segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Andoni Zubizarreta

126 internacionalizações pela seleção de Espanha marcam a sua longa carreira. O seu palmarés é excecional: uma Taça das Taças, uma Taça dos Campeões Europeus, seis títulos de campeões de Espanha e três Taças de Espanha para este basco emigrado na Catalunha, em Espanha.


 DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa

Francisco Gento

 Foi um dos maiores atacantes, numa altura em que o futebol se jogava com verdadeiros alas.

A sua velocidade impressionante e o seu célebre duplo arranque foram uma grande contribuição para a equipa do Real Madrid.


 DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa




segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sandor Kocsis

Era uma das vedetas da seleção da Hungria que dominava o futebol mundial entre 1950 e 1955. 

O seu formidável jogo de cabeça fez com que marcasse 75 golos em 68 internacionalizações. Chegou mesmo a marcar quatro golos contra a Alemanha no Campeonato do Mundo de 1954!

 DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


domingo, 5 de outubro de 2008

Careca

Não é o seu verdadeiro nome; como a maioria dos jogadores brasileiros, tem um pseudónimo. Este vem de um palhaço muito conhecido no Brasil.

Este atacante mal compreendido pelos dirigentes do seu país teve um grande êxito em Itália, onde o seu entendimento com Maradona, em Nápoles, produziu golos magníficos.


 DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Marinho Peres

Enquanto jogador, Marinho Peres, que nasceu em 19 de março de 1947 em Sorocaba, São Paulo, representou no Brasil clubes como o Portuguesa, Santos, Internacional ou Palmeiras.

Na Europa, o defesa representou o Barcelona nas temporadas 1974/1975 e 1975/1976.
Internacional pelo Brasil, Marinho Peres competiu num Campeonato do Mundo de futebol, no Alemanha 1974, onde os canarinhos alcançaram o 4.º lugar.

Na sua carreira como treinador conta com várias passagens em Portugal, onde se estreou em 1986/1987, ao serviço do Vitória de Guimarães, que representaria também em 1992/1993.

Orientou ainda o Belenenses, entre 1987 e 1989, ano em que conquistou uma Taça de Portugal e, mais tarde, entre 2000 e 2003.

Foi também treinador do Sporting, entre 1990 e 1992, e do Marítimo, na temporada 1996/1997.

O técnico, que treinou até 2009, orientando em Angola o Atlético Sport Aviação, representou ainda clubes brasileiros como o Santos ou Botafogo e a seleção de El Salvador.

Lusa

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Salif Keita

Nascido em Bamaco, em 1946, o antigo avançado maliano Salif Keita tornou-se um ícone do futebol de África e em França, a que chegou após uma atribulada saída do Mali, cujo Governo recusava a sua saída, e do Real Bamako, para se juntar ao Saint-Étienne.

Conseguiu três títulos seguidos de campeão de França nos les verts, com 71 golos marcados nas últimas temporadas naquele emblema, 42 só na época 1970/71, após ter recebido o primeiro prémio de Futebolista Africano do Ano, em 1970.

Mudou-se para o Marselha em 1972, mas o clube queria naturalizá-lo francês, o que recusou, saindo para o Valência, em Espanha, país em que enfrentou racismo por parte dos jornais desportivos.

A 'pérola negra do Mali', como ficou mais tarde conhecido, marcou também o emblema che e deixou o clube em 1976, para o Sporting, jogando em Lisboa ao lado de Jordão e Manuel Fernandes, entre outros, ganhando uma Taça de Portugal e apontando 33 golos em três anos.

Foi finalista vencido da Taça das Nações Africanas de 1972, presidiu à Federação Maliana de Futebol, esteve envolvido com o governo do seu país e foi votado um dos melhores africanos do último meio século pela Confederação Africana de Futebol.

O talento para o futebol passou também para os sobrinhos, com Seydou Keita parte da equipa do FC Barcelona que venceu tudo com Pep Guardiola, Mohamed Sissoko a jogar no Valência, Liverpool ou Juventus, e Sidi Yaya Keita no Lens.

