O argentino que saiu do Inter para o banco do FC Porto. Quem se lembra de Mariano González?
Mariano González somou 11 golos em 121 jogos pelo FC Porto
Um jogador útil, um bom suplente,
mas nada mais nem menos do que isso. No Dragão
não foi vedeta nem flop, apesar de o currículo no qual constavam
internacionalizações pela seleção
principal da Argentina e uma passagem pelo Inter
de Milão ter feito suspirar por mais.
Extremo destro que no FC
Porto atuou maioritariamente na ala direita, cresceu nas camadas jovens e
na equipa principal do Racing
Club de Avellaneda, estreando-se nos seniores aos 21 anos. O seu primeiro
golo pela La
Academia, então orientada por Osvaldo Ardiles, garantiu a vitória à sua
equipa diante do Boca
Juniors em plena La Bombonera a 22 de setembro de 2002 (3-4).
No ano seguinte estreou-se pela seleção
argentina, pela mão de Marcelo
Bielsa, e em 2004 participou em dois torneios de seleções, ajudando a albiceleste
a sagrar-se campeã olímpica em Atenas e finalista vencida da Copa
América.
Também em 2004 deu o salto para o
futebol europeu, mais precisamente para os italianos do Palermo,
contribuindo para honrosas classificações na Serie
A como o sexto lugar em 2004-05 e a quinta posição na temporada seguinte.
Ao serviço dos rosaneri
somou nove golos em 69 jogos ao longo de duas épocas.
Os bons desempenhos valeram-lhe
um empréstimo ao Inter
de Milão em 2006-07, mas esteve quase na sombra de jogadores como Luís Figo
e Dejan Stanković. Ainda assim, atuou em 24 partidas em todas as competições e
apontou um golo, ajudando os nerazzurri
a conquistar o scudetto.
Na época que se seguiu, foi
cedido ao FC
Porto, acabando por assinar a título definitivo no verão de 2008 – precisamente
na mesma altura em que os dragões
venderam Ricardo
Quaresma para o Inter
–, numa transferência que rendeu 3,25 milhões de euros aos sicilianos. Nunca se afirmou como um titular
indiscutível no 4x3x3 por Jesualdo Ferreira, tendo estado tapado por Quaresma,
Tarik
Sektioui e Hulk, mas iniciava vários jogos face à ausência dos habituais
titulares e numa lógica de gestão de esforço do plantel e era muitas vezes
suplente utilizado. Em 73 encontros que disputou no campeonato pelo FC
Porto, começou apenas 33. E em 18 partidas na Liga
dos Campeões, foi titular em somente sete. Mas na Taça
de Portugal (14 vezes em 18 jogos disputados) e na Taça
da Liga (9 em 10) foi aproveitando para assumir a titularidade. Sem deslumbrar nem dececionar,
marcou um golo ao cair do pano que valeu um empate a dois em Old Trafford na
primeira-mão dos quartos de final da Champions
em 2008-09.
E também faturou numa goleada por
5-2 ao Sporting
para os quartos de final da Taça
de Portugal na época seguinte.
Apesar do estatuto de figura
secundária, ainda somou uma (9.ª e) última internacionalização pela seleção
principal da Argentina quando defrontou a Bielorrússia num particular disputado
em agosto de 2008. Esteve afastado dos relvados
entre março de 2010 e janeiro de 2011 devido a uma rotura total do ligamento
cruzado anterior do joelho direito, regressando já na era André
Villas-Boas. Não foi utilizado na caminhada que culminou na conquista da Liga
Europa, mas foi a tempo de em 2010-11 conquistar o seu terceiro campeonato
português (depois dos de 2007-08 e 2008-09) e a sua terceira Taça
de Portugal (após as de 2008-09 e 2009-10) – também venceu a Supertaça
Cândido de Oliveira em 2009.
Em julho de 2011 deixou o FC
Porto a custo zero e voltou à Argentina para representar os Estudiantes
de La Plata. Até ao final da carreira passou ainda por Arsenal de Sarandí,
Huracán, Colón e Santamarina, tendo chegado a ser treinador interino deste último
no derradeiro ano da carreira, em 2022.
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