“Até eu não sei se hei de coloca-lo a jogar ou levá-lo para a cama”. Quem sei lembra de Dani no West Ham?
Harry Redknapp e Dani no West Ham em 1996
Jogador talentosíssimo, mas
também bem parecido, namoradeiro e boémio, nunca conseguiu que a sua qualidade
para o futebol prevalecesse sobre a fama de bon vivant. Essa reputação
nasceu ainda em Portugal, mas foi exportada para Inglaterra,
assim que o Sporting
o emprestou ao West
Ham no início de 1996, e fez as delícias dos tabloides britânicos.
Os primeiros tempos nos hammers
ficaram marcados por um aumento da presença dos jornalistas nos treinos, a
maior parte mulheres. “Nunca há jornalistas e hoje temos jornalistas e a maior
parte mulheres!”, comentaram os colegas, revelou Dani numa entrevista à Tribuna
Expresso. E um dos jornais escreveu logo: “Lock up your daughters!
Dani has arrived” [“Fechem as vossas filhas em casa. Chegou o Dani”]. Num
ápice, foi contactado por uma agência de modelos em Inglaterra
e passou a posar para revistas, a ir às estreias dos filmes de cinemas e a ser
introduzido na vida social londrina. Quem também não ficou indiferente
à aparência de Dani, então com 19 anos, foi o treinador Harry Redknapp. “A
minha mulher gosta muito dele. Até eu não se hei de coloca-lo a jogar ou
levá-lo para a cama.”
Não era a primeira vez que
Redknapp, essa velha raposa do futebol inglês, tecia comentários sobre a
aparência dos seus jogadores. No ano anterior, aquando da contratação do ponta
de lança Iain Dowie ao Crystal Palace, declarou: “Pelo aspeto da cara dele,
deve ter cabeceado muitas bolas na vida.” Quem, no conceito de beleza de
Redknapp, também não estava muito bem cotado, era… o próprio. “Decidi qual ia
ser a equipa inicial ontem à noite quando estava na cama com a minha mulher. Acho
que quando se tem um marido feio como eu, só se quer falar de futebol na cama”,
afirmou aos jornalistas.
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