Lusa


quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Tony de Portugal em entrevista: "É mais difícil ser heel mas gosto mais de picar a malta" (2008)

Tony de Portugal

David Pereira - O meu convidado de hoje autoproclama-se de “A nossa lenda viva”, ele é Tony… de… Portugal! Sê bem-vindo!
Tony de Portugal – Obrigado por estar aqui.

Gostava que nos dissesses o teu nome verdadeiro, a tua idade e o que fazes da vida além do wrestling)…
Bem, o meu nome verdadeiro é Francisco Valente, estou com 26 anos e trabalho no ramo da hotelaria.
Nasci em Portimão, essa bela localidade de passar férias

Realmente Portimão é muito bom para passar férias... Conta-me o teu percurso… desde quando começas-te a ver wrestling, como surgiu a criação da tua federação backyard quando tinhas apenas 10 anos, a entrada na APW, tudo até aos dias de hoje?
Bem, a primeira vez que tive contacto com este desporto foi nos anos 80, através de um vizinho meu que era imigrante dos EUA, uma vez fui a casa dele e ele estava a ver via satélite WWF, disse que era wrestling e depois até me emprestou umas VHS de uma outra federação que ele considerava melhor (AWA), fiquei logo viciado em wrestling! Era fantástico o que eles faziam, um desporto de luta a fazer coisas atléticas, rápidas e havia muito mais acção que o boxe era muito mais emocionante que qualquer outro desporto de combate! 
Depois tive uns tempos sem contacto com wrestling (a minha mãe não tinha satélite e o vizinho mudou-se), para aí em 1990, ao visitar o meu tio que era fã de wrestling e estava a dar (também num canal de satélite) e desde aí nunca mais parei de ver! 
Com os anos comecei a querer aprender a praticar esse desporto, eu jogava futebol de 11 mas wrestling era a minha paixão, como na altura não havia a informação que há hoje (internet, etc.) era muito mais difícil saber onde tentar praticar. Como não encontrei nada em Portugal, eu e uns amigos de Lagos decidimos (talvez estupidamente) fazer algo parecido com wrestling, e o resultado foi a federação backyard chamada LOW (Lagos Organization Wrestling). Então montámos uns pilares numa caixa de areia (de salto em comprimento), arranjámos umas cordas elásticas e lá começámos a imitar o que víamos. Como resultado parti um dedo da mão esquerda, na qual até hoje tenho o nervo do dedo deficiente. Mais tarde, por volta dos 13 anos, o wrestling em Portugal era moda na camada mais jovem, dava na RTP com o António Macedo (mais tarde veio o Tarzan Taborda), um colega da minha turma já andava na APW, então fui para lá, apesar de ser o desporto mais barato naquela altura era o que eu adorava fazer! Fisicamente era muito puxado, as condições a comparar com hoje eram horríveis e o que se sabia era através de ver e imitar. Continuei na APW mais ou menos até aos dias de hoje, o conhecimento foi aumentando, a experiencia e o contacto com internacionais etc., a beleza deste desporto é que também e muito autodidático, não é como o futebol, tu podes inventar um move de um dia para o outro e começar a ser utilizado em todo o mundo, enquanto futebol é muito mais um desporto com limitações, pelo que por volta dos meus 15 deixei essa modalidade.

