sábado, 15 de outubro de 2022

As 7 vezes em que o Vitória FC nas divisões inferiores tombou equipas da I Divisão na Taça de Portugal

Jogadores vitorianos festejam triunfo em Alvalade em dezembro de 2003
O Vitória de Setúbal competiu em 72 das 89 edições de campeonatos nacionais na I Divisão, mas mesmo quando está nas divisões inferiores, como é o caso, mostra por que razão é um dos clubes com mais pergaminhos na Taça de Portugal, uma vez que já eliminou primodivisionários em sete ocasiões.
 
O vencedor da prova rainha em 1964-65, 1966-67 e 2004-05 e finalista em 1942-43, 1953-54, 1961-62, 1965-66, 1967-68, 1972-73 e 2005-06 terá este domingo (15:00) a oportunidade de tombar pela oitava vez um conjunto do primeiro escalão na Taça, caso ultrapasse o Paços de Ferreira no Estádio do Bonfim.
 
Vale por isso a pena recordar as sete vezes em que o Vitória enquanto equipa de divisões inferiores eliminou equipas da I Divisão na Taça de Portugal.
 
 

1942-43: Oitavos de final

Vitória FC 2-1 Leixões (30 de maio de 1943)
Numa altura em que os campeonatos já tinham terminado, o Vitória então na II Divisão iniciou a sua segunda participação na Taça de Portugal frente ao Leixões, último classificado da I Divisão.
Numa partida disputada no Campo dos Arcos, os sadinos venceram por 2-1. Francisco Rodrigues rematou à trave na primeira jogada do encontro, inaugurou o marcador aos 29 minutos, fez o 2-0 aos 56’ e foi expulso perto do apito final. Mário Montez, na própria baliza, reduziu a desvantagem para a formação de Matosinhos a meio do segundo tempo.

 
 

1942-43: Meias-finais

Vitória FC 7-0 FC Porto (13 de junho de 1943)
Depois do Leixões, o Vitória bateu em casa o Barreirense nos quartos de final (2-0) antes de receber em Setúbal um dos grandes do futebol português, o FC Porto, que nessa temporada não foi além de um sétimo lugar (entre dez equipas) na I Divisão.
Mais uma vez no Campo dos Arcos, os sadinos golearam por 7-0 e avançaram para a primeira final da sua história. Vítor Guilhar na própria baliza (10 minutos), Aníbal Rendas (13’, 22’ e 51’), Amador (28’), Passos (46’) e João Nunes (75’) foram os autores dos golos.



1960-61: Oitavos de final

1.ª mão: Benfica 3-1 Vitória FC (7 de maio de 1961)
2.ª mão: Vitória FC 4-1 Benfica (1 de junho de 1961)
Depois de afastar Estoril Praia e Benfica Castelo Branco e numa altura em que já sabia que não ia subir à I Divisão, o Vitória ficou a saber que ia defrontar o campeão nacional Benfica nos oitavos de final da Taça de Portugal.
Na primeira-mão, os encarnados confirmaram o favoritismo e venceram por 3-1. António Mendes (23 minutos), Peres (26’) e Jorge (69’) marcaram para as águias, enquanto Cafum assinou o tento de honra dos sadinos (77’).
Porém, o segundo jogo foi agendado para 1 de junho, precisamente um dia depois da final da Taça dos Campeões Europeus em que as águias bateram o Barcelona em Berna para se sagrarem campeãs continentais pela primeira vez. O Benfica tentou que a visita aos sadinos fosse adiada, mas o Vitória não aceitou e a Federação Portuguesa de Futebol também não fez muita questão. Uma vez que a equipa principal estava a voltar da Suíça, os encarnados fizeram-se representar no Campo dos Arcos com a equipa de reservas, o que acabou por marcar a estreia de Eusébio de águia ao peito.
Eusébio marcou um golo (64’) e desperdiçou um penálti – o primeiro de cinco que falhou em toda a carreira -, mas o Vitória venceu por 4-1, com bis de Quim (6’ e 12’) e de Pompeu (59’ e 81’).

