quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Tirsense na I Divisão

Dez jogadores marcantes na história do Tirsense
Fundado a 5 de janeiro de 1938, o Futebol Clube Tirsense teve várias denominações antes de assumir a atual, tendo somado a primeira de oito presenças na I Divisão em 1967-68. Porém, foi na década de 1990 que teve mais protagonismo, tendo nessa altura alcançado a melhor classificação de sempre da sua história, o 8.º lugar em 1994-95.
 
Um dos clubes mais representativos do concelho de Santo Tirso, a par do Desportivo das Aves, o emblema jesuíta tem no palmarés um título nacional da II Divisão (1969-70) e um da II Liga (1993-94).
 
Em termos de Taça de Portugal, o melhor que conseguiu foi atingir as meias-finais em 1970-71, tendo ainda chegado aos quartos de final em 1969-70, 1989-90 e 1990-91.
 
Depois do período áureo nos anos 1990, o Tirsense sofreu uma queda abrupta até aos distritais da AF Porto, tendo procurado recuperar algum ímpeto na segunda década do século XXI, quando participaram na antiga II Divisão B e agora no Campeonato de Portugal.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo emblema de Santo Tirso na I Divisão.
 
 

10. Silvinho (67 jogos)

Silvinho
Extremo esquerdo internacional pelas seleções jovens brasileiras, entrou no futebol português pela porta do Sporting em 1986-87, tendo ainda passado pelo Vitória de Guimarães antes de ingressar no Tirsense no verão de 1990.
Na primeira temporada em Santo Tirso atuou em 34 partidas (32 a titular) na I Divisão e apontou sete golos, diante de Desp. Chaves, Beira-Mar, Belenenses, Estrela da Amadora, Nacional, Famalicão e Farense, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção, numa temporada em que os jesuítas até fizeram boa figura na Taça de Portugal, tendo atingido os quartos de final.
Em 1991-92 contribuiu para a promoção ao primeiro escalão, patamar em que na época seguinte participou em 33 jogos (23 a titular) e faturou por quatro vezes, frente a Benfica, Marítimo, Salgueiros e FC Porto, ajudando a assegurar a permanência.
No verão de 1993 transferiu-se para o Nacional.
 
 
 
 

9. Sérgio Abreu (67 jogos)

Sérgio Abreu
Disputou o mesmo número de jogos de Silvinho, mas amealhou mais 314 minutos em campo – 5633 contra 5319.
Central nascido na cidade francesa de Bezons, concluiu a formação e iniciou o seu percurso como sénior no Fafe, de onde saiu para o Tirsense durante o verão de 1989. “Fui pela mão do Professor Neca, que já tinha sido meu treinador no Fafe. A adaptação foi fácil. Era um clube igual ao Fafe, com boas condições para um clube que tinha subido naquele ano e que cumpria com tudo que prometia aos seus jogadores, o que naquela altura era como ponto de honra e facilitava. Tínhamos um grupo muito unido com bons jogadores como: Lúcio, Louro, Zé Maria, Eusébio, Quim (ex-FC Porto). Nessa época fui o melhor marcador da equipa, juntamente com o avançado Alain (ex-Beira-Mar), com três golos cada e ainda fui eleito pelos sócios do Tirsense, como a revelação do clube”, recordou, numa entrevista publicada em novembro de 2013.
Em duas temporadas ao serviço dos jesuítas amealhou 67 partidas (64 a titular) e três golos na I Divisão, mostrando-se impotente para evitar a despromoção à II Liga em 1990-91, uma época em que o emblema de Santo Tirso chegou aos quartos de final da Taça de Portugal pela segunda vez consecutiva.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Sp. Braga.
 
 

8. Ernesto (73 jogos)

Ernesto
Médio proveniente do FC Porto, reforçou o Tirsense na estreia do clube na I Divisão, em 1967-68, tendo atuado em 18 jogos e marcado um golo ao Belenenses nessa época que culminou na descida de divisão.
Após a despromoção permaneceu no clube e em 1969-70 sagrou-se campeão nacional da II Divisão e contribuiu para a consequente subida ao primeiro escalão, patamar em que amealhou 55 partidas (sempre a titular) e um golo (ao Varzim, em março de 1971) ao longo de duas épocas. Em 1970-71 contribuiu para a caminhada até às meias-finais da Taça de Portugal, mas na temporada que se seguiu mostrou-se impotente para evitar a descida de divisão.
Após a despromoção, em 1972, transferiu-se para o Vitória de Guimarães.
 