Tony de Portugal numa das suas promos
Qual a tua reação quando vais ao Youtube e encontras vídeos de federações backyard?
Bom, não vejo muito o seu conteúdo a não ser quando me pedem, revejo-me um bocado neles, na vontade de querer praticar, mas não é o caminho certo porque podem magoar-se a sério ou até acontecer coisas piores, além do mais estão a imitar o que veem e isso é errado pois há uma maneira certa de fazer as coisas, onde pôr os braços, etc., há muitos segredos que de maneira nenhuma a ver wrestling pela televisão ou na internet se chega lá, ainda mais hoje em dia tens pessoas habilitadas em Portugal e federações com nome e bons contactos. Recomendo a todos que realmente queiram fazer wrestling a inscrever-se numa escola, já há ringue e eles sabem o que estão lá a fazer, além do mais hoje em dia há mercado. Para terem uma ideia, nem ringue havia quando eu comecei...
Deixem o backyard, pois é perigoso e se realmente querem aprender vão para um escola, se a vossa vontade for grande não é os quilómetros ou horários ou dinheiro que vos vai impedir de o fazer! Experimentem pelo menos só um treino, pois wrestling ao contrário do que se pensa não é para qualquer um, pois exige muito treino de uma pessoa!

Tu já saíste da APW várias vezes, pelo que sei algumas por desentendimento como a direção da federação, como é o clima lá?
Decidi sair algumas vezes quando ocupava lá o cargo de vice-presidente, houve choque com a direção pois eu não estava a gostar do rumo das coisas e desisti do cargo e eventualmente também acabei por sair. Outras vezes foi por questões de saúde, tenho algumas lesões graves que por vezes me impossibilitam de treinar/lutar. O ambiente hoje em dia é bom e dou-me bem com a maioria das pessoas. Tenho as minhas opiniões e críticas em relação ao produto, mas isso já eles sabem quais são.

Andei a pesquisar pela Internet e descobri que chegas-te mesmo a retirar-te do wrestling por ordem dos médicos em 2000, após te terem diagnosticado, segundo o Wikipédia, “três hérnias discais e a C-2 gasta” e “devido ao facto de que uma intervenção cirúrgica seria muito arriscada”. Pelo que me contaste recentemente não podes lutar muitas vezes devido a lesões. Teremos a infeliz noticia de uma retirada tua, em definitivo, para breve?
Até já devia ter saído, supostamente retirei-me num combate contra o Mad Dog no Montijo, e sinceramente era para ter saído aí, mas fizeram-me mais uns convites e o bichinho era tão grande que tive de lá voltar. Perdi peso e sentia-me bem, então voltei, mas se não me verem mais num ringue é porque as lesões não me deixam mesmo ir para lá! Por acaso, em relação às lesões na coluna (que não são as únicas), são a L5 e a C5, C6 e C7. Isto quer dizer que tenho uma lesão na zona lombar (L) e três na zona cervical (C) e pescoço. Não consigo dar murros corretamente, entre outras coisas. Também estoirei o joelho direito durante os anos em que joguei futebol de 11 e durante o serviço militar. Estou podre!

Batendo três vezes na mesa antes de fazer esta pergunta mas... Se pudesses escolher um wrestler de todo o mundo para essa despedida dos ringues, qual seria?
É claro que isso é impossível, mas no campo dos sonhos não me importava de ser contra estes quatro senhores, e por esta ordem: Jake “The Snake” Roberts, “The Million Dollar Man” Ted DiBiase, Ric Flair e Sid Vicious. São da velha guarda, mas foi com eles que comecei a ver wrestling.

Tony de Portugal na década de 2000
Nunca ambicionaste chegar mais longe na tua carreira? Nunca tiveste o sonho de chegar às grandes federações americanas como ROH, TNA e WWE?
Quando ainda não tinha tantas lesões não havia duas delas (TNA e ROH). Havia a WWF a WCW e ECW. Eu sempre fui muito realista, sempre tive a consciência que para ir mais longe tinha de fazer muito mais, tinha de ter um corpo maior e tinha de ir para o estrangeiro (EUA ou Japão) e tinha de ter algo que me destacasse dos outros. Ora, as lesões aparecerem por volta dos 18, 19 anos, e o meu sonho foi por agua abaixo.
Tive a sorte de conviver com internacionais, o que foi muito gratificante para mim e entrei no mesmo espetáculo que eles. Foi um sonho tornado realidade e o mais perto que eu poderia chegar dele.
Recomendo a alguém que se esteja a iniciar no wrestling para também, em conjunto com o treino da modalidade, faça musculação e muito cardio, mas mesmo muito cardio. Ficam logo à frente de muitos outros alunos.

