segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Recorde os 8 jogos das equipas portuguesas no Philips Stadion

Philips Stadion foi inaugurado em dezembro de 1910
Palco da final da Taça UEFA em 2006 e de três jogos do Euro 2000, incluindo o Portugal-Inglaterra de boa memória, o Philips Stadion foi construído há mais de um século, tem atualmente uma capacidade de pouco mais de 35 mil espetadores e é a casa do PSV.
 
Inaugurado a 12 de dezembro de 1910 e localizado em Eindhoven, é o terceiro maior estádio nos Países Baixos e tem como assistência recorde as 35 292 pessoas que assistiram ao PSV-Manchester United a 12 de setembro de 2015.
 
Ao longo de quase cinco décadas, o Philips Stadion já recebeu por oito vezes visitas de equipas portuguesas em jogos oficiais, que se traduziram em três vitórias do PSV, quatro empates e um triunfo luso.
 
Vale por isso a pena recordar os nove jogos de equipas portuguesas no Philips Stadion.
 
 
5 de março de 1975 – 1.ª mão dos quartos de final da Taça das Taças
Numa altura em que o futebol neerlandês atravessava um momento extraordinário, ainda que mais por culpa do Ajax e da seleção laranja, lideradas em campo por Cruyff, o PSV defrontou pela primeira vez uma equipa portuguesa numa competição europeia, o Benfica, que ainda contava com Eusébio, nos quartos de final da Taça das Taças.
A equipa de Eindhoven, com Willy van der Kuijlen e os irmãos Willy e René van de Kerkhof, não foi além de um empate a zero no Philips Stadion, na primeira-mão, na altura considerado um resultado que beneficiava mais o Benfica. O jogo ficou marcado por um choque brutal entre Willy van de Kerkhof e o guarda-redes benfiquista José Henrique que motivou a substituição de ambos.
Contudo, o PSV viria a vencer por 2-1 no Estádio da Luz e assim carimbar a passagem para as meias-finais. Willy van de Kerkhof e van der Kuijlen marcaram os golos neerlandeses – pelo meio, Humberto Coelho faturou para as águias.

Imagem do choque entre José Henrique e Willy Van de Kerkhof

 
26 de outubro de 1988 – 1.ª mão da 2.ª eliminatória da Taça dos Campeões Europeus
Frente a frente, aqueles que eram, na altura, os dois últimos campeões europeus: PSV (1988) e FC Porto (1987).
O detentor do título justificou o estatuto e, ao contrário do que havia acontecido na final de Estugarda diante do Benfica (0-0), aplicou uma goleada.
O 5-0 final já se verificava aos 52 minutos, quando a equipa comandada por Guus Hiddink fechou a contagem. Wim Kieft (15’), Juul Ellerman (37’), Ronald Koeman (42’ e 52’) e Anton Jansen (48’) marcaram os golos da equipa de Eindhoven, que tinham ainda na equipa o lateral esquerdo dinamarquês Jan Heintze, o lateral direito belga Eric Gerets, o futuro central sportinguista Stan Valckx e o guarda-redes internacional neerlandês Hans van Breukelen.
Quinito ainda dirigiu a equipa quatro dias depois, num empate em Fafe, mas depois foi demitido do comando técnico dos dragões, que ainda contavam com campeões europeus como João Pinto, Inácio, Sousa, André, Jaime Pacheco e Madjer.
Na segunda-mão, os azuis e brancos deram melhor imagem, mas o 2-0 que se verificou nas Antas foi insuficiente para virar a eliminatória.
 
 
 
7 de abril de 1993 – 5.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões
A única vitória de uma equipa portuguesa no Philips Stadium.
Na primeira época sob a designação Liga dos Campeões, a fase de grupos servia para determinar imediatamente os dois finalistas, ao invés de, como hoje em dia, os apurados para os oitavos de final. E PSV e FC Porto ficaram integrados no Grupo B, juntamente com os italianos do AC Milan e os suecos do Gotemburgo.
Numa fase em que ambas as equipas já estavam matematicamente afastadas do primeiro lugar do agrupamento, os azuis e brancos então comandados pelo brasileiro Carlos Alberto Silva e com figuras como Vítor Baía, Fernando Couto, Jorge Costa e Paulinho Santos no onze inicial foram a Eindhoven vencer por 1-0 o PSV de Romário, Van Breukelen, Heintze e companhia.
O brasileiro Zé Carlos, na conversão de uma grande penalidade, apontou o único golo do encontro aos 71 minutos.
Nas Antas, meses antes, tinha havido empate a dois golos.
 
