segunda-feira, 24 de julho de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre Sporting e Real Sociedad

Sportinguista Jefferson protege a bola de Carlos Vela
Ainda não era nascido aquando dos duplos confrontos entre Sporting e Real Sociedad nos quartos de final da Taça dos Campeões Europeus em 1982-83 e na segunda eliminatória da Taça UEFA em 1988-89. Também não era nascido ou era muito pequeno quando os dois conjuntos se defrontaram em jogos particulares na década de 1990. O primeiro duelo de que me recordo entre as duas equipas remonta a 27 de julho de 2013, no encontro de apresentação dos leões aos sócios.
 
Na altura, o Sporting vinha de um 7.º lugar no campeonato e o novo presidente, Bruno de Carvalho, tinha despachado alguns dos pesos pesados (em termos salariais) do plantel, o que baixou as expectativas. Mas foi um baixar as expectativas que recebeu um bom acolhimento. Jogadores da formação como Cédric, William Carvalho, André Martins, Adrien Silva e Wilson Eduardo foram alvos de apostas renovadas, enquanto os reforços eram low cost: Maurício, Jefferson, Salim Cissé, Fredy Montero, Gerson Magrão e Slimani, entre outros. O treinador escolhido foi Leonardo Jardim, que também teve boa aceitação porque vinha a fazer bons trabalhos em todos os clubes onde tinha trabalhado. E o que é certo é que esta equipa desde cedo mostrou que não ficava em nada a dever às anteriores, que até tinham sido alvo de investimento avultado. E também havia harmonia nas bancadas: as claques leoninas Juventude Leonina, Torcida Verde e Diretivo XXI ficaram juntas no topo sul pela primeira vez em dez anos de existência do novo Estádio José Alvalade.
 
Do outro lado uma Real Sociedad que tinha alcançado um quarto lugar na época anterior e o consequente apuramento para a Liga dos Campeões. O guarda-redes Claudio Bravo, o lateral esquerdo José Ángel, o central Iñigo Martínez e os atacantes Carlos Vela e Antoine Griezmann eram talvez os jogadores mais sonantes da equipa comandada por Jagoba Arrasate, mas havia um jovem avançado suíço a aparecer chamado Haris Seferovic.
 
Recordo-me de não ter assistido à transmissão do encontro, porque tive esse dia muito preenchido com várias atividades desportivas, mas lembro-me perfeitamente de os leões terem vencido e reforçado a boa imagem que haviam criado.
 
Maurício inaugurou o marcador aos 22 minutos, na resposta a um livre lateral de Adrien Silva a partir do flanco esquerdo. E o próprio Adrien fez o 2-0 aos 55’, através de um fantástico remate de fora da área.
 
“O Sporting bateu a Real Sociedad no encontro escolhido para a apresentação do plantel aos sócios e, apesar das dúvidas que a cerimónia suscita no que à composição do plantel para 2013-14 diz respeito, deixou os seus adeptos satisfeitos com o potencial de uma equipa baseada no talento dos miúdos da formação: Eric Dier promete ser uma referência no centro da defesa; William Carvalho é um sério candidato a surpresa como médio-defensivo; Adrien e André Martins dão solidez ao meio-campo. Foi, pois, um Sporting muito jovem aquele que Leonardo Jardim fez alinhar em Alvalade, mas foi a atitude da equipa, traduzida na disponibilidade para pressionar no terreno do adversário, e a mão-cheia de movimentos coletivos, que arrancaram aplausos de umas bancadas ávidas por momentos mais felizes do que os vividos em 2012-13”, escreveu o jornal O Jogo na crónica publicada na edição do dia seguinte.
 








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