Sporting visitou o Campo Conde de Sucena em novembro de 2003 |
Em vésperas de receber o Paços
de Ferreira em jogo da 2.ª eliminatória da Taça
de Portugal, o Sociedade
União 1º Dezembro vai defrontar pela sexta vez uma equipa das ligas
profissionais na prova
rainha.
Vale por isso a pena recordar os cinco confrontos anteriores entre os guerreiros de Sintra e clubes das ligas profissionais na Taça de Portugal.
2003-04: 4.ª eliminatória
1º
Dezembro 0-2 Sporting (23
de novembro de 2003)
A participar pela primeira vez em
campeonatos nacionais, no caso a III Divisão Nacional, e pela segunda ocasião
na Taça
de Portugal, o 1º
Dezembro recebeu a visita do Sporting
de Fernando Santos na quarta eliminatória da prova
rainha, depois de eliminar Beira-Mar
de Monte Gordo, Monte Trigo e Amora
nas rondas anteriores.Os leões sentiram algumas dificuldades no sintético do Campo Conde de Sucena. Já depois de Hugo ter saído lesionado a meio da primeira parte, com uma rotura total do tendão de Aquiles esquerdo, o recém-entrado Liedson (46 minutos) e Clayton (66’, de grande penalidade) marcaram os golos com que os verde e brancos levaram de vencida.
“A festa nasceu em Sintra e, houvesse bancadas no Conde Sucena, estariam por certo cheias. A festa da Taça, realmente, aconteceu, porque a cor e a alegria transbordaram da multidão que celebrou o futebol às portas de Sintra. Depois, é verdade, houve um jogo de futebol. (…) A figura do encontro foi o piso sintético, que fez da bola objeto saltitante e indomável para os jogadores mais dotados tecnicamente que chegaram ao Conde Sucena provenientes de Alvalade”, escreveu o jornal O Jogo.
2010-11: 3.ª eliminatória
1º
Dezembro 1-2 Sp.
Braga (10 de outubro de 2010)
O dia 10/10/2010 foi um dia em
cheio em São Pedro de Penaferrim. De visita ao Campo Conde de Sucena esteve o
então vice-campeão nacional Sp.
Braga, que nessa época se encontrava a competir na Liga
dos Campeões.Ao contrário do que havia acontecido sete anos antes, aquando da receção do 1º Dezembro ao Sporting, os golos apareceram (todos) na primeira parte. Élton colocou os bracarenses em vantagem aos 19 minutos e um autogolo de Ricardo Pereira colocou o resultado em 0-2 cinco minutos depois. Antes do intervalo, Ricardinho reduziu para os guerreiros de Sintra, na conversão de uma grande penalidade.
“Salvo as devidas distâncias, dizer que o 1º Dezembro-Sp. Braga se aproximou de um confronto desigual entre o poderoso exército de Israel e um grupo desorganizado de guerrilheiros palestinianos é tudo menos correto. Contrariando as previsões mais óbvias, a equipa de Sintra, da III Divisão, revelou-se um osso bastante duro de roer durante praticamente todo o jogo e vendeu caro o afastamento da Taça de Portugal, em benefício dos visitantes. Na hora de dizer adeus, são habituais este tipo de comentários românticos, mesmo quando os chamados pequenos são cilindrados pelos gigantes, mas neste caso não há qualquer tipo de cavalheirismo bacoco ou gratuito. Em número de oportunidades, o 1º Dezembro foi realmente semelhante ao Sp. Braga e esse equilíbrio só não se traduziu no marcador porque Ricardo Cunha não teve os deuses do Olimpo do seu lado, já perto do intervalo, ao acertar na barra da baliza à guarda de Artur Moraes”, podia ler-se no jornal O Jogo.
2011-12: 3.ª eliminatória
1º
Dezembro 1-3 Sp.
Braga (15 de outubro de 2011)
Um ano depois, o sorteio
recolocou o Sp.
