segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Cláudio Ramos há muito que merecia este salto. Que futuro terá no FC Porto?

Guarda-redes Cláudio Ramos assinou pelo FC Porto até 2024
Aos 28 anos e com os últimos nove passados no Tondela, quase sempre como principal figura da equipa, Cláudio Ramos finalmente deu o salto que há muito fazia por merecer, tendo assinado contrato com o FC Porto até 2024.

Já causava estranheza que um guarda-redes que tanto se tem destacado e que inclusivamente conseguiu convencer Fernando Santos a torna-lo internacional português “AA” não tivesse já rumado a um clube de maior dimensão, nem que fosse simplesmente um candidato crónico ao apuramento para competições europeias, como Sp. Braga, Vitória de Guimarães ou Rio Ave. Mas o tempo foi passando, todos os anos os grandes emblemas do futebol português contratavam guardiões, e nenhum era Cláudio Ramos.


Embora não seja muito alto – um possível argumento para justificar a ausência de um salto para um dos grandes -, o que o guarda-redes natural de Vila Nova de Paiva ia mostrando semana após semana é que o seu 1,82 m é mais do que suficiente para fechar a baliza.

É verdade que o seu jogo de pés ainda foi pouco testado, mas não podia ser isso a poder travar a ascensão de alguém cuja principal função é evitar os golos adversários, parâmetro no qual tem estado entre os melhores do futebol português.

Seguro, elástico, inteligente a decidir para onde socar a bola e com reflexos apuradíssimos, foi acumulando defesas que tão importantes quanto espetaculares. E não, não é de voar para a bola só para a fotografia. Se puder, agarra-a, mas se tiver que esticar-se, pode proporcionar fantásticos momentos de futebol.

Se daqui a uns anos o Tondela já não andar entre os grandes do futebol português, certamente que o emblema beirão será recordado pela simpatia, as duas miraculosas permanências (2015/16 e 2016/17) e por um guarda-redes de grande qualidade, que muito contribuiu para que o clube fosse amealhando mais algumas presenças na I Liga.


Porém, os auriverdes já fazem parte do passado de Cláudio Ramos, cujo futuro passa por um FC Porto que tem nos seus quadros dois excelentes guarda-redes, o internacional argentino Marchesín e o dono da baliza da seleção nacional de sub-21 – à frente do titular sportinguista Luís Maximiano -, Diogo Costa.

Por estar tão bem servido – e apenas por isso! -, acaba por causar alguma estranheza a contratação de um terceiro guardião de nível tão elevado. A permanência dos três no plantel (aparentemente) é impensável, resta saber o que vai acontecer: colocar Diogo Costa a ganhar rodagem noutras paragens? Utilizar Cláudio Ramos para o envolver num negócio que baixe o valor de uma transferência como a dos desejados Taremi e Toni Martínez? Ou, menos provável, vender Marchesín para abrir espaço para Diogo Costa e ter Cláudio Ramos para dar garantias de concorrência forte?
















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