terça-feira, 10 de dezembro de 2024

O campeão mundial em Riade que deu muito jeito a Sporting, Gil e Marítimo. Quem se lembra de Paulo Alves?

Paulo Alves somou sete golos em 13 internacionalizações
Avançado natural de Vila Real, começou a jogar futebol em clubes locais, tendo dado o salto para o FC Porto aos 17 anos, integrando a equipa de juniores dos azuis e brancos em 1986-87. Pouco depois, somou a primeira internacionalização, pelos sub-18.
 
Em 1988-89 iniciou a carreira de futebolista sénior ao serviço do Gil Vicente, na II Divisão Nacional, e a meio dessa época integrou a seleção nacional de sub-20 que se sagrou campeã mundial em Riade, na Arábia Saudita, tendo marcado um golo à Checoslováquia na fase de grupos.
 
 
Na temporada seguinte foi crucial para que a equipa de Barcelos conseguisse a primeira subida da sua história à I Divisão, patamar no qual se haveria de estrear em 1990-91, ainda que de forma algo tímida: apenas dois golos em 24 jogos. 
 
Em 1991-92 ajudou o Tirsense a subir ao primeiro escalão, ao qual haveria de voltar na época que se seguiu, mas com a camisola do Marítimo. Depois de uma curta passagem pelo Sp. Braga, voltou aos Barreiros em dezembro de 1993 para se afirmar como um dos bons pontas de lança do futebol português, com um estilo mais fixo e forte no jogo aéreo, mas menos refinado do que os outros avançados lusos daquele tempo, como Domingos, Sá Pinto e João Pinto.
 
 
Essa afirmação surgiu sobretudo na temporada 1994-95, na qual faturou por 14 vezes no campeonato e duas na Taça UEFA, tendo apontado o golo que valeu a eliminação dos suíços do Aarau e marcado a Angelo Peruzzi num jogo com a Juventus no Stadio delle Alpi, em Turim.
 
 
Por essa altura, fez também a estreia pela seleção nacional A, tendo bisado frente ao Liechtenstein na sua segunda internacionalização, em dezembro de 1994.
 
 
Valorizado, foi apresentado em conferência de imprensa como reforço do Benfica a 27 de junho de 1995, tendo sido anunciado um contrato por três anos. Contudo, o negócio ainda não estava totalmente fechado e acabou por berrar, o que fez com que o Sporting se chegasse à frente e contratasse o avançado.
 
A primeira época em Alvalade foi muito razoável, com 14 golos em todas as competições que fizeram dele o melhor marcador da equipa, em igualdade com Pedro Barbosa e Ricardo Sá Pinto. Foi bastante utilizado, ganhou a Supertaça Cândido de Oliveira e foi finalista vencido da Taça de Portugal, mas no final da temporada não foi convocado para o Euro 1996, apesar de ter participado em quatro jogos da fase de qualificação e em mais sete encontros particulares.
 
 
 
Em 1996-97 jogou menos, o que o atirou definitivamente para fora das opções da seleção nacional, mas voltou a ser o melhor marcador da equipa, com dez golos em todas as provas, tendo ajudado os verde e brancos a conseguir o segundo lugar e consequente apuramento para as pré-eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.
 
  
 
Em novembro de 1997 foi emprestado ao West Ham, mas depois de apenas quatro jogos na Premier League voltou ao Sporting, reintegrando a equipa leonina em janeiro de 1998, tendo fechado a época 1997-98 com seis golos em 18 jogos pelos verde e brancos.
 
 
No verão de 1998 despediu-se de Alvalade, ao fim de 30 golos em 87 jogos, e voltou a emigrar, tendo defendido as cores do Bastia no campeonato francês, mas foi novamente infeliz fora de portas: apenas três golos em 19 jogos.
 
 
Seguiu-se o regresso a Portugal pela porta da União de Leiria, clube em que foi quase sempre suplente de Derlei entre 1999 e 2001.
 
 
Correu-lhe melhor o regresso ao Gil Vicente, entre 2001 e 2005, tendo somado 27 golos durante esse período, a esmagadora maioria nas temporadas 2001-02 e 2002-03.
 
 
Foi precisamente no emblema barcelense que se estreou como treinador, em 2005-06. Como técnico já fez alguns bons trabalhos, como a conquista do título da II Liga ao leme do Gil Vicente em 2010-11 e do Moreirense em 2022-23 e a caminhada dos gilistas até à final da Taça da Liga em 2011-12, mas também esteve associado a dissabores como a despromoção do Olhanense à II Liga em 2013-14 e as descidas do União da Madeira e do Gil Vicente ao Campeonato de Portugal em 2017-18.



 




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