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O troféu de campeão da Liga Espanhola |
Vitórias inesperadas, triunfos
inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que
não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs, partidas que deram
títulos e muito mais. Tem sido assim ao longo de quase um século na Liga
Espanhola.
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.
05/09/1993 – 1.ª jornada
Tricampeão espanhol em título, o Barcelona de Johan Cruyff, então denominado de Dream Team, tornou-se ainda mais forte com a contratação do avançado brasileiro Romário, que nos cinco anos anteriores havia apontado 128 golos em 145 jogos pelo PSV.
Na estreia oficial pelo novo clube e com o número 10 nas costas, em Camp Nou, o “baixinho” mostrou logo ao que ia, ao apontar um hat trick. Todos os golos (aos 15, 65 e 88 minutos) contaram com a assistência do médio Pep Guardiola, sendo que o terceiro foi o mais bonito, um chapéu ao guarda-redes Alberto.
Do lado da Real Sociedad, então comandada pelo antigo treinador sportinguista John Toshack, Carlos Xavier foi suplente utilizado (entrou aos 65’).
10/05/1997 – 37.ª jornada
Hoje fala-se muito na densidade
do calendário, mas em 1996-97 a Liga
Espanhola era disputada por 22 equipas em vez das atuais 20, o que
implicava a realização de 42 jornadas, mais quatro do que acontece atualmente.À entrada para a 37.ª, o Real Madrid de Fabio Capello liderava a prova com mais oito pontos do que o Barcelona de Bobby Robson, Vítor Baía, Fernando Couto e Luís Figo, pelo que podia sair de Camp Nou tanto com uma mão no título como como com uma margem de erro mais curta nas cinco derradeiras jornadas.
Aconteceu a segunda possibilidade. A quatro dias da final da Taça das Taças diante do Paris Saint-Germain, o Barça apresentou um onze de gala, com Baía e Figo, e bateu os merengues por 1-0, graças a um golo solitário de Ronaldo “Fenómeno”, com assistência de Figo, na recarga a um penálti do brasileiro defendido por Bodo Illgner.
Até ao final do campeonato os catalães ainda chegaram a estar a apenas dois pontos do rival, mas uma derrota no terreno do Hércules na antepenúltima ronda deitou tudo a perder. Soube a consolação as conquistas da Supertaça de Espanha, Taça das Taças e Taça do Rei nessa temporada.
12/09/1999 – 3.ª jornada
Em setembro de 1999, soaram os alarmes no Real Madrid. O guarda-redes habitual titular, Bodo Illgner, sofreu uma lesão que forçou o treinador John Toshack a entregar a baliza ao jovem Iker Casillas, que assim se estreou oficialmente pelo clube da sua formação, aos 18 anos e 174 dias, naquele que foi o primeiro de 725 jogos pelos merengues.
Na deslocação sempre difícil à Catedral de San Mamés, o guardião blanco até sofreu dois golos, mas o seu desempenho superou as expetativas, ao ponto de ter mantido a titularidade nos três jogos que se seguiram. Depois voltou ao banco, mas rapidamente reconquistou o posto.
No que concerne ao jogo de Bilbau, o Real Madrid esteve por duas vezes em desvantagem, quando Julen Guerrero adiantou os Athletic aos 15 minutos e um autogolo de Geremi fez o 2-1 aos 40’, mas Steve McManaman primeiro (19’) e Guti depois (74’) restabeleceram a igualdade.
19/05/2000 – 38.ª jornada
Após ter falhado de forma dramática a conquista do título espanhol em 1993-94, com Miroslav Djukic a desperdiçar um penálti nos últimos minutos da última jornada, o Deportivo viu-se novamente com o pássaro na mão em 1999-00.Líder com três pontos de avanço sobre o Barcelona à entrada para a derradeira ronda, a equipa galega então orientada por Javier Irureta afastou os fantasmas logo aos três minutos, quando Donato abriu o ativo. Pouco depois da meia hora, Roy Makaay fez o 2-0 que reforçou a tranquilidade.
O avançado português Pauleta foi lançado em campo a um quarto de hora do fim e festejou, em pleno relvado, o apito final do árbitro que confirmou a conquista do primeiro e único campeonato da história do Depor. Depois teve lugar a inevitável invasão de campo.
em atualização
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