Ouro francês que teve de ir para a Bélgica para dar nas vistas. Quem se lembra de Jean-Pierre Papin?

Jean-Pierre Papin ganhou a Bola de Ouro de 1991
Jean-Pierre Papin ganhou uma Bola de Ouro (1991), foi eleito por duas vezes o melhor futebolista francês do ano (1989 e 1991), está entre os 100 melhores jogadores do primeiro centenário da FIFA e sagrou-se melhor marcador do campeonato gaulês em cinco épocas consecutivas (1987-88 a 1991-92) e goleador-mor da Taça dos Campeões Europeus em três temporadas seguidas (1989-90 e 1991-92). Mas os clubes franceses não foram lestos em compreender o talento deste avançado oportunista e com faro para o golo.
 
Depois de ter despontado no Valenciennes, teve de se exilar na Bélgica no verão de 1985 para dar nas vistas. Na única temporada que passou ao serviço do Club Brugge, apontou 33 golos em 45 jogos e venceu a Taça da Bélgica, o que lhe valeu não só a estreia na seleção francesa como a convocatória para o Mundial 1986, no qual França obteve um honroso 3.º lugar. Apesar dessa curta passagem, foi eleito pelos adeptos o melhor futebolista estrangeiro de sempre do clube belga em 2008.
 
Seguiram-se seis anos gloriosos no Marselha, emblema pelo qual atingiu o clímax, com 184 golos em 278 partidas, tendo vencido quatro campeonatos e uma Taça de França, além de ter chegado à final da Taça dos Campeões Europeus em 1990-91. Em termos de seleção, não esteve bem acompanhado nesta fase pós-Platini, pois França falhou as fases finais dos Mundiais 1990 e 1994 e do Euro 1988 e não foi além da fase de grupos do Euro 1992.

 
No verão de 1992 transferiu-se para o AC Milan por uma verba recorde na altura, um valor equivalente a 12 milhões de euros. Ao serviço dos rossoneri amealhou 31 remates certeiros em 63 partidas, tendo vencido uma Taça dos Campeões Europeus, dois campeonatos e duas Supertaças de Itália.
 
Em 1994 transferiu-se para o Bayern Munique, mas a passagem pela Baviera ficou muito marcada por lesões, ao ponto de não ter ido além de seis golos em 40 jogos no espaço de dois anos, apesar de ter vencido uma Taça UEFA.
 
Seguiu-se um regresso a França pela porta do Bordéus, que lhe permitiu uma despedida digna dos principais campeonatos europeus, com 30 golos em 70 jogos entre 1996 e 1998.



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