Então e destas federações que eu referi, quais as que têm mais a ver contigo e com a APW?
Eu até gosto da TNA, agora o ringue não me consigo habituar a ele, acho estranho e não gosto. A WWE hoje em dia já não e o que era mas pronto, ROH tirando alguns gajos não gosto de tudo.
Acho e sempre achei a ROH uma boa rampa para o sucesso, mas a maioria dos combates que lá vi parecem encenado demais e o que eu mais detesto no wrestling é ver coisas que parecem muito encenadas (exemplo: um wrestler está à espera de um ataque qualquer por trás e fica parado sem se voltar, etc., nota-se que está a espera do golpe), isso é muito encenado, mas vê-se lá coisas interessantes.
Aliás, o resultado disso, e as pessoas que o veem, se a ROH fosse mesmo a melhor havia mais gente a ver, muita gente diz: 'ah, mas eles não têm os recursos'. É verdade, mas a antiga ECW também não tinha os recursos e chegou onde chegou porque o produto era mais credível a meu ver e também tinham lá um génio chamado Paul Heyman.

Qual o melhor wrestler com que tiveste em ringue?
É pá, a meu ver sempre achei Pavão o melhor wrestler português e continuo a achar o mesmo. É o que eu acho que tem o pacote total, sempre achei e continuo com a mesma opinião até aparecer alguém melhor.

Gostas da tua gimmick?
No inicio odiava a gimmick, eu não sou de musica pimba, mas com o tempo e quando fui percebendo melhor como o wrestling funciona vi que esta gimmick é das melhores em Portugal, quem percebe do negócio sabe que esta gimmick é muito mas muito boa, talvez no campo internacional não seja bom mas cá dentro de Portugal é das melhores que podes ter. As pessoas identificam-se logo com ela e é fácil de se lembrarem do nome. E se as pessoas se lembram é porque o teu trabalho está bem feito, assim também não caem na tentação de te darem alcunhas. Por outro lado, também há muita gente que gosta deste género musical, o que ainda se torna mais fácil para elas se lembrarem, e tipicamente uma personagem portuguesa é isso. Cá em Portugal há poucas personagens que vão buscar o nosso quotidiano.

Tony de Portugal sempre foi uma das figuras da APW
Realmente, e desculpa o termo, no roster da APW penso que há demasiadas gimmicks freaks... Preferes ser face ou heel?
É mais difícil ser heel mas gosto mais de picar a malta. Ás vezes é chato pois não tens o devido valor reconhecido pela maioria dos fãs mas é o que eu gosto mais de fazer. O roster da APW é muito parecido ao da WWE, pois tem muita "cor". Ás vezes até nem é culpa das gimmicks, pois muitas delas são boas.

Bem... isto pode parecer estranho, mas podias fazer uma promo nesta entrevista enaltecendo a tua gimmick? acho que seria interessante os nossos leitores verem do que se tratam as melhores promos que há no nosso país...
Claro que a teu ver sou o melhor wrestler português, não há ninguém tão bom como eu, não é ao acaso que me chamam a "Nossa Lenda Viva", ou achas que ganhei esta alcunha de estar a vender tremoços num jogo de bola? Eu sou o melhor cantor nacional e o melhor wrestler português de todos os tempos, sou e serei para sempre o melhor entertainer no mundo do wrestling português e ninguém mexe melhor no microfone como o Tony!

