segunda-feira, 5 de maio de 2025

O argentino que saiu do Inter para o banco do FC Porto. Quem se lembra de Mariano González?

Mariano González somou 11 golos em 121 jogos pelo FC Porto
Um jogador útil, um bom suplente, mas nada mais nem menos do que isso. No Dragão não foi vedeta nem flop, apesar de o currículo no qual constavam internacionalizações pela seleção principal da Argentina e uma passagem pelo Inter de Milão ter feito suspirar por mais.
 
Extremo destro que no FC Porto atuou maioritariamente na ala direita, cresceu nas camadas jovens e na equipa principal do Racing Club de Avellaneda, estreando-se nos seniores aos 21 anos. O seu primeiro golo pela La Academia, então orientada por Osvaldo Ardiles, garantiu a vitória à sua equipa diante do Boca Juniors em plena La Bombonera a 22 de setembro de 2002 (3-4).
 
 
No ano seguinte estreou-se pela seleção argentina, pela mão de Marcelo Bielsa, e em 2004 participou em dois torneios de seleções, ajudando a albiceleste a sagrar-se campeã olímpica em Atenas e finalista vencida da Copa América.
 
 
Também em 2004 deu o salto para o futebol europeu, mais precisamente para os italianos do Palermo, contribuindo para honrosas classificações na Serie A como o sexto lugar em 2004-05 e a quinta posição na temporada seguinte. Ao serviço dos rosaneri somou nove golos em 69 jogos ao longo de duas épocas.
 
 
Os bons desempenhos valeram-lhe um empréstimo ao Inter de Milão em 2006-07, mas esteve quase na sombra de jogadores como Luís Figo e Dejan Stanković. Ainda assim, atuou em 24 partidas em todas as competições e apontou um golo, ajudando os nerazzurri a conquistar o scudetto.
 
 
Na época que se seguiu, foi cedido ao FC Porto, acabando por assinar a título definitivo no verão de 2008 – precisamente na mesma altura em que os dragões venderam Ricardo Quaresma para o Inter –, numa transferência que rendeu 3,25 milhões de euros aos sicilianos.
 
Nunca se afirmou como um titular indiscutível no 4x3x3 por Jesualdo Ferreira, tendo estado tapado por Quaresma, Tarik Sektioui e Hulk, mas iniciava vários jogos face à ausência dos habituais titulares e numa lógica de gestão de esforço do plantel e era muitas vezes suplente utilizado. Em 73 encontros que disputou no campeonato pelo FC Porto, começou apenas 33. E em 18 partidas na Liga dos Campeões, foi titular em somente sete. Mas na Taça de Portugal (14 vezes em 18 jogos disputados) e na Taça da Liga (9 em 10) foi aproveitando para assumir a titularidade.
 
Sem deslumbrar nem dececionar, marcou um golo ao cair do pano que valeu um empate a dois em Old Trafford na primeira-mão dos quartos de final da Champions em 2008-09.
 
 
E também faturou numa goleada por 5-2 ao Sporting para os quartos de final da Taça de Portugal na época seguinte.
 
 
Apesar do estatuto de figura secundária, ainda somou uma (9.ª e) última internacionalização pela seleção principal da Argentina quando defrontou a Bielorrússia num particular disputado em agosto de 2008.
 
Esteve afastado dos relvados entre março de 2010 e janeiro de 2011 devido a uma rotura total do ligamento cruzado anterior do joelho direito, regressando já na era André Villas-Boas. Não foi utilizado na caminhada que culminou na conquista da Liga Europa, mas foi a tempo de em 2010-11 conquistar o seu terceiro campeonato português (depois dos de 2007-08 e 2008-09) e a sua terceira Taça de Portugal (após as de 2008-09 e 2009-10) – também venceu a Supertaça Cândido de Oliveira em 2009.
 
 
Em julho de 2011 deixou o FC Porto a custo zero e voltou à Argentina para representar os Estudiantes de La Plata. Até ao final da carreira passou ainda por Arsenal de Sarandí, Huracán, Colón e Santamarina, tendo chegado a ser treinador interino deste último no derradeiro ano da carreira, em 2022.
 
 


 



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