quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Hoje faz anos o irlandês que brilhou no FC Porto na década de 1980. Quem se lembra de Mickey Walsh?

Walsh apontou 56 golos em 123 jogos pelo FC Porto entre 1980 e 1986
Ponta de lança nascido na cidade inglesa de Chorley, mas filho de pai irlandês, o que o tornou elegível para representar a internacionalmente a República da Irlanda, estreou-se como futebolista profissional ao serviço do Blackpool em 1973 e passou os primeiros anos da carreira a competir nas divisões secundárias de Inglaterra, quase sempre com uma boa média de golos.
 
Após mais de 80 remates certeiros em cinco anos no Blackpool, estreou-se na Division One em 1978-79, época que iniciou no Everton e que concluiu no Queens Park Rangers. Ao serviço dos toffees, que pagaram 375 mil libras pelo seu passe em agosto de 1978, estreou-se também nas competições europeias, e logo frente a uma equipa irlandesa, o Finn Harps.
 
 
No verão de 1980, quando tinha 26 anos, transferiu-se para o FC Porto, então orientado pelo austríaco Hermann Stessl e à procura de um sucessor para Fernando Gomes (de saída para o Sporting Gijón). Nas Antas confirmou a veia goleadora que havia exibido na Division Two de Inglaterra, ao somar um total de 56 golos em 123 jogos ao longo de seis temporadas – as suas épocas mais produtivas foram as de 1982-83 (19 tentos), 1980-81 (16) e 1983-84 (13). Porém, inicialmente ficou com dúvidas se estaria à altura do desafio. "O estádio era fantástico. Pensei: 'têm a certeza que estão interessados em mim?’”, contou à UEFA em maio de 2011.
 
 
De dragão ao peito conquistou um bicampeonato nacional (1984-85 e 1985-86), uma Taça de Portugal (1983-84) e duas Supertaças (1981 e 1984), tendo ainda contribuído para a caminhada até à final da Taça das Taças em 1983-84. “Tenho excelentes recordações da campanha em 1984, que foi muito importante por ser a primeira final europeia do clube”, recordou o britânico, que carimbou o apuramento para as meias-finais nessa campanha graças a um golo ao Shakhtar Donetsk na Ucrânia.
 
 
Em 1986 despediu-se do FC Porto, mas não de Portugal, tendo ainda representado Salgueiros, Sp. Espinho e Rio Ave antes de pendurar as botas em 1989, aos 34 anos.
 
 
Paralelamente, somou 21 internacionalizações e três golos pela seleção irlandesa entre 1975 e 1984. Não marcou presença em qualquer fase final, mas honrou o pai. “O meu pai morreu antes de eu nascer. Era um irlandês dos bons e apaixonado pelo futebol. Quando comecei a ter alguma consciência das coisas prometi à minha mãe que um dia ia enchê-lo de orgulho. Acho que o consegui na tarde em que joguei pela primeira vez com a camisola da Irlanda”, confessou ao Maisfutebol em maio de 2011.
 
 
 
 
 
 
 




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