Já és reconhecido pelo povo quando passeias na rua?
Incrivelmente já tive esse prazer, e é muito fixe! Tive mais aí em Lisboa do que propriamente aqui no Algarve. Por acaso dei este ano uns autógrafos a uns rapazes em Lagos que eram do norte e me tinham visto no Impacto Total no Porto

Quais são os projetos da APW no futuro? Teremos de novo em Portugal grandes superstars como Rob Van Dam e Eugene, ou mesmo o roster da TNA?
A APW do que eu sei está a tentar fazer parcerias a nível internacional e estabelecer-se como mais um mercado na Europa, prova disso foi os últimos eventos que tem feito, em Espanha, espero que venham cá mais estrelas internacionais que em conjunto com a APW, ajuda o wrestling português a crescer e é mais um mercado para eles

Falando na vinda destas grandes superstars a Portugal, porque é que não vimos RVD ou Eugene em combates contra wrestlers portugueses? Algumas pessoas na blogosfera têm criticado isso e afirmam que o evento estava dividido em duas ligas...
Eu percebo o ponto de vista, mas o que é mais interessante? Ver RVD vs. Raven ou ver o RVD vs. Mad Dog ou outro qualquer da APW? Qual o combate que vai vender mais bilhetes? Além do mais, há muitos assuntos no backstage que não fazem as coisas serem tão simples.
Não é uma questão de divisão, mas sim de lucros, quem não perceber isso não percebe muito do assunto, e certo que se poderia fazer algo em parceria mas se viram os dois shows viram o Eugene a bater no Iceborg. Noutro campo o Mad Dog já teve lá em Espanha os combates com internacionais.
Parece simples fazer combates mas não é assim, especialmente quando já são estrelas com grande nome, há muitas "regras" no backstage. Quando eles estão no inicio da carreira são mais acessíveis, pelo menos essa é a minha experiencia.

Muitas pessoas criticam o facto da APW possuir um campeão que não é muito dotado no ringue e que não tem carisma, comparando contigo, por exemplo. Qual opinião sobre o booking da federação e sobre o Mad Dog?
Bom, não é o booking que eu faria se fosse eu a mandar. Prefiro não responder à segunda parte da questão… sou amigo do Mad Dog.

Ok... Custa-te nunca teres sido Campeão Nacional da APW? Ainda é um objetivo teu?
Não me custa nada, fui campeão júnior e chegou-me! Gostava de o ser mas não é grande objetivo, para seres campeão tens, no meu ver, de estar em excelentes condições físicas, tens de merecer e estar sempre pronto para qualquer espetáculo. Ora eu não estou nessas condições. Por outro lado, sempre achei que posso não ser campeão, mas as pessoas vão lembrar-se de mim. Não é preciso um cinto para as pessoas saberem quem tu és, se fores bom e fizeres as coisas bem feitas tu próprio metes o teu nome no mapa. Parece-me que consegui, apesar de tudo, com que as pessoas se lembrem de mim, e não fui campeão. Logo isso quer dizer qualquer coisa.

Existe rivalidade entre APW e WP?
Se dissesse que não estava a mentir. Há pessoas de ambos os lados que não se "topam", infelizmente, é mau para o negócio. Se alguma vez isso vai acabar? Acho difícil, acaba quando uma das duas deixar de existir, penso eu, e depois vai continuar na Internet à mesma. Felizmente há pessoas de um lado e outro que mantêm contacto e dão-se bem, mais uma prova que não interessa o sítio onde se está, mas sim as pessoas. Compreendo os dois lados, concordo com coisas de um lado e de outro, mas prefiro ficar de fora dessa guerra, acho que é uma perda de tempo, porque no fim o público é que decide, e haverá sempre quem gosta de gregos e outros que gostam de troianos. Eu, felizmente, dou-me bem com a maioria da pessoas envolvidas no negócio.

Como vês o futuro do wrestling em Portugal?
Essa é complicada! Espero que o WP cresça, pois assim há concorrência, o que sempre é bom para qualquer negócio. Espero também que a APW se torne melhor, penso que o futuro está muito incerto, mas espero que não acabe. Isso era o pior cenário, espero que tenhamos no global fazer deste desporto passar um bocado do underground para um desporto que apesar de não ser mainstream seja reconhecido pelos portugueses e tenha uma boa base para se aguentar durante varias décadas. Esse é o meu desejo.

