segunda-feira, 12 de outubro de 2020

O que o construtor Pelé pode acrescentar ao meio-campo do Rio Ave

Pelé está de regresso ao Rio Ave por empréstimo do Mónaco
Valorizado pela ideia de jogo bastante atrativa do Rio Ave de Miguel Cardoso em 2017-18, o antigo internacional jovem português Pelé mostrou ao futebol como era capaz de se relacionar com a bola e terá efetuado uma das melhores épocas da carreira, se não mesmo a melhor. Agora, aos 29 anos, regressa a Vila do Conde por empréstimo do Mónaco para fazer o que tão bem sabe.

À frente da defesa, integrado num duplo pivot geralmente formado com Tarantini, era o internacional guineense que tinha como missão baixar entre os centrais para iniciar a construção dos ataques, funcionando como um organizador de jogo a partir de zonas recuadas.


A partir do momento em que a bola lhe chegava aos pés, começava a mostrar as qualidades pelas quais o Mónaco despendeu há dois anos 10 milhões de euros pelo seu passe, depois de se ter falado de possíveis transferências para Sp. Braga, Benfica ou Wolverhampton – curiosamente (ou não), todos clubes do círculo Jorge Mendes, tal como o Nottingham Forest, emblema que milita no Championship (II liga inglesa) ao qual o luso-guineense foi emprestado em janeiro de 2019, nos últimos dias dessa janela do mercado de transferências. Na época transata esteve cedido ao Reading, da mesma divisão, o que lhe permite regressar a Portugal com experiência adquirida em países futebolísticos que prezam mais as capacidades físicas.

Dotado de visão de jogo periférica e de um porte físico bastante razoável (1,82 m), exibiu na primeira passagem pelos Arcos capacidade para sair a jogar e decidir bem mesmo em zonas e momentos de forte pressão dos adversários e, sobretudo, precisão de passe a curta, média e longa distância. Essa qualidade de passe dava ao Rio Ave a possibilidade de queimar linhas, virar rapidamente o centro do jogo ou explorar o espaço nas costas da defesa contrária – Guedes brilhou nesse aspeto -, assim como de reter a posse de bola e gerir o ritmo do encontro conforme a necessidade.

Também pelo aspeto defensivo revelou estar apto para até algo mais do que uma formação que apenas lute pelas competições europeias em Portugal. Quase sempre bem posicionado, equilibrava a equipa através da ocupação dos espaços, mostrando-se agressivo no momento de morder os calcanhares aos adversários, mas ainda assim elegante, sem excessos.

Depois de 11 jogos pelo Mónaco nos derradeiros meses de 2018, este frio e exímio executante de grandes penalidades ficou (ainda mais) tapado pela chegada de jogadores como Adrien Silva (emprestado pelo Leicester), Vainqueur (cedido pelo Antalyaspor) e Fàbregas (contratado pelo Chelsea).

A cedência ao Nottingham Forest fez-lhe bem, embora não tivesse feito muitos mais jogos: disputou nove, o primeiro dos quais com uma exibição que lhe valeu um lugar na equipa da semana do Championship. Em 2019-20 continuou no mesmo campeonato para jogar no Reading, tendo sido inicialmente orientado pelo português José Gomes e amealhado mais 34 encontros (e um golo).


Funções diferente na seleção



















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