Hoje faz anos o irlandês que brilhou no FC Porto na década de 1980. Quem se lembra de Mickey Walsh?
Walsh apontou 56 golos em 123 jogos pelo FC Porto entre 1980 e 1986
Ponta de lança nascido na cidade
inglesa de Chorley, mas filho de pai irlandês, o que o tornou elegível para
representar a internacionalmente a República
da Irlanda, estreou-se como futebolista profissional ao serviço do
Blackpool em 1973 e passou os primeiros anos da carreira a competir nas
divisões secundárias de Inglaterra, quase sempre com uma boa média de golos.
Após mais de 80 remates certeiros
em cinco anos no Blackpool, estreou-se na Division One em 1978-79, época que
iniciou no Everton
e que concluiu no Queens Park Rangers. Ao serviço dos toffees,
que pagaram 375 mil libras pelo seu passe em agosto de 1978, estreou-se também
nas competições europeias, e logo frente a uma equipa irlandesa, o Finn Harps.
No verão de 1980, quando tinha 26
anos, transferiu-se para o FC
Porto, então orientado pelo austríaco Hermann Stessl e à procura de um
sucessor para Fernando Gomes (de saída para o Sporting Gijón). Nas Antas
confirmou a veia goleadora que havia exibido na Division Two de Inglaterra, ao
somar um total de 56 golos em 123 jogos ao longo de seis temporadas – as suas épocas
mais produtivas foram as de 1982-83 (19 tentos), 1980-81 (16) e 1983-84 (13).
Porém, inicialmente ficou com dúvidas se estaria à altura do desafio. "O
estádio era fantástico. Pensei: 'têm a certeza que estão interessados em
mim?’”, contou à UEFA
em maio de 2011.
De dragão ao peito conquistou um
bicampeonato nacional (1984-85 e 1985-86), uma Taça de Portugal (1983-84) e
duas Supertaças (1981 e 1984), tendo ainda contribuído para a caminhada
até à final da Taça das Taças em 1983-84. “Tenho excelentes recordações da
campanha em 1984, que foi muito importante por ser a primeira final europeia do
clube”, recordou o britânico, que carimbou o apuramento para as meias-finais nessa
campanha graças a um golo ao Shakhtar
Donetsk na Ucrânia.
Em 1986 despediu-se do FC
Porto, mas não de Portugal, tendo ainda representado Salgueiros,
Sp.
Espinho e Rio
Ave antes de pendurar as botas em 1989, aos 34 anos.
Paralelamente, somou 21
internacionalizações e três golos pela seleção
irlandesa entre 1975 e 1984. Não marcou presença em qualquer fase final,
mas honrou o pai. “O meu pai morreu antes de eu nascer. Era um irlandês dos
bons e apaixonado pelo futebol. Quando comecei a ter alguma consciência das
coisas prometi à minha mãe que um dia ia enchê-lo de orgulho. Acho que o
consegui na tarde em que joguei pela primeira vez com a camisola da Irlanda”,
confessou ao Maisfutebol
em maio de 2011.
Sem comentários:
Enviar um comentário