Em entrevista ao Record, o lutador inglês Pac afirmou que o publico português é muito barulhento. Estás de acordo com ele?
Sim. Se bem estimulado o publico português é dos melhores, e apesar de ter feito muitos combates, tenho de tirar o chapéu ao público alentejano e açoriano, dos melhores que já vi até hoje. O açoriano então nem se fala, proporcionaram-me dos melhores momentos até hoje. Se esse combate foi o meu último, então fico satisfeito! Está no Dailymotion, caso ainda não tenhas visto, é um excerto da promo.




Entrevista publicada originalmente a 21 de agosto de 2008



sábado, 24 de maio de 2008

Éric Cantona

Este francês muito dotado, jogador brilhante com um bom toque de bola, também tinha uma personalidade impetuosa que lhe valeu alguns dissabores em França. Por isso, exilou-se para Inglaterra, para Leeds e, depois, para o Manchester United, onde o seu French Flair produziu maravilhas e, tal como o seu temperamento, entusiasmou os espectadores. 


DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


quinta-feira, 15 de maio de 2008

Raí

Era um jogador de raça pura dos grandes atacantes: sóbrio, inteligente, tecnicamente hábil e perigoso finalizar. Depois de uma difícil adaptação, o capitão da seleção brasileira conquistou Paris e a Europa. Era um prazer vê-lo jogar.


DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


quinta-feira, 8 de maio de 2008

Franco Baresi

Considerado como o melhor líbero do mundo no seu tempo, era um defesa moderno que dominava a arte de defender com virtuosismo.

Era raro falhar na sua marcação cerrada. Mas Franco Baresi também era um devorador de espaços e as suas reposições eram perfeitas.

A sua longevidade ao mais alto nível – fez parte da equipa principal do AC Milan entre 1977 e 1997 – é excecional.


DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


domingo, 13 de abril de 2008

Rudi Völler

Eis um batalhador do futebol, um avançado-centro profissional que envenenou todas as defesas da Europa, ao mais alto nível, durante mais de dez anos. Ganhou o Campeonato do Mundo em 1990 com a Alemanha e a Liga dos Campeões de 1993 com o Marselha

DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


quinta-feira, 10 de abril de 2008

Helenio Herrera

Para compensar as falhas defensivas da tática da moda da altura, o 4x2x4, o treinador franco-argentino Helennio Herrera concebeu um sistema super-reforçado a nível defensivo através da criação do posto de líbero.
 
Este jogador “cobria” os seus defesas e colmatava (com… betão!) as brechas que o ataque conseguia abrir. É evidente que, embora o futebol se jogasse sempre a 11, não se encontravam senão três atacantes na linha ofensiva.
 
Este sistema fez com que, apesar de tudo, o Inter de Milão, treinado por Helennio Herrera, ganhasse a Taça dos Clubes Campeões Europeus duas vezes seguidas, em 1964 e 1965.
 
Numa altura em que todas as equipas eram conhecidas pelos seus principais futebolistas, como o Real Madrid de Di Stéfano ou o Benfica de Eusébio, Herrera foi provavelmente o primeiro treinador a recolher créditos pelo sucesso das suas equipas.

DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


sexta-feira, 21 de março de 2008

Ronaldinho Gaúcho

Um ídolo de infância, o futebolista que mais me fascinou e aquele que metia os miúdos todos a tentar imitar o seu vasto leque de fintas: Ronaldinho Gaúcho.

Hoje em dia valoriza-se imenso a qualidade de passe e oiço recorrentemente miúdos a dizer que preferem assistir a marcar. Fica-lhes bem. O passe é, de facto, o gesto técnico que permite que uma equipa progrida mais depressa no campo, mas quando eu era miúdo a qualidade futebolística de cada um tinha quase como métrica única a qualidade de drible. Quem fintava melhor era considerado o melhor jogador. E as vírgulas e os elásticos de Ronaldinho eram as fintas que todos tentavam imitar. 

