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Jaguaré defendeu a baliza do Sporting em 1935-36 |
Um pioneiro. Um dos primeiros
três brasileiros da história do
Sporting,
reforçou os
leões
em novembro de 1935, aos 30 anos, trazendo no currículo três
internacionalizações pela
seleção
canarinha e uma passagem pelo
Barcelona.
Esteve cerca de meio ano em
Portugal, até abril de 1936, tempo suficiente para ficar na história como o
primeiro guarda-redes a usar luvas no futebol luso – já o havia sido no Brasil –
e a iniciar as modas de cuspir na bola antes dos penáltis e de provocar
adversários nos balneários. A cuspidela deu jeito num dérbi, quando confundiu o
avançado
benfiquista
Aníbal José, que primeiro atirou por cima e depois para defesa do
goleiro
após o árbitro mandar repetir o pontapé. Por causa disso, meteu-se em problemas
com os jogadores
encarnados
já nas cabines.
Desportivamente atuou por sete
vezes pelo
Sporting
e conquistou um Campeonato de Lisboa, mas a passagem pelo nosso país acabou
apenas por servir de ponte de passagem para o
Marselha,
até porque os
verde
e brancos apostaram no jovem Azevedo (20 anos).
Antes da estadia em Lisboa, impôs-se
na baliza do
Vasco
da Gama entre 1928 e 1931, tendo vencido o campeonato carioca em 1929. Numa
digressão pela Europa, deu nas vistas e foi logo contratado pelo
Barça,
tornando-se no primeiro negro a jogar pelos
catalães.
Posteriormente, ganhou o
campeonato francês em 1937 e a Taça de França em 1938 pelo
Marselha
e voltou a Portugal para defender as balizas de
Académico
do Porto (1938-39) e
Leça
(1940 a 1942).
Carismático e protagonista de histórias
recheadas de mística e humor – umas comprovadamente verdadeiras, outras nem
tanto… –, trabalhou como estivador e morreu precocemente em agosto de 1946, aos
41 anos, num hospital psiquiátrico no Brasil.
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