 
 
9 de dezembro de 1998 – 6.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões
Mais um jogo que praticamente só servia para cumprir calendário, uma vez que PSV e Benfica entraram na última jornada da fase de grupos já sem possibilidade de ultrapassar os alemães do Kaiserslautern, primeiro classificado do agrupamento. Havia apenas a ténue possibilidade de o Benfica ser um dos dois melhores (entre seis) segundos classificados.
O contexto ajudou a que se tivesse assistido a um jogo aberto em Eindhoven. O PSV comandado por Bobby Robson e com Abel Xavier em campo adiantou-se aos 41 minutos, por intermédio do russo Dmitri Khokhlov. Entretanto, Nuno Gomes bisou (47’, de penálti, e 64’) e virou o jogo, mas à beira do apito final o conjunto encarnado então orientado por Graeme Souness permitiu o golo do empate, apontado pelo inevitável Ruud van Nistelrooy (89’).
Na Luz, o Benfica havia vencido por 2-1.
 
 
 
14 de abril de 2011 – 2.ª mão dos quartos de final da Liga Europa
13 anos e meio depois, o mesmo resultado.
Ferido no orgulho três dias depois de ter perdido o título nacional em casa para o FC Porto, o Benfica de Jorge Jesus dizimou em Lisboa com uma goleada por 4-1 que teve nota artística e que até terá pecado por escassa – golos de Aimar (37’), Salvio (45’ e 52’) e Saviola (90+3’) faturaram para os encarnados e Labyad (80’) para os neerlandeses.
No jogo de Eindhoven, porém, o PSV chegou a sonhar com a reviravolta na eliminatória, uma vez que aos 25 minutos já se encontrava a vencer por 2-0, ou seja, a apenas um golo do apuramento (caso não sofresse mais). Na sequência de um ataque rápido conduzido por Lens pela direita, Dzsudzsák inaugurou o marcador (17’). Depois foi a vez do próprio Lens faturar, na recarga a um remate defendido por Roberto. Quando a passagem do Benfica para as meias-finais parecia tremida, emergiu o capitão Luisão, que aproveitou uma saída do guarda-redes Isaksson da baliza do PSV para rematar de forma acrobática para o fundo das redes, no último lance da primeira parte. No segundo tempo, Cardozo empatou o jogo na conversão de uma grande penalidade a castigar falta sobre César Peixoto.
 
 
 
18 de setembro de 2014 – 1.ª jornada da fase de grupos da Liga Europa
Nem só os três grandes e a seleção têm visitado o Philips Stadion. Também o Estoril, nesta fase orientado por José Couceiro depois de ter sido apurado para a Liga Europa pela segunda época consecutiva.
Os canarinhos até deram boa réplica, provocando incerteza no resultado até ao apito final, mas saíram derrotados pela margem mínima, graças a um golo solitário de Luuk de Jong na conversão de uma grande penalidade (26 minutos).
Dois meses depois, na Amoreira, houve empate a três golos, tendo os estorilistas falhado o apuramento para os 16 avos de final.
 
 
 
19 de setembro de 2019 – 1.ª jornada da fase de grupos da Liga Europa
A primeira vez do Sporting no Philips Stadion, que tal como o Estoril foi a Eindhoven no arranque da fase de grupos da Liga Europa, numa fase em que ambos os clubes viviam crises de maus resultados.
Os neerlandeses, então comandados por Mark van Bommel, começaram melhor e colocaram-se a vencer por 2-0 ainda antes da meia hora, graças aos golos de Donyell Malen (19 minutos) e Coates na própria baliza (25’). Bruno Fernandes ainda reduziu antes do intervalo, na conversão de um penálti (38’), mas no início da segunda parte Timo Baumgartl fez o 3-1 para o PSV, equipa na qual jogava o português e antigo jogador leonino Bruma (48’). O melhor que os verde e brancos conseguiram foi reduzir a desvantagem, por intermédio do recém-entrado Pedro Mendes (82’).
 
 
 
24 de agosto de 2021 – 2.ª mão do playoff de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões
Quarto jogo no Philips Stadion entre PSV e Benfica, quarto empate.
Na primeira-mão, na Luz, o Benfica de Jorge Jesus conseguiu aproximar-se da fase de grupos ao vencer por 2-1, com Rafa Silva (10 minutos) e Weigl (42’) a marcarem para as águias e Cody Gakpo (51’) para os neerlandeses, então comandados por Roger Schmidt.
Em Eindhoven, as águias tiveram de sofrer para segurar o empate a zero, sobretudo devido à expulsão de Lucas Veríssimo, logo aos 32 minutos, que deixou a equipa reduzia a apenas dez unidades durante cerca de uma hora.
 









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