 
 

1961-62: Quartos de final

1.ª mão: Leixões 2-1 Vitória FC (3 de junho de 1962)
2.ª mão: Vitória FC 2-0 Leixões (10 de junho de 1962)
Numa altura em que já tinha a subida à I Divisão garantida e já tinha eliminado Desp. Beja, Marinhense e Vianense na Taça de Portugal, o Vitória defrontou nos quartos de final o detentor do troféu, o Leixões, numa altura em que todas as eliminatórias se disputavam a duas mãos.
No Campo de Santana, em Matosinhos, os leixonenses venceram por 2-1 na primeira-mão. Pompeu até deu vantagem aos sadinos, mas Ventura e Raúl I deram a volta para a equipa da casa.
Uma semana depois, no Campos dos Arcos, os setubalenses viraram a eliminatória através de um triunfo por 2-0.
 
 

1961-62: Meias-finais

1.ª mão: Vitória FC 0-0 Belenenses (17 de junho de 1962)
2.ª mão: Belenenses 0-1 Vitória FC (24 de junho de 1962)
Depois do Leixões, seguiu-se mais uma das principais equipas portuguesas da altura, o Belenenses. No entanto, desta feita não foi nessa autêntica fortaleza que era o Campo dos Arcos que os sadinos se superiorizaram.
Em Setúbal, na primeira-mão, até se registou um empate a zero. Porém, foi no segundo jogo, no Estádio do Restelo, que os setubalenses conseguiram obter vantagem, através de um remate certeiro de longa distância por parte de Pompeu.


 

2003-04: 4.ª eliminatória

Alverca 0-1 Vitória FC (23 de novembro de 2003)
Após eliminar o Lixa na 3.ª eliminatória, o Vitória de Carlos Carvalhal, então na II Liga, deslocou-se ao terreno do primodivisionário Alverca, então comandado por José Couceiro, e conseguiu surpreender.
O brasileiro Jorginho apontou o único golo do encontro, aos 51 minutos.
“Surpreendentemente, ou talvez não, o Vitória de Setúbal desembaraçou-se com relativa facilidade - que o resultado não traduz - do Alverca. Tão fácil como comer uma 'massa de cherne'. Surpresa só mesmo para quem não viu o jogo, tal a superioridade que o Vitória evidenciou, com exceção dos últimos dez minutos, nos quais o Alverca conseguiu exercer alguma pressão, embora ineficaz. É certo que o Vitória é equipa com experiência e tradição de I Liga, mas dá que pensar a naturalidade com que veio a Alverca ganhar e seguir em frente na Taça. A sensação que deu foi que nem sequer precisou de se agigantar ou de se superar para alcançar esse objetivo.”, escreveu o Record.

 
 

2003-04: 5.ª eliminatória

Sporting 0-1 Vitória FC (17 de dezembro de 2003)
Se na visita ao Alverca as forças até eram mais ou menos equilibradas, na deslocação da eliminatória seguinte ao novo Estádio José Alvalade, onde o Sporting ainda não havia perdido em competições nacionais, o desequilíbrio parecia ser maior.
No entanto, um golo do brasileiro Orestes logo aos sete minutos, na sequência de um canto apontado a partir da direita por Zé Pedro, deu aos sadinos uma vantagem que acabou por ser segurada até ao apito final.
“Nem uma espinha. O Vitória da Liga de Honra ganhou em Alvalade e só precisou de um golo para afastar o Sporting de mais uma prova a eliminar (será por acaso?). Valeu a Carlos Carvalhal uma equipa personalizada e um adversário que não foi sério desde o primeiro minuto. Isso chegou para fazer a diferença numa noite de verdadeira Taça”, escreveu o Maisfutebol.
 















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