Fez a formação no Arsenal,
jogou na Premier
League e nas competições europeias, foi internacional A pelo País
de Gales depois de representar os sub-21 de Inglaterra
e, já na reta final da carreira, defendeu a baliza do Beira-Mar
numa altura em que os aveirenses
apostavam na contratação de jogadores no mercado britânico.
Andy Marriott nasceu a 11 de
outubro de 1970, em Sutton-in-Ashfield, Inglaterra, e concluiu a formação e deu
os primeiros passos como futebolista sénior no Arsenal.
Integrou a equipa campeã inglesa em 1988-89, mas não foi utilizado, numa altura
em que John Lukic era o habitual titular dos gunners,
então orientados pelo escocês George Graham e que tinham na equipa jogadores
como Tony
Adams e Alan Smith. Em junho de 1989 foi contratado
pelo Nottingham
Forest, mas passou grande parte dos quatro anos de ligação ao clube
emprestado, tendo nessa fase sido cedido a West Bromwich (1989), Blackburn
(1989), Colchester (1990) e Burnley (1991). Contudo, em 1992 e 1993 conseguiu
atuar por onze vezes na Premier
League, foi titular na final da Taça da
Liga de 1991-92 (perdida para o Manchester
United em Wembley,
por 0-1) e ainda jogou uma vez pela seleção inglesa de sub-21 em maio de 1992 –
antes havia sido também internacional sub-16 e sub-17 pelos three lions. Em outubro de 1993 transferiu-se
para o Wrexham, clube galês que militava na Division Two (terceiro escalão) de
Inglaterra e ao serviço do qual viveu uma das melhores fases da carreira, com
mais de 250 jogos disputados, a conquista da Taça de Gales em 1994-95, a
consequente participação na Taça
das Taças na época seguinte. Paralelamente, jogou por cinco vezes pela seleção
do País de Gales em 1996 e 1998, algo apenas possível porque tinha uma avó
galesa.
À procura de reforçar o estatuto
na seleção,
em agosto de 1998 deu o salto para o Sunderland, então no Championship (segundo
escalão), mas a verdade é que nunca conseguiu estabelecer-se como titular dos black
cats durante os três anos de contrato e não voltou a jogar por Gales.
Ainda esteve cedido a Wigan e Barnsley, mas também não foi bem-sucedido. Entretanto assinou a título
definitivo pelo Barnsley no verão de 2001 e conseguiu fixar-se como dono da
baliza durante toda a temporada 2001-02, marcada pela despromoção à Division
Two, e durante quase toda a época seguinte. Contudo, em março de 2003 assinou
pelo Birmingham, então na Premier
League, para cobrir a vaga deixada em aberto pela grave lesão de Nico
Vaesen. Ainda chegou a jogar uma vez no primeiro
escalão inglês, numa derrota às mãos do Tottenham
em White Hart Lane (1-2). Nessa partida, cometeu um erro incrível ao largar a
bola sem ver Robbie Keane atrás dele, permitindo que o avançado inglês lhe
roubasse a bola e a rematasse para a baliza deserta. Esse golo foi alvo de
paródia em Inglaterra, ao ponto do próprio treinador do Birmingham, Steve
Bruce, ter afirmado que Marriott seria “assombrado para sempre”.
Talvez por isso o guarda-redes internacional
galês tenha decidido mudar de ares no verão de 2003, quando deixou pela
primeira vez o Reino Unido para assinar pelo Beira-Mar,
numa altura de alguma aposta dos aveirenses
no mercado britânico – Clyde Wijnhard (ex-Oldham) também chegou nesse defeso e Stephen
McPhee (ex-Port Vale), Paul Murray (ex-Oldham) e Pavel
Srnicek (ex-Portsmouth)
no ano seguinte.
Durante a temporada 2003-04
disputou 25 jogos e sofreu 33 golos em todas as competições até março, quando
sofreu uma fratura traumática do perónio que o afastou dos relvados durante
vários meses. Em maio acordou a rescisão de contrato, numa altura em que o
campeonato ainda não tinha terminado, e voltou a Inglaterra.
Até ao final de uma carreira que
se viria a estender até 2011, quando já tinha 40 anos, ainda jogou por
Coventry, Colchester, Bury, Torquay United, Boston United e Exeter nas divisões
secundárias do futebol inglês. Após pendurar as luvas exerceu as
funções de dirigente no Exeter e no West Bromwich.
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