quinta-feira, 29 de maio de 2025

Um desceu de divisão e dois partilharam uma caminhada até ao Jamor. Recorde os espanhóis que treinaram o Sp. Braga

Três espanhóis orientaram o Sp. Braga antes de Carlos Vicens
O espanhol Carlos Vicens, ex-adjunto de Pep Guardiola do Manchester City, será o quarto treinador espanhol a orientar o Sp. Braga.
 
Antes de Vicens, que será o primeiro técnico estrangeiro a passar pelo comando técnico dos bracarenses na era António Salvador, sentaram-se no banco arsenalista três compatriotas, com resultados para todos os gostos: um desceu de divisão e dois partilharam uma caminhada até à final da Taça de Portugal.
 
Eduardo Viso
O primeiro espanhol a orientar o Sp. Braga foi o galego Eduardo Viso, antigo extremo direito de Valladolid, Deportivo da Corunha e Saragoça nascido em Melón.
Após ter pendurado as botas tornou-se treinador, tendo começado por comandar o CD Juvenil, da Corunha, antes de chegar à Cidade dos Arcebispos a meio da temporada 1955-56, já com a equipa em último lugar na I Divisão, em igualdade pontual com Académica e Barreirense.
Até ao final da época não foi além de apenas duas vitórias e três empates em 14 jogos no campeonato, maus resultados que fizeram os arsenalistas isolarem-se cada vez mais na última posição, o que ditou a despromoção à II Divisão.
Ainda se redimiu na Taça de Portugal, atingido os quartos de final, mas foi eliminado pelo Torreense.
Depois radicou-se na Costa Rica, onde chegou a orientar a seleção daquele país.
 
 
Fernando Castro Santos
Mais de quarenta anos depois, o Sp. Braga voltou a apostar num treinador espanhol em 1997-98. O escolhido foi Fernando Castro Santos, um antigo defesa do Pontevedra que guiou o Compostela à I Liga Espanhola em 1994 e à permanência no primeiro escalão em 1994-95 antes de passar dois anos ao comando do Celta de Vigo.
Na primeira passagem pelo Minho, de apenas meia época, somou onze vitórias, nove empates e sete derrotas em 27 encontros, tendo deixado os arsenalistas em 10.º lugar no campeonato e nos quartos de final da Taça de Portugal. Por essa altura, já havia sido eliminado na Taça UEFA, mas deixou boa imagem na competição, ao eliminar os neerlandeses do Vitesse e os georgianos do Dinamo Tbilisi antes de ser afastado pelos alemães do Schalke 04.
Deixou o cargo em janeiro de 1998 para se tornar treinador do Sevilha, numa transferência que rendeu 32 milhões de pesetas (cerca de 192 mil euros) aos bracarenses.
Depois de aventuras ao leme de Tenerife e Poli Ejido, regressou ao Sp. Braga no arranque da temporada 2002-03, mas voltou a não ficar até ao final da época, desta vez devido aos maus resultados. Despediu-se após apenas sete vitórias e 12 empates em 29 encontros, com a equipa em 14.º lugar no campeonato e eliminada da Taça de Portugal pela Naval, então na II Liga.

 
 
Alberto Pazos
Quando Castro Santos saiu para o Sevilha em janeiro de 1998, quem o substituiu no Sp. Braga foi aquele que até então era o seu adjunto, Alberto Pazos, também ele natural de Pontevedra e que até então apenas tinha sido técnico principal de modestas equipas galegas como Alondras, Portonovo e Endesa As Pontes.
Até ao final da época, somou oito vitórias, cinco empates e sete derrotas em 20 jogos, tendo eliminado Sporting e Benfica antes de perder para o FC Porto na final da Taça de Portugal. Em termos de campeonato, deixou a equipa na mesma posição em que o seu antigo chefe de equipa a deixou, no 10.º lugar.
Não continuou no cargo apesar da presença no Jamor, mas o seu nome não foi esquecido no futebol português, tendo posteriormente passado pelo comando técnico de Farense (2001-02) e Marítimo (2006-07).



  




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