Braga no caminho do 1º
Dezembro na Taça
de Portugal. Desta vez, os bracarenses
eram orientados por Leonardo Jardim, que havia sucedido a Domingos
Paciência, e tinham o estatuto de finalistas da Liga
Europa, enquanto Alberto Bastos Lopes continuava no comando técnico dos guerreiros
de Sintra.Leandro Salino colocou os minhotos em vantagem aos 18 minutos, mas Ricardo Gomes empatou praticamente na resposta (20’). Contudo, Hélder Barbosa fez rapidamente o 1-2 para os arsenalistas (23’) e Carlão sentenciou o resultado a meio da segunda parte (70’).
“Se o jogo com o 1º Dezembro fosse um concurso de culinária, então o cozinhado preparado por Leonardo Jardim teria merecido boa nota. A mistura de ingredientes, uns mais frescos e outros mais utilizados, resultou em cheio e, com isso, o Sp. Braga confirmou a regra de avançar, pelo menos, uma eliminatória da Taça de Portugal, criada em 2000-01, época em que foi eliminado pela última vez logo no arranque. O que sucederá daqui em diante logo se verá – na temporada transata o clube caiu logo nos 16 avos-de-final, contra o Benfica –, mas ficou a ideia que não faltam opções ao treinador dos bracarenses para realizar a tal gestão que tanto deseja e que será necessária para enfrentar todas as provas”, escreveu o jornal O Jogo.
2012-13: 3.ª eliminatória
Olhanense 3-0 1º
Dezembro (20 de outubro de 2012)
Pela primeira vez na sua história,
o 1º
Dezembro defrontou uma equipa da I
Divisão na condição de visitado, no caso o Olhanense
orientado por Sérgio
Conceição e que tinha na baliza o internacional português Ricardo, no
Estádio Algarve.A resistência dos guerreiros de Sintra, então orientados por Paulo Mendes (ou Paulinho), durou até ao final da primeira parte, quando Rui Duarte deu vantagem aos algarvios. Já após a hora de jogo Jander (64’) e Yontcha (76’) deram a estocada final nas aspirações da turma de São Pedro de Penaferrim.
“Foi preciso uma ameaça de perigo real – remate de Sambinha, de cabeça, à barra – para o Olhanense despertar e finalmente exteriorizar a sua superioridade ante um adversário brioso e arrumadinho que, todavia, baixou a guarda após o 2-0, por sinal o momento da tarde, obra de Jander, com um remate fortíssimo e colocado de fora da área”, escreveu o jornal O Jogo.
2016-17: 3.ª eliminatória
1º
Dezembro 1-2 Benfica (14
de outubro de 2016)
Numa altura em que a Taça
de Portugal se começava a aburguesar, o 1º
Dezembro de Hugo Martins saltou para a ribalta quando foi sorteado como
adversário do Benfica
de Rui Vitória na terceira eliminatória. Contudo, apesar de ser a equipa
visitada, teve de receber as águias em casa emprestada, no Estádio António
Coimbra da Mota, no Estoril, e teve de jogar numa sexta-feira à noite. Porém,
pela primeira vez na história teve o jogo transmitido na televisão, a partir da
Sport TV.Depois de uma primeira parte sem golos, os encarnados inauguraram o marcador no início da segunda parte, por intermédio de Danilo (50 minutos). Porém, o filho da antiga glória benfiquista Rui Águas, Martim Águas, empatou o encontro pouco depois da hora de jogo, na conversão de uma grande penalidade (62’). O prolongamento chegou a aparecer inevitável, mas ao cair do pano do chamado tempo regulamentar Luisão deu o apuramento ao Benfica (90+6’).
“Em casa emprestada, o 1.º Dezembro esteve muito perto de causar surpresa das grandes na Taça de Portugal e só viu o sonho ruir por terra no último minuto dos descontos, fruto de um golo de Luisão que gelou as gentes de Sintra. O capitão colocou o campeão nacional na quarta eliminatória da prova, salvando a equipa e Rui Vitória de um susto que na Luz poucos deviam esperar”, podia ler-se no jornal O Jogo.
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