quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

As minhas primeiras memórias de… um clássico entre Sporting e Vitória FC

Sadinos Sandro e Costa e leão João Pinto em lance a meio-campo
Comecei a ver futebol em meados de 2000, por altura da conquista do título nacional 18 anos depois por parte do Sporting e da descida à II Liga do Vitória de Setúbal. Não cheguei a assistir a um jogo entre ambas as equipas em 1999/00, mas só tive de esperar uns meses para o fazer.

A 19 de julho desse ano, leões e sadinos defrontaram-se num encontro de pré-época em Rio Maior, num desafio que se não me falha a memória terá sido transmitido pela TVI. Apesar de estarem num patamar inferior, os setubalenses orientados por Rui Águas deram boa réplica e venciam por 2-0 até perto do fim, com golos de Marquinhos (21') e João Paulo (29'). Ainda assim, os então campeões nacionais com uma rara presença de Nuno Assis no onze inicial de Augusto Inácio, chegaram ao empate nos minutos finais através de remates certeiros de Acosta (85’) e Horvath (90’).


Os dois conjuntos voltaram a medir forças seis dias depois, no Bonfim, e aí o Sporting venceu por 3-0, com golos de Ayew (17’), André Cruz (26’) e Kirovski (71’), mas não assisti ao encontro nem me lembro se vi os golos em algum resumo.

Depois dos particulares, os jogos a doer. O Vitória conseguiu regressar ao convívio dos grandes no final dessa época, agendando para 22 de dezembro de 2001 o reencontro com os verde e brancos de Lisboa, em Alvalade.


O Sporting entrou para esse encontro da 16.ª jornada do campeonato na liderança, com um ponto de vantagem sobre FC Porto e Boavista e dois sobre o Benfica, uma semana após resgatar um empate na Luz (2-2) nos minutos finais e com alguma polémica à mistura. O Vitória, por seu lado, estava bastante próximo da zona de despromoção.

Apesar de ocuparem polos opostos na classificação e de o jogo ser na casa do leão, o nulo permaneceu até bem perto do apito final de José Leirós. E a equipa então orientada por Laszlo Bölöni até já estava reduzido a dez, devido a uma arrepiante lesão de Marius Niculae, numa altura em que o treinador romeno já tinha esgotado as substituições.

“Aos 79 minutos Niculae mandou um tiro ao poste, abanou a baliza, mas foi ele que caiu, gravemente lesionado, depois de chocar com Ico”, pode ler-se no Maisfutebol. A temporada acabou precocemente para o então jovem avançado de 20 anos contratado ao Dínamo de Bucareste, que foi operado a uma lesão no ligamento cruzado interno do joelho esquerdo depois de 10 golos nos primeiros 23 jogos de leão ao peito. “Lembro-me de sentir uma forte dor e cair. Percebi que era grave e foi um grande choque para mim saber que não ia jogar mais na temporada. Estava num bom momento e a equipa estava a jogar muito bem”, recordou o atacante romeno ao zerozero.

No entanto, ainda havia mais para jogar nesse jogo. O Sporting, em desvantagem numérica, via-se obrigado a despejar bolas na frente de ataque para chegar à área sadina, e foi precisamente na sequência de um chuveirinho promovido por Beto (e de uma interceção falhada de Eliseu) que Jardel ‘matou’ no peito e rematou à meia volta para o fundo das redes da baliza do Bossio, aos 91 minutos. Simplesmente um dos melhores golos do goleador brasileiro em Portugal e dessa edição da I Liga.


Na segunda volta, o Sporting garantiria o título em Setúbal em caso de triunfo, mas o Vitória de Luís Campos, já tranquilo na tabela classificativa, não estava para festas, empatando a dois golos. Sandro (39’) e Hugo Henrique (41’) marcaram para os sadinos, Jardel (31’ e 49’) para os leões.








































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