 

7. Cristóvão (79 jogos)

Cristóvão
Mais um jogador proveniente do FC Porto, neste caso um defesa central que trocou os azuis e brancos pelo Tirsense em 1961 e que esteve na primeira subida dos jesuítas à I Divisão, em 1967.
Na época de estreia do emblema de Santo Tirso no primeiro escalão, Cristóvão atuou em 25 partidas e mostrou-se impotente para evitar a descida de divisão.
Porém, permaneceu no clube após a despromoção e haveria de festejar a conquista do título nacional da II Divisão e consequente promoção ao patamar maior do futebol português em 1969-70.
Nas duas temporadas que se seguiram amealhou 54 partidas (sempre a titular) e marcou um golo (ao Atlético, em março de 1972) na I Divisão. Em 1970-71 contribuiu para a caminhada até às meias-finais da Taça de Portugal, mas na temporada que se seguiu mostrou-se impotente para impedir nova descida de divisão.
Após nova despromoção, este defesa permaneceu no Tirsense durante mais três anos, até 1975.
 
 

6. Jorge (83 jogos)

Jorge Silva
Defesa nascido em Paços de Ferreira, iniciou a carreira no clube local, tendo cortado o cordão umbilical em 1987, precisamente quando se mudou para o Tirsense.
Na segunda época em Santo Tirso contribuiu para a promoção à I Divisão, patamar em que amealhou 61 partidas (todos como titular) e dois golos entre 1989 e 1991, mostrando-se impotente para evitar a despromoção à II Liga em 1990-91, uma época em que o emblema de Santo Tirso chegou aos quartos de final da Taça de Portugal pela segunda vez consecutiva.
Porém, permaneceu no clube e em 1991-92 festejou nova subida de divisão. Na época seguinte atuou em 12 jogos (10 a titular) no primeiro escalão, mas voltou a ser despromovido.
Contudo, em 1993-94 comemorou a terceira promoção com a camisola dos jesuítas, tendo nas duas temporadas que se seguiram totalizado dez partidas (quatro a titular) na I Divisão. Se em 1994-95 contribuiu para a obtenção da melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na época seguinte voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
 
 

5. Batista (87 jogos)

Batista
Defesa central internacional brasileiro, entrou no futebol português precisamente pela porta do Tirsense, no verão de 1991, numa altura em que já tinha 30 anos e para jogar na II Liga.
Na primeira época em Santo Tirso alcançou a promoção à I Divisão, patamar em que em 1992-93 atuou em 26 partidas (sempre a titular) e apontou dois golos, diante de FC Porto e Desp. Chaves, ainda assim insuficientes para evitar a descida de divisão.
Em 1993-94 sagrou-se campeão da II Liga e nas duas temporadas que se seguiram amealhou 61 encontros (todos como titular) e faturou por seis vezes. Se em 1994-95 contribuiu para a obtenção da melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na época seguinte voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, a jogar na II Liga, não conseguindo impedir a descida à II Divisão B.
 
  
 
 

4. Rui Manuel (89 jogos)

Rui Manuel
Médio natural de Gondomar, foi subindo a pulso na carreira, desde os distritais da AF Porto à I Divisão, tendo passado por clubes como Gondomar, Desportivo das Aves, Penafiel e Sp. Braga antes de ingressar no Tirsense durante o verão de 1991, aos 29 anos.
Na primeira época em Santo Tirso contribuiu para a promoção ao primeiro escalão, patamar em que em 1992-93 atuou em 32 partidas (31 a titular) e apontou dois golos, diante de Vitória de Guimarães e Famalicão, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Na temporada que se seguiu sagrou-se campeão da II Liga e ajudou os jesuítas a regressarem à I Divisão, competição em que amealhou 57 jogos (55 a titular) e três golos entre 1994 e 1996.  Se em 1994-95 contribuiu para a obtenção da melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na época seguinte voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
Após a despromoção permaneceu no clube durante mais cinco anos, até 2001, tendo vivenciado as descidas à II Divisão B em 1997, à III Divisão em 1998 e aos distritais da AF Porto em 1999, assim como a subida à III Divisão em 2000.
 
