quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre FC Porto e Shakhtar

Portista Hulk com a oposição de Mkhitaryan
 
Estávamos a 13 de setembro de 2011. Dragões e ucranianos tinham ficado alojados no mesmo grupo de APOEL e Zenit e iniciavam nessa noite a participação na Champions. Os azuis e brancos tinham vencido a Liga Europa quatro meses antes, mas era o ex-adjunto Vítor Pereira que comandava a equipa e não o principal obreiro da conquista, André Villas Boas; o principal goleador das duas épocas anteriores, Radamel Falcao, havia saído para o Atlético Madrid sem que tivesse sido contratado um sucessor à altura; e alguns jogadores, talvez frustrados por não terem dado o salto para um colosso europeu no verão, apresentavam algum sub-rendimento.
 
Do outro lado estava um Shakhtar que, visto agora, há distância de mais de uma década, tinha um plantel muito interessante: Chygrynskiy (central que passou pelo Barcelona), Jádson (nunca atingiu um colosso europeu mas era dos melhores dos ucranianos), Fernandinho (viria a representar o Manchester City), Srna, Mkhitaryan (hoje no Inter depois de passar por Borussia Dortmund, Manchester United, Arsenal e Roma), Willian (que viria a representar Chelsea e Arsenal), Luiz Adriano (goleador-mor naquela altura e viria a jogar no AC Milan), Eduardo da Silva (ex-Arsenal) e Douglas Costa (viria a passar por Bayern Munique e Juventus).
 
 
E como quem não marca arrisca-se a sofrer, o Shakhtar colocou-se em vantagem aos 12 minutos, por intermédio de Luiz Adriano, que aproveitou uma defesa incompleta de Helton a uma bola rematada por Willian para ser bem-sucedido na recarga.
 
Aos 25 minutos foi anulado o 0-2 aos ucranianos, comandados pelo mítico Mircea Lucescu, e praticamente na resposta o FC Porto chegou ao empate, através de um livre direto executado por Hulk.
 
A partir daí, os azuis e brancos superiorizaram-se completamente ao adversário, uma tendência para a qual contribuiu a expulsão direta de Rakitskiy ao minuto 40, devido a entrada dura sobre João Moutinho.
 
No início do segundo tempo, chegou o 2-1, com o sucessor de Falcao, Kléber, a faturar, na sequência de um cruzamento rasteiro de James Rodríguez a partir da esquerda (51’).
 
Os dragões tentaram a tudo o custo ampliar a vantagem, mas nunca o conseguiram, o que até ao apito final causou a sensação de alguma intranquilidade, pois a vantagem era pouco cómoda apesar de o Shakhtar não atacar muito.
 
Na crónica redigida para este blogue, elogiei a resposta portista ao golo sofrido e à determinação em procurar o golo que lhe desse vantagem, assim como a forma como a equipa soube controlar e dominar o jogo, gerir a posse de bola e criar situações de golo, ainda quem sem a eficácia necessária no capítulo da finalização.
 
Individualmente destaquei “mais uma grande exibição” de James Rodríguez, mas, apesar do golo, realcei a missão complicada de Kléber para fazer esquecer Falcao. Do lado do Shakhtar realcei a tripla brasileira do ataque: o “extremo rapidíssimo” Willian, o “playmaker de classe” Jadson e o “eficaz” e “excelente ponta de lança” Luiz Adriano.
 
 
 
Mais de dois meses depois, as duas equipas voltaram a defrontar-se, desta vez em Donetsk. O FC Porto voltou a vencer, desta feita por 2-0, graças a golos de Hulk e de Rat na própria baliza.
 
 
 
Contudo, os seis pontos obtidos pelos dragões diante do Shakhtar revelaram-se insuficientes para seguir em frente na Champions, uma vez que nos restantes quatros jogos os azuis e brancos apenas somaram dois pontos – APOEL e Zenit conseguiram um total de nove.








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