Imagem de um Sanjoanense-Vitória na década de 1960 |
Dois clubes que nos últimos anos
têm-se defrontado apenas no andebol, Sanjoanense
e Vitória
de Setúbal vão reeditar este domingo, em partida da segunda eliminatória da
Taça
de Portugal, um duelo que já teve a I
Divisão como palco, mas que já não se realiza desde 1969.
8 de dezembro de 1946 – I
Divisão (3.ª jornada)
António Nunes deu vantagem aos setubalenses aos 22 minutos, mas Baptista restabeleceu a igualdade aos 32’ e levou o resultado empatado para intervalo. No entanto, no segundo tempo um golo de Borges (46’) e um bis de Cardoso Pereira (55’ e 71’) deram o triunfo (folgado) aos vitorianos.
13 de abril de 1947 – I
Divisão (16.ª jornada)
Sem surpresa, os sadinos aplicaram a lei do mais forte no Campo dos Arcos e venceram por 3-0, com três golos apontados na segunda parte. António Nunes voltou a abrir a contagem, aos 64 minutos. Mário Viegas (84’) e Pina (88’) apontaram os restantes golos já na reta final do encontro.
8 de maio de 1955 – Taça
de Portugal (16 avos de final)
Os visitantes até se colocaram em vantagem aos cinco minutos, por intermédio de Vítor Baptista (não confundir com o famoso futebolista setubalense), mas os sadinos chegaram ao intervalo a vencer por 3-1, graças a golos de Rosário (11’), Casaca (23’) e Rosário (45’).
No segunda tempo Bastos apontou o quarto golo dos setubalenses e Baptista o segundo do conjunto do distrito de Aveiro.
11 de dezembro de 1966 – I
Divisão (10.ª jornada)
“O desejo de golos de ambas as equipas não teve possibilidade de concretização”, resumiu o Diário de Notícias.
16 de abril de 1967 – I
Divisão (23.ª jornada)
Depois do nulo na primeira volta
as equipas progrediram na tabela classificativa. A Sanjoanense,
que à 10.º jornada tinha apenas três pontos, somava 15 à 22.ª e estava fora da
zona de despromoção. Já o Vitória
amealhou mais 12 pontos nas 12 jornadas que se seguiram e ocupava a 7.ª
posição.Esse progresso mútuo refletiu-se também no resultado: novo empate, mas desta feita com golos. José Maria adiantou os sadinos aos 25 minutos, mas Jambane restabeleceu a igualdade aos 86’.
“Rapa, tira, deixa, põe. Ambas as equipas tiveram o êxito ao seu alcance e, curiosamente ambas o perderam por culpa própria, desperdiçando oportunidades magníficas e fazendo os golos no período menos certo”, podia ler-se no Jornal de Notícias.
24 de dezembro de 1967 – I
Divisão (10.ª jornada)
Ao contrário do que havia acontecido na época anterior, os setubalenses então orientados por Fernando Vaz confirmaram o favoritismo e venceram por 1-0, graças a um golo de José Maria no final da primeira parte (43 minutos).
“Melhores no ataque, os sadinos só puderam marcar um golo e suportaram a ação repressiva do adversário”, sintetizou o Diário de Notícias.
21 de abril de 1968 – I
Divisão (23.ª jornada)
À partida para a 23.ª de 26 jornadas,
a Sanjoanense
estava tranquila no 9.º lugar, com mais cinco pontos do que a primeira equipa em
zona de despromoção, ao passo que o Vitória
de Setúbal seguia na quinta posição com os mesmos pontos que o FC
Porto, que era quarto classificado.Tal como um ano antes, houve empate em São João da Madeira, desta feita a zero.
“Alternando-se nos lances de perigo, as duas equipas não lograram transformar jogadas de vantagem em golos”, podia ler-se no Diário de Notícias.
3 de novembro de 1968 – I
Divisão (7.ª jornada)
No entanto, os vitorianos aproveitaram a receção ao conjunto de São João da Madeira no Bonfim para descolar de forma mais veemente. Depois de um bis de Ernesto Figueiredo (10 e 47 minutos), Wágner sentenciou o resultado final a um quarto de hora do fim.
“Os setubalenses não precisaram de forçar muito o seu jogo atacante”, resumiu o Diário de Notícias.
23 de fevereiro de 1969
– I
Divisão (20.ª jornada)
Tal como no primeiro jogo entre
as duas equipas, em dezembro de 1946, também no último o Vitória
foi a São João da Madeira golear por quatro bolas a uma.Orlando Santos até levou a Sanjoanense em vantagem para o intervalo, graças a um golo obtido na conversão de uma grande penalidade aos 20 minutos, mas o segundo tempo foi um vendaval sadino: Arcanjo empatou aos 55’, Ernesto de Figueiredo deu a volta aos 60’ e Jacinto João (77’) e novamente Arcanjo (89’) engordaram o triunfo setubalense já no quarto de hora final.
“O triunfo sadino só apareceu na segunda parte, mas sempre contestado com energia pelos locais”, resumiu o Diário de Notícias.
O desfecho aproximou os vitorianos, que estavam em quarto lugar, do pódio, ao passo que a Sanjoanense ficou mais afundada em zona de despromoção.
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