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O agente de jogadores Manuel Barbosa |
Antes de José Veiga e Jorge
Mendes, o primeiro agente de jogadores verdadeiramente mediático em Portugal foi
Manuel Barbosa, um antigo emigrante com muitos contactos no
futebol
francês e que se foi aproximando do
Benfica,
seu clube do coração – nunca o escondeu.
Manuel Barbosa surgiu na ribalta
na década de 1990 e acabou por ser uma das personagens mais relevantes do
famoso verão quente de 1993, quando Pacheco e Paulo Sousa rescindiram com justa
causa das
águias,
alegando salários em atraso, e assinaram pelo
Sporting.
Este empresário representava o
então jovem promissor médio, mas era contra a transferência para
Alvalade.
“Crime! O que me interessa é que me raptaram um filho desportivo. Posso
apresentar queixa ao Ministério Público por rapto e sequestro. Ele está nesta situação
contra a sua vontade e só me desmentirá se lhe apontaram uma pistola. Posso provar
que o Paulo Sousa está sequestrado. Eu sei tudo o que se passa e ele vai tentar
gritar ou fugir pela janela”, afirmou, dias antes de o centrocampista ser
apresentado como reforço
leonino.
Um ano depois, voltou a ser
protagonista em mais duas saídas do
Benfica,
desta feita do treinador Toni para o
Bordéus
e do jogador Rui Costa para o Fiorentina.
Sobre o técnico, fez questão de
sublinhar que Toni não ia dar um passo atrás na carreira: “O
Bordéus
possui condições de trabalho excecionais, é um clube muito estruturado,
liderado por um presidente empenhado, responsável. É por ser tudo tão bom que o
anterior presidente foi parar à cadeia”, assegurou.
Acerca do maestro do meio-campo
encarnado,
garantiu que lhe custava levar Rui Costa para longe da Luz, mas que as
dificuldades financeiras do
Benfica
assim o exigiam: “Não se pode alimentar a caviar quem não tem dinheiro para
comer carapaus.”
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