Hoje faz anos o defesa que dedicou a vida ao Benfica. Quem se lembra de António Bastos Lopes?
Bastos Lopes jogou 387 vezes pelo Benfica entre 1973 e 1986
Um exemplo de devoção a um clube,
o Benfica.
Chegou à Luz
como júnior em 1970 após ter começado a jogar futebol no Odivelas,
subiu à equipa principal dois anos depois e por lá se manteve durante 15
temporadas, até ao final da carreira. Mais tarde voltou aos encarnados
como treinador nas camadas jovens – atualmente é adjunto de Pedro Faria nos
juvenis.
Nascido a 19 de dezembro de 1953
em Lisboa, António Bastos Lopes era um fiável defesa que começou como lateral
direito e passou pelo lado esquerdo do setor mais recuado, mas que se tornou
num central de qualidade. Depois de uns três primeiros anos na equipa principal
marcados por uma escassa utilização, beneficiou da saída de Humberto Coelho
para o Paris
Saint-Germain em 1975 para se estabelecer como titular, resistindo à
concorrência de Eurico
Gomes, Carlos
Alhinho e João Laranjeira. Já numa fase mais adiantada da carreira foi
importante para a integração de centrais como Oliveira e Samuel. Possante (1,81 m), duro, forte na
marcação e com sentido posicional, disputou 387 jogos de águia ao peito, dos
quais 274 na I
Divisão e 53 nas competições europeias. Nesse percurso de década e meia
chegou a ser companheiro de equipa do irmão mais novo Alberto entre 1976 e 1984
– daí o facto de ter ficado conhecido como Bastos Lopes I –, ganhou sete
campeonatos (1972-73, 1974-75, 1975-76, 1976-77, 1980-81, 1982-83 e 1983-84),
cinco Taças
de Portugal (1979-80, 1980-81, 1982-83, 1984-85 e 1985-86) e duas Supertaças
(1980 e 1985) e ajudou as
águias então comandadas por Sven-Göran Eriksson a atingir a final da Taça UEFA
em 1982-83.
Pela seleção
nacional A atuou dez vezes. Estreou-se numa vitória na Noruega
a 9 de maio de 1979 (1-0) e despediu-se uma derrota em Itália
a 3 de abril de 1985 (0-2). Pelo meio esteve no Euro 1984,
mas não fez qualquer jogo.
Entrevista de António Bastos Lopes ao jornal Off-Side
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