O campeão mundial em Riade que deu muito jeito a Sporting, Gil e Marítimo. Quem se lembra de Paulo Alves?
Paulo Alves somou sete golos em 13 internacionalizações
Avançado natural de Vila Real,
começou a jogar futebol em clubes locais, tendo dado o salto para o FC
Porto aos 17 anos, integrando a equipa de juniores dos azuis
e brancos em 1986-87. Pouco depois, somou a primeira internacionalização,
pelos sub-18.
Em 1988-89 iniciou a carreira de
futebolista sénior ao serviço do Gil
Vicente, na II Divisão Nacional, e a meio dessa época integrou a seleção
nacional de sub-20 que se sagrou campeã mundial em Riade, na Arábia Saudita,
tendo marcado um golo à Checoslováquia
na fase de grupos.
Na temporada seguinte foi crucial
para que a equipa
de Barcelos conseguisse a primeira subida da sua história à I
Divisão, patamar no qual se haveria de estrear em 1990-91, ainda que de
forma algo tímida: apenas dois golos em 24 jogos. Em 1991-92 ajudou o Tirsense
a subir ao primeiro
escalão, ao qual haveria de voltar na época que se seguiu, mas com a
camisola do Marítimo.
Depois de uma curta passagem pelo Sp.
Braga, voltou aos Barreiros em dezembro de 1993 para se afirmar como um dos
bons pontas de lança do futebol português, com um estilo mais fixo e forte no
jogo aéreo, mas menos refinado do que os outros avançados lusos daquele tempo,
como Domingos, Sá
Pinto e João Pinto.
Essa afirmação surgiu sobretudo
na temporada 1994-95, na qual faturou por 14 vezes no campeonato e duas na Taça
UEFA, tendo apontado o golo que valeu a eliminação dos suíços do Aarau e
marcado a Angelo Peruzzi num jogo com a Juventus
no Stadio delle Alpi, em Turim.
Por essa altura, fez também a
estreia pela seleção
nacional A, tendo bisado frente ao Liechtenstein na sua segunda
internacionalização, em dezembro de 1994.
Valorizado, foi apresentado em
conferência de imprensa como reforço do Benfica
a 27 de junho de 1995, tendo sido anunciado um contrato por três anos. Contudo,
o negócio ainda não estava totalmente fechado e acabou por berrar, o que fez
com que o Sporting
se chegasse à frente e contratasse o avançado. A primeira época em Alvalade
foi muito razoável, com 14 golos em todas as competições que fizeram dele o
melhor marcador da equipa, em igualdade com Pedro Barbosa e Ricardo
Sá Pinto. Foi bastante utilizado, ganhou a Supertaça
Cândido de Oliveira e foi finalista vencido da Taça
de Portugal, mas no final da temporada não foi convocado para o Euro 1996,
apesar de ter participado em quatro jogos da fase de qualificação e em mais
sete encontros particulares.
Em 1996-97 jogou menos, o que o
atirou definitivamente para fora das opções da seleção
nacional, mas voltou a ser o melhor marcador da equipa, com dez golos em
todas as provas, tendo ajudado os verde
e brancos a conseguir o segundo lugar e consequente apuramento para as
pré-eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga
dos Campeões.
Em novembro de 1997 foi
emprestado ao West
Ham, mas depois de apenas quatro jogos na Premier
League voltou ao Sporting,
reintegrando a equipa
leonina em janeiro de 1998, tendo fechado a época 1997-98 com seis golos em
18 jogos pelos verde
e brancos.
No verão de 1998 despediu-se de Alvalade,
ao fim de 30 golos em 87 jogos, e voltou a emigrar, tendo defendido as cores do
Bastia no campeonato
francês, mas foi novamente infeliz fora de portas: apenas três golos em 19
jogos.
Seguiu-se o regresso a Portugal
pela porta da União
de Leiria, clube em que foi quase sempre suplente de Derlei entre 1999 e
2001.
Correu-lhe melhor o regresso ao Gil
Vicente, entre 2001 e 2005, tendo somado 27 golos durante esse período, a
esmagadora maioria nas temporadas 2001-02 e 2002-03.
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