segunda-feira, 21 de julho de 2025

Hoje faz anos o lateral checo com passagem pelo FC Porto mas sem vogais no apelido. Quem se lembra de Vlk?

Lubomír Vlk representou o FC Porto entre 1990 e 1993
Lateral esquerdo alto (1,86 m), com pernas longas e passada larga, foi o escolhido pela estrutura do FC Porto para suceder ao mítico Branco no verão de 1990, mas nunca se aproximou do nível do internacional brasileiro, também por culpas de lesões que lhe travaram a afirmação e constituíram oportunidades para os jovens Rui Jorge e Morgado.
 
Proveniente do FC Vítkovice, clube pelo qual se sagrou campeão checoslovaco em 1985-86 e defrontou o FC Porto na Taça dos Campeões Europeus em 1986-87, e internacional A pela Checoslováquia, Lubomír Vlk tem a particularidade de ter um apelido sem vogais, algo raríssimo. Vlk significa lobo, o que deu origem a brincadeiras no balneário das Antas. “Todos me tratavam por lobo e uivavam quando eu entrava no balneário. Grandes malucos. Tenho muitas saudades desses tempos, a malta era espetacular”, recordou ao Maisfutebol em novembro de 2019.
 
O que dava menos vontade de rir eram os problemas físicos. Em 1990 esteve nos pré-convocados da Checoslováquia para o Mundial de Itália, mas uma lesão gravíssima afastou-o dos relvados durante dez meses. E foi lesionado que chegou ao FC Porto: “O FC Porto contratou-me quando eu já estava lesionado no Vítkovice e não me posso esquecer disso. Os meus primeiros meses em Portugal foram desesperantes. Não conhecia ninguém, não podia jogar, não falava português nem inglês… Eu já era casado e tinha um filho. Agarrei-me à família para aguentar. Só fiquei bem quando pude voltar a jogar.”
 
Recuperado pelo fisioterapeuta Rodolfo Moura, somou 42 jogos e sete golos de dragão ao peito ao longo de três temporadas, tendo conquistado um bicampeonato (1991-92 e 1992-93), uma Taça de Portugal (1990-91) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (1991). O bom registo goleador deveu-se à importância que tinha na equipa nos lances de bola parada: “O Artur Jorge queria-me sempre na área adversária para os cantos e para os livres. Adivinhava bem essas jogadas. Podia ter marcado mais golos, não fossem as lesões.”
 
Em 1993, numa altura em que esperava o nascimento do seu segundo filho, regressou à República Checa para prosseguir discretamente a carreira até pendurar as botas em 2000, aos 36 anos.
 
 
Após encerrar o seu percurso como futebolista integrou a estrutura do FC Vítkovice até ao momento em que o clube declarou bancarrota em 2011. Mais tarde desempenhou a função de diretor desportivo no MFK Karvina. 






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