 
 

3. Tozé (89 jogos)

Tozé
Disputou o mesmo número de jogos de Rui Manuel, mas amealhou mais 34 minutos em campo – 7408 contra 7374.
Médio defensivo natural de Matosinhos campeão mundial de sub-20 em 1989, em Riade, na condição de capitão de equipa da jovem seleção nacional, fez a formação e os primeiros anos de sénior no Leixões, de onde se transferiu para o Tirsense durante o verão de 1992.
Na primeira época em Santo Tirso atuou em 28 jogos (27 a titular) na I Divisão e marcou um golo ao Sp. Braga, insuficiente para evitar a despromoção.
Já em 1993-94 sagrou-se campeão da II Liga e, consequentemente, contribuiu para o regresso ao primeiro escalão, patamar em que entre 1994 e 1996 amealhou 61 encontros (57 a titular) e um golo (à União de Leiria, em dezembro de 1994). Se em 1994-95 contribuiu para a obtenção da melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na época seguinte voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
Após nova despromoção transferiu-se para o Leça.
 
 

2. Eusébio (97 jogos)

Eusébio
Médio nascido em Santo Tirso, concluiu a formação e iniciou o seu percurso enquanto sénior no Tirsense, tendo transitado para a equipa principal em 1985-86, na altura para competir na II Divisão Nacional.
Em 1988-89 contribuiu para a promoção à I Divisão e nas duas épocas que se seguiram amealhou 67 jogos (60 a titular) e quatro golos no primeiro escalão. Em ambas as temporadas ajudou os jesuítas a chegar aos quartos de final da Taça de Portugal, mas em 1990-91 mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Sp. Braga, tendo ainda passado pelo Beira-Mar antes de regressar ao Tirsense em 1995-96, época em que atuou em 30 partidas (todas como titular) e apontou dois golos, diante de Farense e Felgueiras, ainda assim insuficientes para evitar nova despromoção.
A seguir a mais uma descida de divisão regressou ao Beira-Mar, clube pelo qual viria a conquistar uma Taça de Portugal.
Haveria de voltar o Tirsense em 2001-02, na última época da carreira, para jogar na III Divisão.
 
 
 
 

1. Caetano (120 jogos)

Caetano
Extremo de baixa estatura (1,62 m) natural de Penafiel e formado no clube da terra e no FC Porto, jogou quatro épocas na equipa principal dos durienses e uma na dos dragões antes de ingressar no Tirsense durante o verão de 1990.
Em Santo Tirso relançou a carreira, tendo na primeira época no clube participado em 31 jogos (27 a titular) na I Divisão e apontado seis golos, diante de Boavista, Vitória de Guimarães, Nacional, Sp. Braga, Farense e Marítimo, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção. Ainda assim, nessa temporada contribuiu para a caminhada até aos quartos de final da Taça de Portugal.
Em 1991-92 ajudou os jesuítas a subir ao primeiro escalão, patamar em que na época que se seguiu atuou em 27 partidas (todas como titular) e faturou por três vezes, frente a Sp. Braga, Boavista e Estoril, mas novamente sem conseguir evitar a despromoção.
Contudo, em 1993-94 sagrou-se campeão nacional da II Liga, conseguindo mais uma subida à I Divisão, competição em que totalizou 62 encontros (sempre a titular) e sete golos entre 1994 e 1996, tendo pelo meio conseguido tornar-se internacional A por Portugal (por duas vezes, ambas em janeiro de 1995). Se em 1994-95 contribuiu para a obtenção da melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na época seguinte voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
No verão de 1996 transferiu-se para o Sp. Espinho, clube em que encerrou a carreira.



 







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