No auge de Ronaldinho o talento estava melhor distribuído, não havia tanta concentração de qualidade em poucas equipas, e por isso era bem mais difícil atingir os números de Ronaldo, Messi e agora Mbappé e Haaland. Basta ver que os recordes de pontos de uma equipa em cada uma das principais ligas europeias foram batidos nos últimos dez, onze anos: 102 na Serie A em 2013-14 (Juventus), 100 na liga espanhola em 2011-12 (Real Madrid) e 2012-13 (Barça), 100 na Premier League em 2017-18 (Manchester City), 96 na liga francesa em 2015-16 (PSG), 91 na liga alemã em 2012-13 (Bayern) e 91 na liga portuguesa em 2021-22 (FC Porto).

Ronaldinho só ganhou uma Bola de Ouro (mas ganhou tudo coletivamente), teve um período áureo de apenas quatro ou cinco anos, mas quem viveu esse período, sobretudo na infância e da adolescência, sabe o quão marcante foi.

Foi sobretudo ele que voltou a fazer do Barcelona uma potência do futebol europeu, depois de um período bastante conturbado que o clube viveu desde a saída de Figo (2000) até à chegada do brasileiro (2003).


domingo, 9 de março de 2008

Youri Djorkaeff

O pai foi um grande defesa da equipa nacional francesa. Youri tornou-se um dos esteios essenciais desta seleção e do Paris Saint-Germain, onde a sua técnica, a sua clarividência e o seu sentido para o golo fizeram maravilhas. Foi, indubitavelmente, um grande jogador.


DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Emmanuel Adebayor

O avançado internacional togolês Emmanuel Adebayor colocou esta terça-feira um ponto final na carreira de futebolista, aos 39 anos, depois de se ter notabilizado, nomeadamente, na Liga inglesa, ao serviço de Arsenal, Manchester City e Tottenham.
 
Apesar da longa carreira, o ponta de lança africano, que vestiu as cores do Togo no Mundial de 2006, na Alemanha, apenas conta com dois títulos conquistados e ambos na época 2010/11. Pelo Manchester City, ergueu a Taça de Inglaterra, e, na segunda metade da temporada, já cedido pelos citizens, a Taça do Rei de Espanha, ao serviço do Real Madrid, sob o comando do português José Mourinho.
 
Pelo Togo, foi internacional em 84 ocasiões e tornou-se no maior artilheiro da história do seu país, com um total de 32 golos.
 
Adebayor iniciou a carreira como sénior nos franceses do Metz, em 2000/01, seguindo-se o Mónaco, em 2003/04, emblema que serviu até ingressar no campeonato inglês, para servir o Arsenal entre 2006 e 2009.
 
O Manchester City foi o passo seguinte, sendo que foi cedido em 2011 ao Real Madrid, clube no qual acabou por não permanecer, cumprindo novo empréstimo em Inglaterra, mas ao serviço do Tottenham.
 
Crystal Palace, de Inglaterra, Basaksehir e Kayserispor, ambos da Turquia, Olimpia, do Paraguai, são os outros clubes que serviu na fase descendente da carreira, concluída no AC Semassi, do Togo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Hristo Stoichkov

Melhor marcador da Europa em 1990, depois Bola de Ouro em 1994, este búlgaro nervoso e rápido foi um notável rematador, mas muito temperamental. É pena, porque seria ainda melhor. O Barcelona, que o recebeu, felicita-se no entanto por isso. 


DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Romário

Possuía um fantástico instinto para os golos e era um jogador fantasioso, verdadeiro herói no seu país após a vitória do Brasil no Campeonato do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Foi um dos principais obreiros desta conquista, com cinco golos.

DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa






segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Gianluigi Buffon

Campeão mundial pela Itália em 2006, na competição que decorreu na Alemanha, Gianluigi Buffon acabou a carreira como recordista de internacionalizações pelo seu país, com 176 - esteve em cinco campeonatos do mundo e quatro europeus -, enquanto, a nível de clubes, conquistou praticamente todos os títulos, excluindo a Liga dos Campeões, a grande mancha no seu currículo.

Sempre com a Juventus, emblema que representou durante 19 épocas, Buffon esteve em três finais da Champions (2002/03, 2014/15 e 2016/17), mas acabou sempre derrotado.

Após conquistar uma Taça UEFA e uma Taça de Itália com o Parma, clube em que fez toda a formação e começou a carreira, Gigi transferiu-se para a Juventus em 2001/02, tornando-se na altura no guarda-redes mais caro da história do futebol, com uma transferência de 52 milhões de euros.

Com a equipa de Turim, Buffon somou 10 campeonatos italianos, cinco taças de Itália e uma Serie B, em 2006/07, após a Juventus ter sido castigada com a descida de divisão devido a um caso de corrupção.

Em 2018/19, o italiano rumou a França para representar o Paris Saint-Germain, vencendo uma Ligue 1, mas na época seguinte regressou à Juventus, em que se manteve mais duas temporadas até terminar a carreira no Parma, o emblema pelo qual se tinha estreado como profissional em novembro de 1995, quando o técnico Nevio Scala o lançou na baliza gialloblù, com apenas 17 anos.

A nível individual, Buffon foi eleito o melhor guarda-redes por 13 vezes e foi mesmo o melhor jogador da época para a UEFA em 2002/03.

O guardião, que participou em mais de 1100 encontros, termina a carreira igualmente com o estatuto de jogador com mais jogos na Serie A (657), superando nomes lendários como Paolo Maldini, Francesco Totti ou Dino Zoff.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Neno

Formado no Barreirense, o antigo guarda-redes internacional português Neno passou por Vitória de Guimarães, Benfica e Vitória de Setúbal.

Nem 27 de janeiro de 1962, na Cidade Velha, em Cabo Verde, Adelino Barros, conhecido como Neno no futebol, ganhou três campeonatos e três Taças de Portugal pelo Benfica, além de uma Taça de Portugal pelo Vitória de Guimarães.

Ao serviço da seleção portuguesa fez nove encontros, entre 1989 e 1996.

Conhecido como "o guarda-redes cantor" ou "o Julio Iglesias da baliza", Neno chegou a partilhar o palco com o músico espanhol e em 1996 lançou mesmo um álbum, Neno Neno Neno.

Morreu precocemente em junho de 2021, aos 59 anos, vítima de doença súbita.


sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Joël Bats

 A seleção do Brasil, no Campeonato do Mundo de 1986, revelou ao mundo um grande guarda-redes, que multiplicou as proezas e permitiu à França chegar às meias-finais.

Chamava-se Joël Bats e entrava no top dos 20 grandes jogadores franceses. Calmo, brilhante, mas também poeta com talento, conquistou a admiração pela sua longevidade ao mais alto nível, após uma luta vitoriosa contra uma doença considerada implacável, o cancro. 

DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


sábado, 15 de dezembro de 2007

Rabah Madjer

Foi um dos grandes atacantes do Magrebe, bola de ouro africana em 1987, vencedor da Taça das Nações com o seu país, a Argélia, e vencedor da Taça dos Campeões Europeus com o FC Porto, onde brilhou e revelou qualidades técnicas excecionais, nomeadamente aquele toque de calcanhar inesquecível que deu a vitória ao seu clube. 

DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Sandro Mazzola

Filho de peixe sabe nadar; Sandro, filho de Valentino, foi melhor do que o pai e tornou-se, 20 anos depois dele, um jogador indispensável para a seleção italiana de Helenio Herrera.

Infelizmente, era a altura do betão e Sandro aborrecia-se…


DESHORS, Michel (1998) O Futebol – As Regras. A Técnica. A Prática. Lisboa, Editorial Estampa


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